O Brasil está entrando aos poucos no circuito internacional de shows de artistas do universo AOR/Melodic Rock, e aos poucos, bandas nacionais começam a estourar lá fora. Os cariocas do Highest Dream já conseguiram, mas os curitibanos da Auras (foto) fizeram mais barulho: são a primeira banda-sul-americana a assinar contrato com a toda-poderosa Frontiers Records, e acredite, os italianos tiveram bons motivos prá fechar com os caras. Num papo bacana de quase duas horas, troquei idéias com o vocalista Gui Oliver e o guitarrista Ferpa Lacerda, onde falamos de quase tudo. Se você curte AOR/Melodic Rock, guarde bem esse nome: Auras. O álbum desses caras estará na sua coleção, em breve...tenho certeza.
AWW: A cidade de Curitiba sempre foi citada quando o assunto é música, seja no estilo que for. Antes da Auras, algum de vocês fazia parte do circuito musical da cidade?
Gui: Anteriormente faziamos parte de uma banda cover chamada I ON U...
Ferpa: Eu e o Gui saimos da banda para formar o Auras.
Gui: Queriamos mostrar que éramos capazes de fazer nossas próprias músicas e não tocar músicas dos outros.
Ferpa: Eu e o Gui saimos da banda para formar o Auras.
Gui: Queriamos mostrar que éramos capazes de fazer nossas próprias músicas e não tocar músicas dos outros.
AWW: O renascimento do AOR/Melodic Rock não é recente. Desde a década de 90 tem surgido gravadoras especializadas, como a italiana Frontiers, a finada MTM da Alemanha e a britância Escape. A Europa se tornou, sem dúvida, o centro do mercado mundial do AOR/Melodic Rock nos últimos anos. Vocês acreditam que o mercado mundial vai absorver esse estilo mais uma vez?
Ferpa: Com certeza... as bandas que estavam desaparecidas ressurgiram... FM, Valentine, Mitch Malloy, House Of Lords... graças a estas gravadoras
Gui: E acho que o público esta cada vez mais receptivo a este estilo de música... agora as pessoas sabem que estas bandas estão amparadas por alguma gravadora.
Gui: E acho que o público esta cada vez mais receptivo a este estilo de música... agora as pessoas sabem que estas bandas estão amparadas por alguma gravadora.
AWW: Os últimos anos têm trazido grandes lançamentos, mas destaco o renascimento de bandas como o FM, Valentine, Honeymoon Suite e, claro, o Danger Danger. Mitch Malloy também retomou a carreira e em Outubro a Romeo’s Daughter se apresenta no Firefest, já com boatos de que vai rolar um novo álbum da banda. Como vocês vêem o retorno dessas bandas?
Ferpa: É legal, pois isso indica que ainda há mercado para essas bandas, inclusive abrindo porta para bandas novas como o Auras.
AWW: Como foi que o material de vocês chegou até a toda poderosa Frontiers?
Gui: Recebemos um email do Mario de Riso da Frontiers solicitando nossa demo... enviamos e duas semanas depois o Serafino (Peruggio, presidente da Frontiers) entrou em contato nos propondo um contrato.
Ferpa: A coisa mais legal que ouvimos do Serafino foi se gostariamos de ser a primeira banda sul-americana a assinar com a Frontiers.
AWW: Olha, vou dizer o que falei pro Mike Hass: o som de vocês me impressionou...mesmo... qualidade indiscutível, e só pelo sampler que ele me mandou.
Gui: Muito obrigado. Foi um trabalho de coração e alma.
AWW: Esse tipo de coisa não se fabrica...
Ferpa: Espere prá ouvir o resto... hehehehe
Gui: Realmente tivemos liberdade para criar e transmitimos em nossas músicas tudo aquilo que gostaríamos de passar para o público.
AWW: E dali até a MelodicRock foi uma transição natural?
