Em entrevista ao pessoal da Classic Rock Magazine, o guitarrista Neal Schon (foto) foi perguntado se o Journey já tem um novo álbum nos planos. Abaixo, a resposta na íntegra:
"Sim, eu já comecei a compor e a banda se reunirá em 25 de Março para começarmos a trabalhar ans novas canções. Arnel tem umas boas idéias, ele é muito bom com melodias e letras. Nós faremos um álbum mais rocker. Eu sei que digo isso todo ano mas dessa vez é verdade. Eu reuni todos e discutimos o assunto.
Eu tive uma longa conversa com Jonathan Cain e disse: 'Nós temos todo material AOR que precisamos, temos todos os hits de que precisamos e temos que tocar esse material para sempre. Não há como nos distanciarmos disso. Então não vejo o motivo de repetir a mesma canção com acordes diferentes'.
Eu vou tentar um álbum mais conceitual porque creio que temos a musicalidade para tal, e acho que temos a atenção de todos nesse momento. Quer dizer, não existe mais rádios. Os dias de escrever canções com três minutos e meio para tocar no rádio acabaram. Eu tenho um instinto animal em relação a música. Eu sei do que as pessoas gostam, enquanto estou tocando eu sinto isso e depois vou para casa com aquele sentimento e penso: 'Agora eu sei o que preciso criar'.
Eu acho que definitivamente na Europa, se não nos Estados Unidos, que as pessoas estão prontas para algo mais artístico vindo de nós. Deve ter altos e baixos, não pode ficar no teto o tempo todo senão não há dinâmica.
Eu acho que será um álbum bem musical e tenho coisas bacanas sobre as quais escrever. Mas eu não quero revelar muito porque alguém roubará a idéia. Mas é um título de uma palavra, como a maioria de nossos álbuns, e é um assunto profundo - coisa séria".
De tudo isso, o trecho que mais me apavora é sobre o tal "álbum conceitual"..
5 comentários:
Apavora negativamente ou positivamente, Juba?
Negativamente, Rafa...pouquíssimas bandas/artistas conseguem se safar ilesos dessa coisa "experimental"...
Uhm. Compreendo.
Também tomei um susto quando li. Até parei tudo no cérebro e voltei para ler de novo.
O conceito não faz muito o estilo do Journey, né.
Mas vamos ver. Eu vou escutar. Com a voz daquele filipino... ruim é difícil de ficar. =)
Cara, sabe que apesar de o Arnel Piñeda cantar bem, ainda prefiro o timbre do Steve Augeri? Pessoalmente, os DVDs do Journey serviram como base de comparação e me agrada mais Mr. Augeri no microfone. Mas enfim, vamos ver o que o futuro reserva ao Journey que, sinceramente, tem soado mais como uma versão meia-boca do que um dia foram.
Rock on...
Isso me lembra quando o Scorpions lançou o Eye II Eye. Tentaram fazer algo diferente, sguir uma tendência mais eletrônica e acabou resultando nessa mancha negra na discografia da banda.
Espero que não aconteça o mesmo com o Journey. Acho que é possível mudar o estilo e continuar produzindo álbuns de alto nível.
Veremos.
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