O início da década de 90 foi o começo do fim do reinado do AOR, entretanto, vários álbuns excelentes foram lançados ao longo dos anos, mas a quantidade e qualidade do material lançado entre 1990 e 1992 é incomparável. Nessa leva, um dos melhores trabalhos é o primeiro álbum da Unruly Child, formado por músicos veteranos e altamente talentosos, que produziram o mais tradicional AOR made in the U.S.A. e, na minha opinião, o melhor álbum de seu catálogo. E olha que a banda já teve Kelly Hansen e Philip Bardowell como vocalistas, mas Mark Free atropelava ambos facilmente.
Logo de cara a banda mostra seu vigor com a contagiante “On The Rise”, onde guitarra, baixo e bateria tocam em compasso, o que favorece os poderosos vocais de Mark Free. Uma pancada que tem um refrão excelente, assim como “Take Me Down Nasty”, outro rocker de primeira linha e de formato mais tradicional, mas ainda assim, muito bacana. Mas “Who Cries Now” surge como um dos grandes destaques desse álbum, especialmente, por causa da melodia muito bem cortada e do refrão contagiante. Um ótimo exemplo do melhor AOR made in the U.S.A. no início dos anos 90. Ouça sem a menor moderação!
Diminuindo a adrenalina, a baladaça “To Be Your Everything” desponta com seu refrão envolvente e bastante característico, mas isso não é demérito algum, muito pelo contrário. Em uma banda onde todos os integrantes cantam, o refrão é a oportunidade de explorar esse talento, e a Unruly Child o fazia muito bem. Passando a marcha, “Tunnel Of Love” chega com suas guitarras pontuadas e melodia um tanto previsível, mas ainda assim, bem bacana. Prefiro, entretanto, “When Love Is Gone”, um mid-pacer absolutamente radio friendly onde Mark Free arregaça suas cordas vocais em uma das melhores canções desse álbum. Um desbunde velado do mais puro AOR e, quando você achou que a banda não tinha mais o que oferecer surge “Lay Down Your Arms”, um torpedo destruidor, forjado nas fornalhas do monte sagrado do AOR! Considero essa a melhor canção do álbum, sem concorrência. A melodia é perfeita, o andamento, cadência, tudo funciona, e o refrão...holy crap...matador! Desafio você a ouvir essa canção sem se arrepiar e sem cantarolar o refrão. Tente e depois volte aqui prá confessar seus pecados...hehehe.
E a balada “Is It Over” mantém o nível nas alturas onde vivem os deuses dos bons sons. Essa canção nem é nenhuma maravilha, mas a performance da banda toda é acima da média. Gosto muito dessa canção. Outra canção bem bacana é “Wind Me Up”, um rocker que não é nenhuma novidade, mas cabe destacar as guitarras nessa canção. E como dizem os gringos, “se não está quebrado, não conserte”. Sábio ditado que é seguido pela banda, felizmente. Em “Let’s Talk About Love” temos mais um mid-pacer e sempre no formato mais tradicional, mas como sempre, o refrão acaba salvando a coisa toda e depois de algumas audições, a canção acaba se tronando uma de suas favoritas. Pode apostar...hehehe.
O álbum fecha com duas ótimas surpresas: “Criminal” é um rocker bem simples, mas temperado com o pó do rabo do escorpião do capeta, o que equivale dizer que tem pegada, gruda na cabeça e infecta os sentidos (de uma maneira boa) e “Long Hair Woman” pode se valer dos mesmos adjetivos para descrever um rocker embalado em arranjo mid-pacer, coisa que só gente que sabe muito bem o que faz pode arriscar. E o resultado é bem bacana.
Resumo da ópera, nibelungas e nibelungos, esse primeiro álbum da Unruly Child é escandalosamente excelente. Como afirmei anteriormente, é um dos melhores trabalhos do início da década de 90 e ainda hoje, quase duas décadas depois de seu lançamento, dá pau em muita bobagem lançada por grandes gravadoras nos últimos anos. E você já sabe – se é leitor assíduo do blog – que a banda assinou contrato com a Frontiers Records em 26 de Setembro passado para lançarem um novo trabalho, e contando com a formação original (leia a matéria aqui). Ou quase, se considerarmos que Mark Free virou Marcie Free, mas pelo que já ouvi, meus queridos, o vocal foi salvo entre todas as partes que foram cortadas. Enquanto esperamos, fique com esse álbum que a satisfação é mais que garantida.
