Hoje chega às lojas o excelente "New Generation", o primeiro - e já clássico - álbum da Auras, banda curitibana que já desponta como um dos grandes destaques do cenário AOR/Melodic Rock em 2010. Depois de publicar alguns comentários que a moçada anda fazendo a respeito da banda e álbum, pedi ao amigo Ferpa Lacerda (foto) - guitarrista da Auras - para que fizesse uma exclusiva análise track-by track do álbum. Aqui está o resultado:
BEAUTY OF DREAMS: Faixa de abertura do álbum e curiosamente foi a penúltima música composta para o álbum. Ela é bem “anthemic”, e como todas nossas músicas, ela é recheada de teclados e vocais multi harmônicos. A idéia inicial da musica foi gravada a dois anos atrás e sempre achamos que ela tinha potencial mas faltava alguns ajustes e acabou sendo arquivada durante estes 2 anos. Quando assinamos com a Frontiers Records começamos a compor e vasculhar alguns destes arquivos. Sabe, eu e o Gui Oliver temos um conceito para compor, algumas vezes pegamos uma parte de uma música que consideramos ótima e juntamos com outra, é como em um quebra cabeça, acabamos tornando 3 músicas em 1 ótima musica, me orgulho muito dela.
FORGIVE AND FORGET: O Gui a trouxe e juntos terminamos de desenvolvê-la. Acho extraordinária, a intro com as guitarras e o segundo verso mostrando as nossas raízes rock & roll. Essa música tem um solo de guitarras entre eu e o Matheus que acho bem legal. Lembro que ela tinha outra pegada na sua pré produção, com outros timbres de teclados onde aos poucos fomos chegando ao resultado final.
NEVER GIVE UP: Essa fez parte das 5 músicas da nossa demo, enviada a Frontiers na época . Acho a letra inspiradora. Nossas influências na década de 80 e no AOR clássico sempre estarão presentes nas composições, e nesta música é evidente. Gosto muito do trabalho das guitarras nesta música, assim como a pausa com piano, orquestra e vozes. Essa era a música que o Dennis Ward amava, aliás o trabalho dele controlando os botões foi mágico.
IN MY ARMS: A balada do álbum, muito piano, loops, orquestra, violão, hammond e é claro guitarras. Todos os ingredientes para uma ótima balada. O Gui mostra seu potencial como cantor e letrista (que performance). Lembro-me de estar junto com o Filipe Beyer (co-produtor, arranjador e tecladista da banda) adicionando as cordas (orquestração) para dar atmosfera cinematográfica, queríamos algo grandioso, apoteótico e épico.
REACH OUT: Foi a segunda composição da banda e eu acho ela incrível. Todas aquelas progressões de acordes mostra toda a característica e identidade da banda. Considero uma música moderna, com um solo slide incrível. Na verdade ela foi o ponto fundamental para a banda, pois foi com ela que percebemos, “hey, podemos fazer músicas tão boas quanto "Hungry Hearts”. O Gui consegue passar sentimento em suas interpretações incrivelmente.
NEW GENERATION: Engraçado ela foi inspirada em um comentário via myspace na época. Neste comentário um gringo falou que nós seríamos a nova geração do AOR (que elogio! hehehehe), a partir daí compomos a música e o Gui escreveu a letra “hey, vcs podem me ouvir?” “agora, vcs acreditam? Na nova geração?” acho fantástico, apoteótico. Acho o solo dela bem ao estilo Eddie Van Halen. No final ela fica monstruosa devido ao baixo pedal que o Hemerson impôs. Anthemic.
FOREVER IN YOUR EYES: Está musica teve várias versões antes de entrar no álbum. Acho o solo inicial inspirado, (ala Kee Marcello). Os versos dela são bem modernos com reversos de guitarras, e no refrão tem um teclado Hammond inspirador. Lembro-me de quando estávamos gravando os backings para música e estávamos sem muita idéia, se vcs perceberem os backings logo após o solo são “colocados” diferentemente em relação aos dois primeiros refrões, sem querer nosso engenheiro de som inseriu no tempo errado e acabou ficando fantástico.
HUNGRY HEARTS: Bem, estamos falando do nosso primogênito. Lembro-me perfeitamente que juntei com o Gui e decidimos compor uma música, sem nenhuma pretensão, mas ali começou o nosso sonho e a banda Auras. Eu e o Gui temos muita afinidade na hora de compor, isso devido a nossa amizade e respeito mútuo. Sempre achei "Hungry Hearts" com um estilo meio Desmond Child. Música forte e com todos os elementos básicos, como vários teclados e piano, loops, guitarras, e-bows e vozes multi harmônicas. Tudo que uma música da banda Auras deve ter. Anthemic.
