sexta-feira, 9 de abril de 2010

EXCLUSIVO: ENTREVISTA COM TED POLEY

O simpático Ted Poley (foto) já é figurinha carimbada no universo dos bons sons. Não bastassem os álbuns gravados como vocalista do Danger Danger, o cara ainda participou de outros projetos e lançou dois ótimos trabalhos solo. A conversa foi abrangente e procurei cobrir a maior quantidade de assuntos possíveis. Cabe aqui um agradecimento todo especial ao grande amigo Mario Ross - da Adrenalize - que me forneceu o e-mail de Mr. Poley e que, por isso mesmo, foi peça fundamental para a realização dessa entrevista.

Antes do Danger Danger, você esteve no Mr. Speed e Prophet, e segundo rumores vocês estavam gravando o segundo álbum quando Steve West e Bruno Ravel lhe chamaram para integrar o Danger Danger... Essa é a história real?

Ted Poley: É sim, exceto que não me lembro, sinceramente, de ter integrado o Mr. Speed.

Al Pitrelli foi o primeiro guitarrista do Danger Danger, não? Por volta de 1987, creio eu…

Ted Poley: Sim. Quando conseguimos o contrato com a gravadora o executive responsável não achou que ele fosse bom o suficiente, então ele foi demitido...e o prejuízo foi nosso! Al é um dos melhores guitarristas do mundo! Amo a maneira como ele toca, e nunca quis demiti-lo.

O primeiro album do Danger Danger é excelente, e gerou os singles “Bang Bang” e “Naughty Naughty”. Mas Tony Bruno tinha gravado todas as bases de guitarra quando saiu da banda, sendo substituído por Andy Timmons, que teve que regravar tudo novamente. Como essa mudança aconteceu? Quero dizer, a saída de Tony Bruno e a chegada de Andy Timmons...

Ted Poley: Tony só estava nos ajudando a completer o album, ele nunca fez parte da banda. Ele já tinha o lance com a Saraya acontecendo. Nós tivemos muita sorte em encontrar Andy e ele chegou em tempo para graver dois solos naquele album.

E onde vocês encontraram Andy?

Ted Poley: Não lembro. Ele era de outra parte do país e não me recordo como o encontramos, mas lembro bem de seu teste e achei que ele era perfeito para a banda. Ele era muuuuuuuuuuuuuuuuito bom.

O Danger Danger teve a oportunidade de fazer tours com Kiss, Alice Cooper, Warrant e Extreme. Nada mal para uma – na época - banda nova…

Ted Poley: Nós trabalhamos duro naquelas tours e ganhamos muitos fãs dessa maneira.Eles nos assistiam ao vivo quando abríamos o show para bandas maiores e os fãs dessas bandas acabaram gostando de nossas canções e se tornaram fãs também.

Então em 1991, “Screw It!” chegou às lojas. E que álbum maravilhoso é aquele!

Ted Poley: Obrigado!

A banda manteve os melhores elementos de seu primeiro album, mas é fácil perceber uma certa maturidade em relação ao som. Os singles “Monkey Business”, “Coming Home” e “I Still Think About You” emplacaram em vários lugares e, apesar disso, ainda há grandes canções no album. Há alguma canção que você destacaria como possível single daquele álbum?

Ted Poley: Não, mas há grandes canções naquele album realmente.

Porque vou te dizer, “Crazy Nights”, “Slipped Her The Big One”, “Beat The Bullet” e “Everybody Wants Some” são algumas de minhas canções favoritas.

Ted Poley: Boas escolhas! Nós ainda tocamos a maioria delas ao vivo.

Por favor, satisfaça uma curiosidade minha: onde diabos foi gravada “Get Your Shit Together”?

Ted Poley: Na Flórida. Quando estávamos gravando, já éramos um pouco famosos. Então haviam muitos fãs que ficavam na frente do estúdio enquanto estyávamos lá. Então levamos todos para dentro do estúdio e gravamos a canção, e foi muito divertido.

Kasey Smith deixou a banda porque o som estava mais focado nas guitarras ou houve algum outro motivo?

Ted Poley: Eu realmente não sei porque ele foi demitido. Eu adoro Kasey e nos damos bem até hoje. Gostaria que ele estivesse na banda agora. Espero que ele volte…quem sabe, um dia, ele retorne.

Então em 1993 o Danger Danger estava gravando “Cockroach” quando você, supostamente, foi demitido da banda. Uma versão diferente da mesma história diz que você deixou a banda. Seja como for, foi uma grande choque para os fãs porque a banda estava no auge do sucesso. Então, para esclarecer, você foi demitido ou deixou a banda? E por que?

Ted Poley: Eu não gosto de falar sobre essas coisas negativas, isso já passou. Mas eu fui demitido sim, eu nunca teria deixado o Danger Danger. Amo a banda e seus fãs.

Depois disso ainda teve o processo que impediu a Sony Records de lançar o álbum e deixá-lo na geladeira por oito anos. Você poderia nos dizer qual foi a base da ação legal contra a gravadora?

Ted Poley: Na verdade, prefiro não falar disso. Já acabou.

