Nos anos em que morei fora do país fui a muitos shows, mas poucos tão divertidos quanto os do Warrant. Não bastassem as canções, a banda animava a platéia desde o início, haviam mulheres por todos os lados e para todos os gostos...não podia ficar melhor que isso!!! Um dos shows a que fui durante a Cherry Pie Tour promovia o álbum homônimo, e que considero o melhor da banda. Mas vamos falar das controvérsias antes: há rumores de que os guitarristas Erik Turner e Joey Allen não tocaram uma nota no álbum. Quem teria se encarregado disso seriam o legendário Mike Slamer e Tommy Girvin, da banda de Eddie Money. Apesar de nunca confirmado, o rumor continua forte até hoje, ainda mais depois que a esposa de Slamer confirmou à uma rádio de Los Angeles que seu marido havia tocado mesmo no álbum. Nunca saberemos a verdade, mas os guitarristas da banda deixaram um agradecimento à Slamer e Girvin no livreto do álbum. Enfim...
O álbum trazia o selo que avisava que o álbum continha material explícito, e tinha mesmo. A banda foi acusada de sexismo, alguns canais de televisão não transmitiram o vídeo promocional de “Cherry Pie” por achar discriminatório e ofensivo. E é essa canção que abre o álbum, e acredite, é impossível não gostar dela. Soando como uma mistura de “Pour Some Sugar On Me” – do Def Leppard - e “I Love Rock’n Roll” – de Joan Jett And The Blackhearts – essa foi a última canção a ser composta e gravada, já que não fazia parte do tracklist original. O presidente da gravadora – Don Ienner, à quem a canção foi dedicada – exigiu da banda um rock anthem, visando vendagens maiores. O vocalista Jani Lane escreveu a canção em 15 minutos – carregada de insinuações e analogias sexuais - e o single se tornou o mais bem-sucedido do álbum, atingindo a #10 no Billboard Hot 100. E a lead guitar nessa canção é cortesia de C.C. DeVille!!!
Em seguida temos “Uncle Tom’s Cabin” (que foi o primeiro nome cogitado para o álbum), outra grande canção, mas que apresenta introdução feita no banjo, cortesia do produtor Beau Hill. Mas a melodia foi construída sob guitarras e bateria pesadas e com um refrão pegajoso, na medida prá incediar o equipamento de som dos amantes dos bons sons. Mais um destaques desse álbum, sem a menor sombra de dúvida. Mas havia espaço para as power ballads do Warrant, e a belíssima “I Saw Red” é a primeira delas. Belíssima melodia, onde o piano se destaca, essa canção fala sobre traição. O vocalista Jani Lane flagrou sua então namorada com seu melhor amigo (!!!) na cama. O resultado foi o famoso colapso nervoso que atrasou o lançamento do primeiro trabalho da banda, dois anos antes. A canção foi apoiada em um ótimo vídeo que acabou catapultando o single para a posição #10 da Billboard Hot 100. Outro grande destaque do álbum...
O álbum segue com “Bed Of Roses”, um rocker contagiante e feito sob medida para as rádios. Melodia fácil, refrão marcante e os tradicionais backing vocals do Warrant garantem a satisfação do cliente. Já em "Sure Feels Good To Me” a banda acelera o ritmo num rocker frenético, mas igualmente contagiante, especialmente prá quem já conhece o som da banda. Ainda com a adrenalina em alta, o party rock “Love In Stereo” chega arregaçando e mantém o alto nível das duas canções anteriores, e a alegria de seus ouvidos também.
Pausa para mais uma balada, dessa vez a excelente “Blind Faith”, com sua introdução acústica e refrão explosivo, que remetem à “Heaven” (clássico do primeiro álbum da banda). Impossível não perceber a semelhança entre as duas canções, mas isso não é demérito, muito pelo contrário. Considero essa uma das melhores canções da carreira do Warrant, e era um dos grandes momentos nos shows. Mais uma introdução acústica você encontra em “Song And Dance Man”, mas a canção descamba em um refrão pesado e alterna, a partir de então, versos mais suaves com o refrão violento. Canção irregular, que me soa indiferente.