THAT'S THE WAY LOVE GOES: Fica claro o tributo que prestamos nesta faixa. Ela foi composta depois que eu e o Gui fomos ao show do Toto em SP em 2007. Pouco depois todos receberam a notícia que banda encerrava suas atividades, portanto queríamos homenageá-los devido à forte influência. Acho essa música linda. Um fato curioso é que compomos uma música para o próximo álbum solo do Fergie Frederiksen que está sendo produzido pelo Dennis Ward e a música é fabulosa, forte, com refrão memorável. Conversamos com o Dennis Ward semana passada e ele achou a música maravilhosa. Ufa, que bom! hehehehe.
KEEP ON LOVING YOU: Acho demais o efeito do Talk Box, e tenho o pedal desde minha época com a banda cover com o Gui e sempre queríamos adicioná-lo em alguma música e esta ele se encaixou perfeitamente. O que ninguém sabe é que tínhamos a intenção de adicionar metais bem ao estilo Chicago, tenho até a pré produção com estes arranjos, mas sentimos que não estavam como nós queríamos e teríamos que trabalhar bastante para reinscrevê-los e estávamos com o tempo estourado. Dê qualquer maneira ela acabou ficando com uma pegada mais rock and roll, o que eu acho ótimo.
OUT OF LOVE: Foi composta logo depois do nosso show com o Jimi Jamison e Jeff Scott Soto, e achamos uma música bem na veia de Survivor. Foi uma música muito rápida de compor, assim como a maioria das nossas músicas. Na banda Auras você nunca vai encontrar virtuosismo ou coisas do gênero, pois nosso objetivo sempre vai ser criar melodias memoráveis. Nosso foco é a melodia.
LOVE TO SURVIVE: Tenho muito orgulho desta faixa, pois foi a última a ser composta para o álbum. O trabalho de guitarras entre eu e o Matheus nesta música é formidável, escute o segundo verso dela com todos aqueles e-bows acompanhando a orquestração. O solo do Matheus está inspiradíssimo, ele é um dos melhores guitarristas que eu conheço. Tentamos criar uma atmosfera meio “tensa” no verso, para dar um contraste quando entrasse o refrão, creio que deu certo. Excelente música e creio que ótima para fecharmos o álbum. Anthemic.
FORGIVE AND FORGET: O Gui a trouxe e juntos terminamos de desenvolvê-la. Acho extraordinária, a intro com as guitarras e o segundo verso mostrando as nossas raízes rock & roll. Essa música tem um solo de guitarras entre eu e o Matheus que acho bem legal. Lembro que ela tinha outra pegada na sua pré produção, com outros timbres de teclados onde aos poucos fomos chegando ao resultado final.
NEVER GIVE UP: Essa fez parte das 5 músicas da nossa demo, enviada a Frontiers na época . Acho a letra inspiradora. Nossas influências na década de 80 e no AOR clássico sempre estarão presentes nas composições, e nesta música é evidente. Gosto muito do trabalho das guitarras nesta música, assim como a pausa com piano, orquestra e vozes. Essa era a música que o Dennis Ward amava, aliás o trabalho dele controlando os botões foi mágico.
IN MY ARMS: A balada do álbum, muito piano, loops, orquestra, violão, hammond e é claro guitarras. Todos os ingredientes para uma ótima balada. O Gui mostra seu potencial como cantor e letrista (que performance). Lembro-me de estar junto com o Filipe Beyer (co-produtor, arranjador e tecladista da banda) adicionando as cordas (orquestração) para dar atmosfera cinematográfica, queríamos algo grandioso, apoteótico e épico.
REACH OUT: Foi a segunda composição da banda e eu acho ela incrível. Todas aquelas progressões de acordes mostra toda a característica e identidade da banda. Considero uma música moderna, com um solo slide incrível. Na verdade ela foi o ponto fundamental para a banda, pois foi com ela que percebemos, “hey, podemos fazer músicas tão boas quanto "Hungry Hearts”. O Gui consegue passar sentimento em suas interpretações incrivelmente.
