Existe um sem-número de grandes bandas/artistas que lançam apenas um trabalho e desaparecem nas trevas, mas deixam sua marca bem visível no universo dos bons sons. Um exemplo desse tipo de banda é o projeto Rio, que na verdade vem a ser a dupla formada por John Neill e Steve Rodford. Juntos, os dois lançaram “Borderland”, um verdadeiro clássico do ano de 1985, uma das melhores safras do AOR.
As guitarras de “I Don’t Wanna Be The Fool” serve de base para o resto das canções, onde as seis cordas predominam. O arranjo desta, em particular, me remete aos filmes adolescentes da áurea década de 80, ou seja, pode esperar um AOR de alta qualidade, e preste atenção nas bridges e refrão...perfeitos, fazendo dessa canção um dos destaques do álbum. Segue-se “Straight To Your Heart” e a qualidade permanece nas nuvens, mas dessa vez com o arranjo levemente mais pesado, com ênfase no baixo. Mas não se iluda, caro nibelungo, a melodia é envolvente e as guitarras vão surgindo aos poucos. Bela canção que prepara seus ouvidos para “Tommy Can’t Help It”, um mid-pacer absolutamente 80’s, com base de sintetizadores e baixos, com guitarras que surgem eventualmente. O refrão é um caso a parte e o conjunto da obra faz dessa canção outro grande destaque do álbum.
A introdução de “Better This Time” não é das melhores, mas insista porque vale a pena. O seqüenciador acaba subjugado pelas guitarras e a canção ganha outra cara, especialmente do segundo verso em diante, quando assume uma sonoridade mais rocker. Já “State Of Emergency” chega arregaçando desde cedo e mostra que a banda sabe ser direta quando convém. Uma canção bem bacana onde os backing vocals tem destaque, juntamente com as guitarras de sempre. Vale a pena a audição cuidadosa de sempre, mas “Shy Girl” já não merece tanta consideração, uma vez que não traz o brilho das canções anteriores e, na verdade, nem parece fazer parte das sessões de gravação do mesmo álbum. Dispensável...
Mas só posso enaltecer “She’s A Virgin”, com seu título sacana e arranjo totalmente upbeat, essa canção também parece retirada de uma daquelas soundtracks dos anos 80. Gosto muito da linha de bateria e baixo tocando em uníssono, conferindo mais peso à canção que ainda conta com um sintetizador quase inaudível. Excelente canção prá viajar, da mesma maneira que a contagiante “Close To You” com seu baixo marcado e guitarras ocasionais. A linha vocal é muito bacana, especialmente a partir das bridges e no explosivo refrão, mais que empolgante. Outro grande destaque do álbum. Em “Borderland” temos um mid-pacer bastante convencional e sem muito brilho. Uma pena, já que se esperava mais da canção que dá nome ao álbum. Mas a excelente “Goin’ Through The Motions” fecha o álbum com classe, na forma de um rocker com arranjo bem marcado e com todos os elementos na medida certa, especialmente as guitarras. Grande som...
Esse álbum não é muito fácil de se encontrar por aí, mas foi relançado em 2005 pela Retrospect Records. Sugiro que você adquira a sua cópia o mais rápido possível porque logo ele some de catálogo outra vez, se é que já não sumiu. Considero esse um dos melhores álbuns da década de 80, e muitos dos seus elementos podem ser ouvidos em álbuns de gente como Strangeways e Boulevard, em seus melhores momentos. Um grande álbum que acabei redescobrindo depois de muitos anos, e que pela bela supresa, trago como recomendação aos amigos da casa.
RIO – Borderland
Released in 1985 on Music For Nations
Cat. #MFN53
Tracklist
01. I Don't Wanna Be The Fool
02. Straight To The Heart
03. Tommy Can't Help It
04. Better This Time
05. State Of Emergency
06. Shy Girl
07. She's A Virgin
08. Close To You
09. Borderland
10. Goin’ Through The Motions (Bonus Track)
Lineup
Jon Neill - Vocals, Guitars
Steve Rodford - Drums, Bass, Keyboards
As guitarras de “I Don’t Wanna Be The Fool” serve de base para o resto das canções, onde as seis cordas predominam. O arranjo desta, em particular, me remete aos filmes adolescentes da áurea década de 80, ou seja, pode esperar um AOR de alta qualidade, e preste atenção nas bridges e refrão...perfeitos, fazendo dessa canção um dos destaques do álbum. Segue-se “Straight To Your Heart” e a qualidade permanece nas nuvens, mas dessa vez com o arranjo levemente mais pesado, com ênfase no baixo. Mas não se iluda, caro nibelungo, a melodia é envolvente e as guitarras vão surgindo aos poucos. Bela canção que prepara seus ouvidos para “Tommy Can’t Help It”, um mid-pacer absolutamente 80’s, com base de sintetizadores e baixos, com guitarras que surgem eventualmente. O refrão é um caso a parte e o conjunto da obra faz dessa canção outro grande destaque do álbum.
A introdução de “Better This Time” não é das melhores, mas insista porque vale a pena. O seqüenciador acaba subjugado pelas guitarras e a canção ganha outra cara, especialmente do segundo verso em diante, quando assume uma sonoridade mais rocker. Já “State Of Emergency” chega arregaçando desde cedo e mostra que a banda sabe ser direta quando convém. Uma canção bem bacana onde os backing vocals tem destaque, juntamente com as guitarras de sempre. Vale a pena a audição cuidadosa de sempre, mas “Shy Girl” já não merece tanta consideração, uma vez que não traz o brilho das canções anteriores e, na verdade, nem parece fazer parte das sessões de gravação do mesmo álbum. Dispensável...
Mas só posso enaltecer “She’s A Virgin”, com seu título sacana e arranjo totalmente upbeat, essa canção também parece retirada de uma daquelas soundtracks dos anos 80. Gosto muito da linha de bateria e baixo tocando em uníssono, conferindo mais peso à canção que ainda conta com um sintetizador quase inaudível. Excelente canção prá viajar, da mesma maneira que a contagiante “Close To You” com seu baixo marcado e guitarras ocasionais. A linha vocal é muito bacana, especialmente a partir das bridges e no explosivo refrão, mais que empolgante. Outro grande destaque do álbum. Em “Borderland” temos um mid-pacer bastante convencional e sem muito brilho. Uma pena, já que se esperava mais da canção que dá nome ao álbum. Mas a excelente “Goin’ Through The Motions” fecha o álbum com classe, na forma de um rocker com arranjo bem marcado e com todos os elementos na medida certa, especialmente as guitarras. Grande som...
Esse álbum não é muito fácil de se encontrar por aí, mas foi relançado em 2005 pela Retrospect Records. Sugiro que você adquira a sua cópia o mais rápido possível porque logo ele some de catálogo outra vez, se é que já não sumiu. Considero esse um dos melhores álbuns da década de 80, e muitos dos seus elementos podem ser ouvidos em álbuns de gente como Strangeways e Boulevard, em seus melhores momentos. Um grande álbum que acabei redescobrindo depois de muitos anos, e que pela bela supresa, trago como recomendação aos amigos da casa.
RIO – Borderland
Released in 1985 on Music For Nations
Cat. #MFN53
Tracklist
01. I Don't Wanna Be The Fool
02. Straight To The Heart
03. Tommy Can't Help It
04. Better This Time
05. State Of Emergency
06. Shy Girl
07. She's A Virgin
08. Close To You
09. Borderland
10. Goin’ Through The Motions (Bonus Track)
Lineup
Jon Neill - Vocals, Guitars
Steve Rodford - Drums, Bass, Keyboards
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