Ferpa: tinhamos uma boa relação com o Andrew (McNeice), tanto que antes de a Frontiers nos contactar ele disse que gostaria de nos ter na Angel Milk
Gui: Mas quem tratou com o Andrew a respeito da música no MRCD5 foi o próprio Serafino,não tivemos nenhuma interferencia sobre isso.
Gui: Mas quem tratou com o Andrew a respeito da música no MRCD5 foi o próprio Serafino,não tivemos nenhuma interferencia sobre isso.
AWW: Mas dá uma bela força prá divulgação do trabalho, hein...
Gui: Com certeza, tivemos uma resposta positiva do público
AWW: O álbum “New Generation” já está pronto, e conta com a mixagem do veterano Dennis Ward . O que vocês podem adiantar sobre o trabalho, de maneira geral?
AWW: O álbum “New Generation” já está pronto, e conta com a mixagem do veterano Dennis Ward . O que vocês podem adiantar sobre o trabalho, de maneira geral?
Gui: O Serafino deu alguns nomes para fazer a mix e master do álbum... como conheciamos o trabalho do Dennis foi natural a escolha dele.
Ferpa: Ele foi muito competente e profissional,ficamos satisfeitos com o resultado.
Ferpa: Ele foi muito competente e profissional,ficamos satisfeitos com o resultado.
AWW: Como foi o processo de gravação? Vocês gravaram o material aqui no Brasil e enviaram via e-mail ou chegaram a se encontrar com o produtor na Europa e gravaram por lá?
Ferpa: Gravamos aqui em Curitiba onde acreditamos ter mais liberdade para criar e se dedicar ao álbum... Quando nós enviamos a demo para a Frontiers tinhamos apenas 5 músicas, ou seja, teriamos que criar mais 8 músicas para completar o álbum.
Gui: Ou seja, compunhamos no fim de semana e na semana seguinte gravavamos a música... a cada semana tínhamos músicas novas.
Ferpa: Mesmo porque tinhamos um deadline a seguir.
Gui: "Beauty Of Dreams" foi a última música a ser composta para o álbum.
AWW: O álbum será lançado no Japão com a bonus track “Take It To The Limit”.Qual selo vai lançar o álbum por lá?
Gui: Ainda não sabemos, pois isso esta a cargo da Frontiers, mas estamos muito felizes por isso.
AWW: É outro mercado forte...
AWW: É outro mercado forte...
Ferpa: E agora a Frontiers irá lançar os albuns nos EUA
Gui: Temos vários fãs americanos.
AWW: Podemos esperar o lançamento desse álbum no Brasil?
Gui: Creio que sim.
AWW: O Brasil tem produzido AOR de qualidade,e a banda carioca Highest Dream é um exemplo. Existem outras tantas pelo país, mas me parece haver um desinteresse por parte da dita mídia em relação ao AOR/Melodic Rock por aqui. O mercado externo é a saída para as bandas brasileiras que trafegam pelo AOR/Melodic Rock?
AWW: O Brasil tem produzido AOR de qualidade,e a banda carioca Highest Dream é um exemplo. Existem outras tantas pelo país, mas me parece haver um desinteresse por parte da dita mídia em relação ao AOR/Melodic Rock por aqui. O mercado externo é a saída para as bandas brasileiras que trafegam pelo AOR/Melodic Rock?
Ferpa: Sim,com absoluta certeza.
Gui: No Brasil é aquela velha historia...tem que fazer sucesso lá fora para ter reconhecimento aqui dentro, infelizmente.
Gui: No Brasil é aquela velha historia...tem que fazer sucesso lá fora para ter reconhecimento aqui dentro, infelizmente.
AWW: Ainda ontem postei uma matéria onde Neal Schon dizia que nos shows do Journey há muitas crianças e adolescentes,o que mostra uma renovação na base de fãs da banda. Essa geração vai ser capaz de trazer o AOR/Melodic Rock de volta às rádios, por exemplo?
