segunda-feira, 21 de setembro de 2009

MIKE PORTNOY DECLARA: "É IMPOSSÍVEL AGRADAR TODO MUNDO"

Em entrevista ao pessoal da PyroMusic, o baterista Mike Portnoy (foto) falou sobre o fato da sonoridade do Dream Theater estar cada vez mais pesada.

PyroMusic: Para mim, o novo álbum possui um equilíbrio entre elementos progressivos, metal e alguns dos melhores refrões que você já escreveu. Acho que a última vez que você se fixou em um equilíbrio foi em "Train Of Thought". Era esse o objetivo deste álbum?

Portnoy: Para ser completamente honesto, sem frescura, este é nosso objetivo com todos os álbuns. Acho que às vezes é mais fácil para algumas pessoas do que para outras, sabe? Você mencionou ‘Train Of Thought’ — eu amei o ‘Train Of Thought’ e acho que nós definitivamente firmamos esse álbum. Mas há pessoas que não gostam desse álbum porque é muito pesado ou seja lá o que for. Depois há pessoas que amam o ‘Octavarium’ e outras pessoas que dizem que ele não é pesado o bastante. É impossível agradar a todos. O que eu quero dizer é, se você fizer uma enquete com cem fãs do Dream Theater, você receberá respostas diferentes de cada um deles. Então, de verdade, é nosso objetivo cada vez e, toda vez que fazemos um álbum, conseguir um equilíbrio das três coisas que você mencionou — o progressivo, o metal e o melódico. Toda vez tentamos ter estes três elementos da forma mais forte possível.

PyroMusic: Devido a isso, quando um álbum recebe críticas negativas ou os fãs criticam, isso não te incomoda simplesmente porque eles são susceptíveis a amar o próximo álbum?

Portnoy: Bem, isso nos incomoda, mas ao mesmo tempo sabemos que não podemos agradar a todos; é impossível. Portanto, neste ponto da nossa carreira, simplesmente acabamos por fazer o que for preciso para agradar a nós mesmos em primeiro lugar e esperamos que os fãs aproveitem. Eu sou provavelmente o músico mais orientado pelos fãs que você irá conhecer e eu presto muita atenção no que eles dizem. Eu dou o meu melhor para direcionar esta banda em um caminho agradável aos os fãs e tento dar aos fãs o que eles querem. Mas há tanta diversidade em nossa base de fãs que é impossível agradar a todos eles, entende? (Risos) Porque alguns preferem de um jeito, outros preferem de outro, alguns gostam do material mais pesado, outros não o suportam. Então ao final do dia, apenas fazemos o que temos de fazer, nos mantermos felizes e tentamos fazer os fãs felizes, mas sabemos que é impossível agradar a todos.

Pyromusic: Você mencionou os elementos mais pesados e este aspecto no seu som fica definitivamente enfatizado em faixas como "A Nightmare To Remember" do novo álbum, que em certos momentos é quase um flerte com o black metal, bem como a utilização de seus vocais guturais. Isso é algo que o Dream Theater vai explorar nos álbum futuros?

Portnoy: Bem, eu sou um grande fã deste tipo de material e eu sempre estive por dentro de materiais mais pesados e o mundo do metal é uma grande parte do meu mundo. Então trata-se de algo que sempre fez parte do Dream Theater, mas acho que cresce cada vez mais com o tempo... O metal está ficando tão diversificado, podemos ouvir Opeth ou Slipknot ou Trivium e isso leva a música a vários lugares diferentes. Mas na verdade, pessoas que ouviram este álbum disseram: ‘Por que vocês estão ficando tão pesados?’ (Risos) Porém nós sempre tivemos este lado mais pesado. O que eu quero dizer é, se você ouvir a primeira música do nosso primeiro álbum, ‘A Fortune In Lies’, ela poderia ter sido uma música thrash metal! É tudo rápido, bumbo duplo e guitarras robustas, ela simplesmente não teve uma grande produção. Então eu acho que uma vez que nossa produção se torna maior e melhor a cada álbum, isso se mostra mais evidente. E assim como você mencionou, eu tenho inserido mais vocais ‘urrados’, simplesmente porque acho que às vezes se encaixa melhor que o vocais limpos do James LaBrie. Não toda vez, mas às vezes. Então, acho que isso está mais evidente, mas na verdade, este lado mais pesado sempre fez parte do Dream Theater.

Você pode acessar a entrevisya na íntegra - em inglês - clicando aqui.

2 comentários:

Tiago Matias disse...

O Portnoy foi muito coerente no que disse. Fazer as músicas do jeito que mais agrada a banda pra depois pensar nos fãs é legal, assim eles evitam de cair em armadilhas como sonoridades mais simples pra agradar a todos. Abraço!

Juba.San disse...

Sem dúvida, Tiago. Além disso, essa postura da banda evita que eles caiam nos malditos "modismos" que impregnam os sons de muita gente boa...

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