E Andy Timmons deixou a banda logo depois. A história que se sabe é que ele ficou tão enojado com a coisa toda que decidiu deixar a banda...

Ted Poley: Você teria que perguntar à ele. Andy e eu tocamos juntos recentemente no Brasil. Fiz shows solo e ele foi como meu guitarrista…os fãs adoraram! Andy tocou canções próprias antes de meu show e eu o assisti todas as noites e ele estava fantastico! Depois tocamos clássicos do Danger Danger e foi mágico mais uma vez.

Em 2001 a Sony, finalmente, lançou “Cockroach” em edição dupla com seus vocais e os de Paul Laine. Muitos fãs apontam aquele como o melhor álbum do Danger Danger até hoje. Você concorda?

Ted Poley: Eu gosto muito daquele album. Pelo menos, a versão comigo! Eu gosto do Paul, ele é um cara bacana, mas eu prefiro a mim como vocalista do Danger Danger.


Durante os anos longe do Danger Danger você fez parte de vários projetos, como a Bone Machine – com um approach mais pesado - e Melodica, além dos álbuns com Gehard Pichler e Vic Rivera. Quais diferenças você apontaria entre as canções escritas para aqueles projetos e o material composto para o Danger Danger?

Ted Poley: Eu escrevi mais material, mas as canções são sempre com uma base melodic rock. Às vezes mais pesadas, outras vezes nem tanto.

E você gravou dois ótimos álbuns solo, “Collateral Damage” e “Smile”. Quando os ouvi pela primeira vez tive a mesma impressão: seriam dois excelentes álbuns para o Danger Danger.

Ted Poley: Obrigado! E agora tenho meu Greatest Hits que contém muitas canções de ambos os álbuns e meu material além do Danger Danger. Essa coletânea pode ser compara do meu site:
www.tedpoley.com

Como foi seu retorno ao Danger Danger? Quem te chamou? Quero os detalhes, por favor…hahaha

Ted Poley: Eles me ligaram e fiquei muito feliz em retornar à banda; tem sido muito bom…Eu já estou de volta desde 2004, então já fazem seis anos que reintegro a banda e parece que nunca saí. Ainda nos divertimos muito tocando canções para os fãs.

Rob Marcello é responsável pelas guitarras agora. E que guitarrista ele é! Ele conseguiu fazer algo que nenhum fã do Danger Danger pensaria ser possível: fazer com que a ausência de Andy Timmons não fosse sentida em um álbum do Danger Danger...

Ted Poley: ocê está correto! A maneira dele tocar é diferente da de Andy, mas igualmente incrível...como um mágico! Rob faz coisas com sua guitarra que não achava que fossem possíveis. Eu adoro tocar com Rob.

E então temos “Revolve”, um legítimo album de Melodic Rock escolhido pelos nossos leitores como o “álbum do ano” de 2009 (veja
aqui). É um album destruidor, onde a sonoridade tradicional do Danger Danger foi mantida. E eu destacaria “Hearts On The Higway” e “Keep On Keepin’ On” como minhas canções favoritas, mas “F.U.$.” também é excelente. Como foi o processo de gravação, quero dizer, tudo fluiu naturalmente? A ‘mágica’ ainda estava lá?

Ted Poley: Eu acho que você acertou em cheio! A mágica ainda está presente no Danger Danger e estamos vivos e na ativa! E muito obrigado pelo review. Eu acho que esse é o nosso melhor álbum.

Há muitas bandas retomando suas carreiras lançando novos álbuns e DVDs. O novo album de vocês já foi lançado, então podemos esperar o lançamento de um DVD em breve?

Ted Poley: A maioria dos shows já foi lançada como bootlegs e estão no Youtube…mas eu adoraria lançar um DVD official. Existem uns que foram feitos no Japão no início da carreira do Danger Danger, material de alta qualidade.

A banda está divulgando o novo álbume em Julho fará parte do Rockweekend Festival (em Söderhamn, Suécia), com outras 59 banda. Será um grande evento, com certeza...

Ted Poley: Todo show é um grande evento. Eu adoro tocar ao vivo…

Você já esteve no Brasil cerca de três vezes, sendo a última na divulgação de "Smile". Agora que você está de volta ao Danger Danger, os fãs brasileiros terão a oportunidade de vê-los ao vivo?

Ted Poley: Eu espero que sim. Estou em contato com o promoter sul-americano. Estou tentando levara a banda para lá. Eu acho que estive no Brasil quatro vezes?.Não tenho certeza…três vezes no Peru…eu amo a América do Sul…os fãs e a comida são incríveis!

Ted, foi um prazer falar com você. Os leitores do blog estavam esperando essa entrevista e fico feliz em poder trazê-la até eles. Espero que possamos conversar novamente em breve e as portas da AORWatchTower estão sempre abertas à você a à banda.

Ted Poley: Felicidades e mais sucesso

Rock on…

Ted Poley: Obrigado. Eu agradeço à todos por ler essa entrevista e espero que vocês visitem
www.tedpoley.com e comprem meus CDs, especialmente os “Greatest Hits”. Manteremos contato e lhe desejo o melhor e à seus leitores também. Espero vê-los em breve na estrada. Fiquem bem todos vocês…

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