Ferpa: Espero que sim... o Journey esta fazendo sua parte e nos pretendemos fazer a nossa.
Gui: Claro que em menor parcela...hehehehehe
Gui: Claro que em menor parcela...hehehehehe
AWW: O Brasil tem feito parte do circuito internacional, com gente do calibre de Ted Poley, House Of Lords, Jeff Scott Soto e Tyketto se apresentando no país. Qual o impacto que vocês, como músicos, vêem no mercado nacional em relação ao AOR/Melodic Rock?
Gui: Acho que está crescendo cada vez mais, e por outro lado é interessante pois tem muita gente que nunca tinha escutado essas bandas e esta tendo a oportunidade. Isso ajuda a fortalecer o estilo aqui no Brasil.
AWW: Falando em tantos nomes de peso, uma pergunta parece bastante pertinente: quais as influências da banda?
Gui e Ferpa: Journey, Chicago, Toto, Survivor, Bon Jovi, Def Leppard, Foreigner, Desmond Child, Kiss, REO Speedwagon, Elton John, Sam Cooke, A-ha, Seal, Tears For Fears, Prince...
AWW: Auras é um nome único. De onde veio a idéia para ele?
AWW: Auras é um nome único. De onde veio a idéia para ele?
Gui: Gostaríamos de colocar um nome mundial na banda... e Auras significa a mesma coisa em várias linguas ... é um nome fácil de falar.
AWW: Depois do contrato com a maior gravadora do cenário AOR/Melodic Rock da atualidade, um álbum com lançamento no exterior, quais as expectativas da banda?
Ferpa: As mehores possiveis, já temos convites para shows na Europa, contrato para mais um álbum, compomos algumas músicas para o álbum solo do Fergie Frederiksen. E pretendemos também ter uma boa receptividade do público brasileiro, principalmente.
Gui: O mais importante é que acreditamos no nosso trabalho
Gui: O mais importante é que acreditamos no nosso trabalho
AWW: Gui...Ferpa...agradeço a atenção...acredito que todos que passarem por aqui ficarão ansiosos pelo trabalho de vocês, e posso dizer sem medo que o material tem qualidade e vai agradar em cheio aos fãs do bom e velho AOR.
Gui e Ferpa: Muito obrigado Juliano por seu apoio e continue fazendo esse excelente trabalho. Qualquer novidade o Mike entra em contato com você, e esperamos vê-lo em breve em Curitiba .
AWW: A gente logo combina umas cervas prá falarmos dos bons sons. Cara, foi um prazer, e a AORWatchTower está aberta prá vocês.
Gui: Muito obrigado, estamos a disposição também.
Deixo aqui um agradecimento especial ao amigo Mike Hass, que descobriu a AORWatchTower e fez o meio de campo com a banda prá que essa entrevista se concretizasse. O álbum "New Generation" ainda não tem data de lançamento, mas o tracklist será o seguinte:
1) Beauty Of Dreams
2) Forgive And Forget
3) Never Give Up
4) In MyArms
5) Reach Out
6) New Generation
7) Forever In Your Eyes
8) Hungry Hearts
9) That's The Way Love Goes
10) Keep On Loving You
11) Out Of Love
12) Love To Survive
13) Take It To The Limit (Japan Bonus Track)
2) Forgive And Forget
3) Never Give Up
4) In MyArms
5) Reach Out
6) New Generation
7) Forever In Your Eyes
8) Hungry Hearts
9) That's The Way Love Goes
10) Keep On Loving You
11) Out Of Love
12) Love To Survive
13) Take It To The Limit (Japan Bonus Track)
Além do vocalista Gui Oliver e do guitarrista Ferpa Lacerda, a Auras conta com o guitarrista Matheus Brandon, o baixista Hemerson Vieira e o batera Edu Sallum. Para mais informações, visite o myspace da banda em www.myspace.com/auraaor.
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