Mais divertida é "You're The Only Hell Your Mama Ever Raised", com a bateria bem marcada e em compasso com as guitarras. A melodia é extremamente simples, direta, e o refrão marcante, como todo bom rocker deve ser. Uma de minhas canções preferidas desse álbum, assim como “Mr. Rainmaker”, que me parece uma versão mais pesada de “Down Boys”. E talvez por isso mesmo essa canção esteja entre as minhas preferidas e, ainda, fazia muito sucesso nos shows da banda. Ainda houve espaço para “Train Train”, cover do Blackfoot, de 1979. Com muito mais peso, a canção ganhou uma plástica monstruosa mas, confesso, ainda prefiro a versão original. O álbum fecha com a singela “Ode To Tipper Gore”, uma coleção de todo tipo de palavrão que o vocalista usou em diversos shows da banda. Divertido, no mínimo.
Um belo álbum, com grandes canções e grandes nomes como convidados que só aumentam a qualidade desse trabalho. Um álbum mais que recomendado para os amantes dos bons sons, e um dos destaques do cenário rocker da década de 90.
WARRANT – Cherry Pie
Released on September 11th, 1990 on Columbia
Cat. #CK 45487
Tracklist
01. Cherry Pie
02. Uncle Tom's Cabin
03. I Saw Red
04. Bed Of Roses
05. Sure Feels Good To Me
06. Love In Stereo
07. Blind Faith
08. Song And Dance Man
09. You're The Only Hell Your Mama Ever Raised
10. Mr. Rainmaker
11. Train, Train
12. Ode To Tipper Gore
O álbum trazia o selo que avisava que o álbum continha material explícito, e tinha mesmo. A banda foi acusada de sexismo, alguns canais de televisão não transmitiram o vídeo promocional de “Cherry Pie” por achar discriminatório e ofensivo. E é essa canção que abre o álbum, e acredite, é impossível não gostar dela. Soando como uma mistura de “Pour Some Sugar On Me” – do Def Leppard - e “I Love Rock’n Roll” – de Joan Jett And The Blackhearts – essa foi a última canção a ser composta e gravada, já que não fazia parte do tracklist original. O presidente da gravadora – Don Ienner, à quem a canção foi dedicada – exigiu da banda um rock anthem, visando vendagens maiores. O vocalista Jani Lane escreveu a canção em 15 minutos – carregada de insinuações e analogias sexuais - e o single se tornou o mais bem-sucedido do álbum, atingindo a #10 no Billboard Hot 100. E a lead guitar nessa canção é cortesia de C.C. DeVille!!!
Em seguida temos “Uncle Tom’s Cabin” (que foi o primeiro nome cogitado para o álbum), outra grande canção, mas que apresenta introdução feita no banjo, cortesia do produtor Beau Hill. Mas a melodia foi construída sob guitarras e bateria pesadas e com um refrão pegajoso, na medida prá incediar o equipamento de som dos amantes dos bons sons. Mais um destaques desse álbum, sem a menor sombra de dúvida. Mas havia espaço para as power ballads do Warrant, e a belíssima “I Saw Red” é a primeira delas. Belíssima melodia, onde o piano se destaca, essa canção fala sobre traição. O vocalista Jani Lane flagrou sua então namorada com seu melhor amigo (!!!) na cama. O resultado foi o famoso colapso nervoso que atrasou o lançamento do primeiro trabalho da banda, dois anos antes. A canção foi apoiada em um ótimo vídeo que acabou catapultando o single para a posição #10 da Billboard Hot 100. Outro grande destaque do álbum...
