Quando se juntou ao Van Halen no final de 1985, o vocalista Sammy Hagar ainda tinha que lançar mais um álbum solo por força contratual com a Geffen Records. Então, ele reuniu alguns amigos e gravou o álbum homônimo de 1987 em dez dias!!! Mas a primeira tiragem do álbum não continha nome algum – nem mesmo na capa – o que acabou, segundo a gravadora, prejudicando as vendas iniciais. Um concurso realizado em parceira com a MTV acabou escolhendo o nome “I Never Said Goodbye”, ainda que em muitos catálogos o álbum figure apenas como “Sammy Hagar”. Seja como for, o que temos aqui é um desfile de melodic rock visceral, mas absolutamente bem trabalhado e com os característicos poderosos vocais de Mr. Hagar.
Isso fica evidente em “When The Hammer Falls”, um rocker que carrega muitas das características que ouviríamos em 1988 no álbum "OU812", do Van Halen: linhas de guitarra mais diretas e o baixo mais discreto, como na introdução dessa primeira canção que, na minha opinião, é um dos destaques do álbum. Seguimos com “Hands And Knees” onde o ritmo desacelera um pouco com uma melodia pontuada pelo baixo – sempre discreto – e costurada pela guitarra marrenta de Mr. Hagar. A excelente “Give To Live” é uma das canções mais conhecidas desse álbum e era, inclusive, tocada nos shows do Van Halen. Belo mid-pacer onde os vocais de Mr. Hagar se destacam num arranjo que se alterna em versos suaves e refrão explosivo. Satisfação garantida...
Isso fica evidente em “When The Hammer Falls”, um rocker que carrega muitas das características que ouviríamos em 1988 no álbum "OU812", do Van Halen: linhas de guitarra mais diretas e o baixo mais discreto, como na introdução dessa primeira canção que, na minha opinião, é um dos destaques do álbum. Seguimos com “Hands And Knees” onde o ritmo desacelera um pouco com uma melodia pontuada pelo baixo – sempre discreto – e costurada pela guitarra marrenta de Mr. Hagar. A excelente “Give To Live” é uma das canções mais conhecidas desse álbum e era, inclusive, tocada nos shows do Van Halen. Belo mid-pacer onde os vocais de Mr. Hagar se destacam num arranjo que se alterna em versos suaves e refrão explosivo. Satisfação garantida...
Já “Boys’ Night Out” lembra os álbuns do início da década de 80 de Mr. Hagar, e essa me parece ser a canção mais fraca do álbum, talvez pelo teclado chato que insiste em aparecer ao longo da melodia. Mas em “Returning Home” temos um belo rocker, simples e direto, sem firulas. Essa canção deveria ser a continuação de "Silver Lights" (faixa do primeiro álbum de Hagar, “Nine On A Ten Scale”, que trata de alienígenas abduzindo humanos). Em “Returning Home” os humanos são trazidos de volta. Uma piração completa, mas muito divertida e emoldurada por uma melodia bem bacana. O interlúdio “Standin’ At The Same Old Crossroad” é uma sessão de slide na guitarra, relativamente chata prá caramba, portanto, recomendo avançar para a animada “Privacy”, onde Mr. Hagar tira sarro dos patrulheiros das rodovias californianas (os CHiPs, para os mais veteranos na casa) que sempre o multavam por causa dos vidros pretos de seus carros. Hagar nunca perdeu uma apelação na justiça em relação a isso, já que a lei estadual não versava especificamente sobre o assunto.
Então temos “Back Into You”, faixa arrasadora e, de longe, o maior destaque do álbum. Desde a introdução da guitarra até o refrão explosivo essa faixa mostra o que um bom melodic rock deve ter: melodia envolvente, guitarras sem exagero, backing vocals precisos e refrão marcante. Tudo isso você encontra nessa faixa que há anos faz a alegria de quem a conhece. Enquanto você se recupera do choque, a belíssima “Eagles Fly” surge prá manter o alto nível do álbum. Essa canção havia sido gravada como demo para "VOA", o álbum de 1984, mas acabou descartada. Durante as gravações do álbum "5150" o produtor Mick Jones pediu mais uma música à banda (“Dreams” ainda não estava gravada) e Hagar apresentou “Eagles Fly” para o Van Halen. A banda não aprovou e desperdiçaram uma bela canção, mas ela constava de quase todos os concertos do Van Halen desde então. O álbum fecha com “What They Gonna Say Now?”, um rocker cadenciado e muito bacana onde o baixo assume a dianteira pela primeira vez, deixando para a guitarra inserções ácidas e certeiras, especialmente no refrão.
Esse é um dos álbuns que eu mais curto em toda a carreira solo de Sammy Hagar. Talvez seja pelas semelhanças que eu já apontei em relação ao som do Van Halen, talvez seja pelo momento de transição em que ele se encontrava. De qualquer maneira, recomendo esse álbum aos amantes do bom e velho rock’n roll sem firulas nem frufrus. Coisa de gente grande, prá gente grande...
SAMMY HAGAR – Sammy Hagar
Released on June 23rd, 1987 on Geffen
Cat. # 9 24144-2
Tracklist
01. When The Hammer Falls
02. Hands And Knees
03. Give To Live
04. Boys’ Night Out
05. Returning Home
06. Standin’ At The Same Old Crossroad
07. Privacy
08. Back Into You
09. Eagles Fly
10. What They Gonna Say Now?
Released on June 23rd, 1987 on Geffen
Cat. # 9 24144-2
Tracklist
01. When The Hammer Falls
02. Hands And Knees
03. Give To Live
04. Boys’ Night Out
05. Returning Home
06. Standin’ At The Same Old Crossroad
07. Privacy
08. Back Into You
09. Eagles Fly
10. What They Gonna Say Now?
Musicians
Sammy Hagar – vocals, guitars
Eddie Van Halen – bass, backing vocals
David Lauser – drums, backing vocals
Jesse Harms – keyboards, backing vocals
Albhy Galuten – percussion, additional keyboards, backing vocals
Omar Hakim – drum overdubs, backing vocals
Sammy Hagar – vocals, guitars
Eddie Van Halen – bass, backing vocals
David Lauser – drums, backing vocals
Jesse Harms – keyboards, backing vocals
Albhy Galuten – percussion, additional keyboards, backing vocals
Omar Hakim – drum overdubs, backing vocals
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