sexta-feira, 17 de abril de 2009

PAUL GILBERT ABRE O JOGO

O guitarrista Paul Gilbert (foto) falou com o jornalista Joe Bosso - do MusicRadar - sobre a reunião do Mr. Big, entregando detalhes curiosos sobre como os caras decidiram juntar os trapos outra vez, entre outras coisas...

Joe Bosso: Qual foi o primeiro passo para reunir a banda?
Paul Gilbert: Comecei a restabelecer contato com os membros do Mr. Big quando participei de um tributo ao The Who com Mike Portnoy. A banda se chamava Amazing Journey, e Billy Sheehan também embarcou no projeto.

JB: Então aqueles shows foram a semente?
PG: Sim, eles definitivamente serviram para quebrar o gelo. Depois disso Billy e eu voltamos a conviver. Ele tocou em um dos meus discos solo, e foi ótimo.

JB: E o que aconteceu depois que você e Billy voltaram a se falar?
PG: Eu tinha um show no House Of Blues de Los Angeles, e de repente Richie Kotzen era a banda de abertura. Sempre pensei que seria legal chamar Richie para tocar um pouco. Aí eu descobri que nosso antigo baterista, Pat Torpey, estava na banda dele. Então disse, "vamos chamar ambos". E aí descobri que Billy Sheehan estava na platéia. Então aquilo virou uma bizarra quase-reunião do Mr. Big sem Eric Martin. Foi algo que realmente ajudou a unir todo mundo.

JB: Olhando para trás, qual foi o verdadeiro problema com o Mr. Big? Você já declarou que a banda tinha se transformado no clichê rock' n' roll - viajando em ônibus separados, sem se falar até chegar no palco, esse tipo de coisa. Obviamente, havia problemas sérios.
PG: Existiram algumas questões. Acho que parte do problema foi que, naquela época, não sabíamos lidar uns com os outros. Estávamos ali por nossa própria glória e não pelo bem da banda. Além disso, o sucesso nos afetou de formas realmente malucas - fazíamos um esforço enorme para sermos rock stars. Agíamos como rock stars, e não como músicos. Para piorar, nunca demos uma pausa a nós mesmos. Continuamos fazendo turnês e gravando álbuns - queríamos continuar acertando enquanto a coisa estava quente. Conseqüentemente, isso arruinou nosso relacionamento interpessoal. Nos transformamos numa máquina. Agora, nossos corações estão no lugar certo e queremos ter bons momentos. Já tivemos ótimas conversas, com comentários como "cara, tocamos no Budokan, veja que legal!" (Risos)

JB: Tenho certeza de que vocês passaram vários anos ouvindo que o Mr. Big deveria voltar. O que fez você finalmente decidirem que era hora?
PG: Minhas justificativas para dizer "não" simplesmente acabaram. Ao longo dos anos, quando ia tocar na Austrália ou em qualquer lugar, as pessoas sempre me perguntavam, "quando o Mr. Big vai voltar?". E eu sempre dava uma resposta meio tosca. Mas recentemente me vi dizendo "boa pergunta. A gente poderia voltar, não é mesmo?". No fim, não era mais uma interrogação, era mais um "é isso aí, temos que voltar!". Em meu coração, começou a soar agradável. Fiquei empolgado com a idéia, e cada coisa ficou em seu devido lugar.

JB: Em seus dias de glória, vocês eram muito grandes no Japão. Foi uma escolha óbvia começar por lá?
PG: Sim, pensamos que o Japão seria um ótimo lugar. O Japão sempre foi fenomenal com a gente - o que nos pegou totalmente de surpresa, devo acrescentar. Quando tocávamos por lá, nos sentíamos como os Beatles ou o Cheap Trick. Os gritinhos frenéticos das meninas, a histeria - era inacreditável! Totalmente surreal.

JB: Como têm sido os ensaios até agora ?
PG: Ainda não começamos. Mas preciso dizer, mal posso esperar. Vamos tocar todos os hits, é claro, mas torço para que possamos bolar umas surpresas estranhas para as pessoas. Não quero fazer um show só com os maiores sucessos.

JB: A grande pergunta: vocês têm planos para depois do Japão? O Mr. Big vai continuar?
PG: Estamos conversando sobre isso. Acho que teremos que ver. Fomos ao Japão para promover a turnê, e tudo correu de uma forma bem tranqüila. Então, sim, acho que esperamos dar continuidade às coisas. Estamos engatinhando.

JB: Então pode haver uma turnê nos EUA? E quanto a um álbum?
PG: Nunca se sabe. No mundo ideal, sim, poderíamos voltar pra valer e ser uma banda de novo. Continuaríamos com nossos trabalhos solo, mas a possibilidade de ser o Mr. Big está aí. A vida é muita curta, sabe? Se você encontra algo que ama e outras pessoas também amam, por que não fazê-lo?

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