O álbum segue com “Bed Of Roses”, um rocker contagiante e feito sob medida para as rádios. Melodia fácil, refrão marcante e os tradicionais backing vocals do Warrant garantem a satisfação do cliente. Já em "Sure Feels Good To Me” a banda acelera o ritmo num rocker frenético, mas igualmente contagiante, especialmente prá quem já conhece o som da banda. Ainda com a adrenalina em alta, o party rock “Love In Stereo” chega arregaçando e mantém o alto nível das duas canções anteriores, e a alegria de seus ouvidos também.
Pausa para mais uma balada, dessa vez a excelente “Blind Faith”, com sua introdução acústica e refrão explosivo, que remetem à “Heaven” (clássico do primeiro álbum da banda). Impossível não perceber a semelhança entre as duas canções, mas isso não é demérito, muito pelo contrário. Considero essa uma das melhores canções da carreira do Warrant, e era um dos grandes momentos nos shows. Mais uma introdução acústica você encontra em “Song And Dance Man”, mas a canção descamba em um refrão pesado e alterna, a partir de então, versos mais suaves com o refrão violento. Canção irregular, que me soa indiferente.
Mais divertida é "You're The Only Hell Your Mama Ever Raised", com a bateria bem marcada e em compasso com as guitarras. A melodia é extremamente simples, direta, e o refrão marcante, como todo bom rocker deve ser. Uma de minhas canções preferidas desse álbum, assim como “Mr. Rainmaker”, que me parece uma versão mais pesada de “Down Boys”. E talvez por isso mesmo essa canção esteja entre as minhas preferidas e, ainda, fazia muito sucesso nos shows da banda. Ainda houve espaço para “Train Train”, cover do Blackfoot, de 1979. Com muito mais peso, a canção ganhou uma plástica monstruosa mas, confesso, ainda prefiro a versão original. O álbum fecha com a singela “Ode To Tipper Gore”, uma coleção de todo tipo de palavrão que o vocalista usou em diversos shows da banda. Divertido, no mínimo.
Um belo álbum, com grandes canções e grandes nomes como convidados que só aumentam a qualidade desse trabalho. Um álbum mais que recomendado para os amantes dos bons sons, e um dos destaques do cenário rocker da década de 90.
WARRANT – Cherry Pie
Released on September 11th, 1990 on Columbia
Cat. #CK 45487
Tracklist
01. Cherry Pie
02. Uncle Tom's Cabin
03. I Saw Red
04. Bed Of Roses
05. Sure Feels Good To Me
06. Love In Stereo
07. Blind Faith
08. Song And Dance Man
09. You're The Only Hell Your Mama Ever Raised
10. Mr. Rainmaker
11. Train, Train
12. Ode To Tipper Gore
Lineup
Jani Lane - vocals
Joey Allen - guitar
Erik Turner – guitar
Jerry Dixon - bass
Steven Sweet – drums
Guest Musicians
C. C. DeVille - guitar
Bruno Ravel - backing vocals
Steve West - backing vocals
Fiona - backing vocals
Alan Hewitt - organ, piano, strings
Beau Hill - organ, banjo, keyboards
Paul Harris - piano, strings
Juke Logan - harmonica
Um comentário:
Hello Camarada!!
Grande play, grande recomendação...
Fazia tempo que eu não escutava esse play...
Antigamente, na minha fase mais Heavy Metal,com uns 15 anos, eu nutria um certo preconceito por bandas como Warrant, Poison e afins...Putz, que burrada rsrs.. Mas posso dizer que hoje, com alguns anos a mais, coloco esse play como essencial na coleção...
Lembro de uma entrevista com os caras do Warrant,falando sobre o declinio do Hard nos anos 90, eles disseram que perceberm que tudo estava acabando quando chegaram na sede da sua gravadora, e observaram que na parede já não estava mais o poster do seu novo album, e sim um poster do Alice In Chains... Foi o Fim..
Nem tanto... como uma Fenix, o Hard e o Heavy, renascem...
Abrços
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