A matéria a seguir foi publicada no Globo, e trago aqui a transcrição da entre vista com o vocalista James LaBrie (foto).
RIO - Os shows do quinteto americano Dream Theater, principal expoente do gênero prog-metal (que une rock progressivo com heavy metal), costumam durar cerca de três horas. Na última apresentação da banda no Rio, em 2008, não foi diferente. A próxima será sábado, dia 20, no mesmo local das últimas, o Citibank Hall, e a história deverá se repetir, mesmo com a presença de uma banda de abertura, a americana Bigelf, que os músicos do DT querem ajudar a tornar conhecida.
- Vamos ficar no palco tocando facilmente por mais de duas horas. Nosso foco é sempre fazer um show incrível, musical e visualmente. Então, temos muitas imagens em telões para realçar cada uma das músicas. Além disso, há a interatividade da banda com o público. É uma grande energia que circula. Recebemos uma vibração muito boa dos fãs brasileiros e esperamos retribuir - diz, por telefone, o vocalista James LaBrie. Confira a íntegra da entrevista na edição digital do Segundo Caderno (para assinantes) e leia, abaixo, a algumas perguntas de fãs que James LaBrie respondeu durante a conversa por telefone com O GLOBO.
Quando o Dream Theater gravará um DVD no Brasil?
James LaBrie: Isso não está fora do reino das possibilidades. Temos contato com membros de bandas como Iron Maiden e Rush, e eles já nos contaram pessoalmente que tiveram experiências fantásticas gravando DVDs aí embaixo (na América do Sul). É possível que venhamos a fazer isso, mas não há como eu dizer isso agora. Acho que precisaria haver algum fator que desse sentido a um DVD gravado aí, isto é, um motivo por trás dele. Mas a possibilidade existe.
Por que vocês não têm tocado as músicas "The Shattered Fortress" e "The Best Of Times" (ambas do último disco do DT, "Black Clouds & Silver Linings") nesta turnê?
James LaBrie: "The shattered fortress" é o capítulo final da "Alcohol suite", que Mike (Portnoy, baterista) vem fazendo há algum tempo. Acho que a única maneira de tocarmos essa música é dentro da suíte inteira. Muito provavelmente, não tocaremos a suíte aí. Acho que talvez isso aconteça na próxima turnê. Lamento, mas os fãs terão que esperar um pouco. Quanto a "The best of times", vamos inclui-la quando acharmos que faz sentido com o resto do setlist. Por exemplo, não tínhamos tocado "Prophets of war" (do CD "Systematic Chaos", de 2007) até esta turnê.
Por que vocês não fazem outro álbum conceitual como "Scenes From A Memory" (de 1999)?
James LaBrie: É bom dar um bom espaço entre um álbum conceitual e outro. Não estou dizendo que jamais faremos outro. Pelo contrário, uma banda como o Dream Theater tem tudo para fazer mais um; a questão é encontrarmos as circunstâncias certas para que haja um sentido em fazê-lo. E, se você pensar bem, "Six Degress Of Inner Turbulence" (faixa do CD homônimo de 2002) era uma música de 42 minutos, que, por si só, é uma grande obra conceitual. A música "Octavarium" (de um CD homônimo de 2005) também é um trabalho longo e conceitual.
Seu próximo disco solo já está gravado?
James LaBrie: Não. Vou gravar meu próximo disco solo duas semanas depois de voltar da América do Sul. A parte instrumental começa a ser gravada dia 22 de março, e eu começo a colocar a voz no meio de abril.
Neste próximo trabalho solo, você vai usar a mesma banda do primeiro CD?
James LaBrie: Haverá algumas mudanças. O guitarrista Marco Sfogli continua. O tecladista Matt Guillory também. Aliás, ele fez todas as músicas comigo. O novo baixista será Ray Riendeau, que já tocou com Rob Halford, e baterista será o sueco Peter Wildoer, que é um monstro.
Existe a possibilidade de você fazer shows no Brasil com sua banda solo?
James LaBrie: O meu selo quer que eu considere seriamente fazer uma turnê para promover o disco, então devo fazer shows nos Estados Unidos e na Europa, e seria legal vir para a América do Sul também.
Por que você não participa das composições do Dream Theater?
James LaBrie: Desde o começo é assim. A química do Dream Theater funciona assim. Eu dou alguma contribuição nas letras e na construção das melodias. Quando há uma letra para eu escrever, eu escrevo. Caso contrário, não escrevo. É muito simples. Não há nada de negativo nisso. Eu entendo quando os fãs me perguntam por que não sou mais ativo nas composições do DT, mas quero que saibam que eu não estou nem um pouco frustrado com essa situação. Tenho minha carreira solo. Se os fãs quiserem saber como eu sou como compositor, basta ouvirem os meus discos solo.
Quando o Dream Theater vai gravar o próximo CD?
James LaBrie: Não entraremos em estúdio antes de outubro, isso é certo. Talvez um novo disco saia em junho (de 2011).
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