O universo do rock não se faz apenas com sons, mas também com imagens. Com isso em mente, trago aqui artigo que foi publicado Obvious, sobre o fotógrafo Jim Marshall (foto), nome recorrente dentro do cenário musical.
"Ele era um artista. Não daqueles que aparecem em frente às câmeras, mas por trás delas. Um olhar diferente dos demais; capaz de captar, por meio de suas lentes, momentos que nunca mais iriam se repetir. O mundo perdeu o contador de histórias do rock. Aos 74 anos de idade, o fotógrafo Jim Marshall dormiu. E não mais acordou.
Em 1936, Marshall nascia em Chicago. Criado em São Francisco, ainda no colegial se apaixonou pela câmera fotográfica e, aproveitando o momento de ascensão musical da cidade, começou a tirar suas primeiras fotos de artistas e músicos do jazz. Ele dizia que a fotografia era muito mais do que um trabalho, era sua vida. Foram mais de 500 capas de disco. Os músicos gostavam dele. Tanto que Marshall era o fotógrafo preferido de Jimi Hendrix , Rolling Stones, Janis Joplin, entre tantos outros artistas. Dentre as fotos legendárias que capturou, algumas ficaram marcadas. Uma das mais famosas é a de Hendrix queimando sua guitarra no festival de Monterey Pop, em 1967, e a de Johnny Cash mostrando o “dedo do meio” durante uma apresentação na penitenciária de San Quentin, na Califórnia, em 1969.
E as histórias não param por aí. Bob Dylan, The Who, John Coltrane e Led Zeppelin também posaram para suas lentes. Ele foi o único fotógrafo liberado para registrar o backstage da última apresentação do Beatles, acompanhou a turnê de 1972 dos Rolling Stones e foi o principal fotógrafo do festival de Woodstock. Mesmo com o passar dos anos, seu talento nunca deixou a desejar. Continuou fotografando. Mais recentemente, John Mayer, Ben Harper, Lenny Kravitz, Red Hot Chili Peppers e Velvet Revolver.
Foram cinco livros publicados e, no dia em que lançaria um titulo feito em parceria com o fotógrafo de celebridades Timothy White, ele morreu. A causa da morte não foi identificada. Provavelmente, se continuasse vivo teria mais histórias para contar. Ainda assim, Marshall deixou um legado. Milhares de fotografias que retratavam o mundo do rock de um jeito que só ele sabia e poderia captar. Ele dizia que as fotos eram seus filhos, mas, agora, quem ficou órfão foi o mundo do rock".
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