NEW GENERATION: Engraçado ela foi inspirada em um comentário via myspace na época. Neste comentário um gringo falou que nós seríamos a nova geração do AOR (que elogio! hehehehe), a partir daí compomos a música e o Gui escreveu a letra “hey, vcs podem me ouvir?” “agora, vcs acreditam? Na nova geração?” acho fantástico, apoteótico. Acho o solo dela bem ao estilo Eddie Van Halen. No final ela fica monstruosa devido ao baixo pedal que o Hemerson impôs. Anthemic.
FOREVER IN YOUR EYES: Está musica teve várias versões antes de entrar no álbum. Acho o solo inicial inspirado, (ala Kee Marcello). Os versos dela são bem modernos com reversos de guitarras, e no refrão tem um teclado Hammond inspirador. Lembro-me de quando estávamos gravando os backings para música e estávamos sem muita idéia, se vcs perceberem os backings logo após o solo são “colocados” diferentemente em relação aos dois primeiros refrões, sem querer nosso engenheiro de som inseriu no tempo errado e acabou ficando fantástico.
HUNGRY HEARTS: Bem, estamos falando do nosso primogênito. Lembro-me perfeitamente que juntei com o Gui e decidimos compor uma música, sem nenhuma pretensão, mas ali começou o nosso sonho e a banda Auras. Eu e o Gui temos muita afinidade na hora de compor, isso devido a nossa amizade e respeito mútuo. Sempre achei "Hungry Hearts" com um estilo meio Desmond Child. Música forte e com todos os elementos básicos, como vários teclados e piano, loops, guitarras, e-bows e vozes multi harmônicas. Tudo que uma música da banda Auras deve ter. Anthemic.
THAT'S THE WAY LOVE GOES: Fica claro o tributo que prestamos nesta faixa. Ela foi composta depois que eu e o Gui fomos ao show do Toto em SP em 2007. Pouco depois todos receberam a notícia que banda encerrava suas atividades, portanto queríamos homenageá-los devido à forte influência. Acho essa música linda. Um fato curioso é que compomos uma música para o próximo álbum solo do Fergie Frederiksen que está sendo produzido pelo Dennis Ward e a música é fabulosa, forte, com refrão memorável. Conversamos com o Dennis Ward semana passada e ele achou a música maravilhosa. Ufa, que bom! hehehehe.
KEEP ON LOVING YOU: Acho demais o efeito do Talk Box, e tenho o pedal desde minha época com a banda cover com o Gui e sempre queríamos adicioná-lo em alguma música e esta ele se encaixou perfeitamente. O que ninguém sabe é que tínhamos a intenção de adicionar metais bem ao estilo Chicago, tenho até a pré produção com estes arranjos, mas sentimos que não estavam como nós queríamos e teríamos que trabalhar bastante para reinscrevê-los e estávamos com o tempo estourado. Dê qualquer maneira ela acabou ficando com uma pegada mais rock and roll, o que eu acho ótimo.
OUT OF LOVE: Foi composta logo depois do nosso show com o Jimi Jamison e Jeff Scott Soto, e achamos uma música bem na veia de Survivor. Foi uma música muito rápida de compor, assim como a maioria das nossas músicas. Na banda Auras você nunca vai encontrar virtuosismo ou coisas do gênero, pois nosso objetivo sempre vai ser criar melodias memoráveis. Nosso foco é a melodia.
LOVE TO SURVIVE: Tenho muito orgulho desta faixa, pois foi a última a ser composta para o álbum. O trabalho de guitarras entre eu e o Matheus nesta música é formidável, escute o segundo verso dela com todos aqueles e-bows acompanhando a orquestração. O solo do Matheus está inspiradíssimo, ele é um dos melhores guitarristas que eu conheço. Tentamos criar uma atmosfera meio “tensa” no verso, para dar um contraste quando entrasse o refrão, creio que deu certo. Excelente música e creio que ótima para fecharmos o álbum. Anthemic.
3 comentários:
So tenho a dizer: BRAVO!!! BRAVO!!! BRAVO!!!
Tudo bom Juba. Desde que eu escutei Place Vendome no site Frontiers Records venho fazendo muita pesquisa sobre o estilo AOR de que eu gosto muito. E foi numa dessas andanças que curti muito o Auras. Banda de excelente produção e inegável estilo AOR. Não me canso de escutar todo dia no carro. Vc tem muita sorte em ter como amigo o Ferpa Lacerda. Muito sucesso para o Auras.
Sylvio
Tanto o Ferpa quanto o Gui foram extremamente gentis quando aceitaram meu pedido prá fazermos a primeira entrevista, assim continuam até hoje. São caras muito bacans e que merecem o sucesso que só está começando.
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