UNRULY CHILD – Unruly Child
Released in 1992, through Interscope Records
Cat. # 7567-92101 – 2
Tracklist
01. On The Rise
02. Take Me Down Nasty
03. Who Cries Now
04. To Be Your Everything
05. Tunnel Of Love
06. When Love Is Gone
07. Lay Down Your Arms
08. Is It Over
09. Wind Me Up
10. Let's Talk About Love
11. Criminal
12. Long Hair Woman
Lineup
Mark Free - vocals
Bruce Gowdy - guitars, backing vocals
Guy Allison - keyboards, backing vocals
Jay Schellen - drums, backing vocals
Larry Antonio - bass, backing vocals
Guest Musicians
Paul Winger - backing vocals
Nate Winger - backing vocals
Logo de cara a banda mostra seu vigor com a contagiante “On The Rise”, onde guitarra, baixo e bateria tocam em compasso, o que favorece os poderosos vocais de Mark Free. Uma pancada que tem um refrão excelente, assim como “Take Me Down Nasty”, outro rocker de primeira linha e de formato mais tradicional, mas ainda assim, muito bacana. Mas “Who Cries Now” surge como um dos grandes destaques desse álbum, especialmente, por causa da melodia muito bem cortada e do refrão contagiante. Um ótimo exemplo do melhor AOR made in the U.S.A. no início dos anos 90. Ouça sem a menor moderação!
Diminuindo a adrenalina, a baladaça “To Be Your Everything” desponta com seu refrão envolvente e bastante característico, mas isso não é demérito algum, muito pelo contrário. Em uma banda onde todos os integrantes cantam, o refrão é a oportunidade de explorar esse talento, e a Unruly Child o fazia muito bem. Passando a marcha, “Tunnel Of Love” chega com suas guitarras pontuadas e melodia um tanto previsível, mas ainda assim, bem bacana. Prefiro, entretanto, “When Love Is Gone”, um mid-pacer absolutamente radio friendly onde Mark Free arregaça suas cordas vocais em uma das melhores canções desse álbum. Um desbunde velado do mais puro AOR e, quando você achou que a banda não tinha mais o que oferecer surge “Lay Down Your Arms”, um torpedo destruidor, forjado nas fornalhas do monte sagrado do AOR! Considero essa a melhor canção do álbum, sem concorrência. A melodia é perfeita, o andamento, cadência, tudo funciona, e o refrão...holy crap...matador! Desafio você a ouvir essa canção sem se arrepiar e sem cantarolar o refrão. Tente e depois volte aqui prá confessar seus pecados...hehehe.
E a balada “Is It Over” mantém o nível nas alturas onde vivem os deuses dos bons sons. Essa canção nem é nenhuma maravilha, mas a performance da banda toda é acima da média. Gosto muito dessa canção. Outra canção bem bacana é “Wind Me Up”, um rocker que não é nenhuma novidade, mas cabe destacar as guitarras nessa canção. E como dizem os gringos, “se não está quebrado, não conserte”. Sábio ditado que é seguido pela banda, felizmente. Em “Let’s Talk About Love” temos mais um mid-pacer e sempre no formato mais tradicional, mas como sempre, o refrão acaba salvando a coisa toda e depois de algumas audições, a canção acaba se tronando uma de suas favoritas. Pode apostar...hehehe.
O álbum fecha com duas ótimas surpresas: “Criminal” é um rocker bem simples, mas temperado com o pó do rabo do escorpião do capeta, o que equivale dizer que tem pegada, gruda na cabeça e infecta os sentidos (de uma maneira boa) e “Long Hair Woman” pode se valer dos mesmos adjetivos para descrever um rocker embalado em arranjo mid-pacer, coisa que só gente que sabe muito bem o que faz pode arriscar. E o resultado é bem bacana.
Resumo da ópera, nibelungas e nibelungos, esse primeiro álbum da Unruly Child é escandalosamente excelente. Como afirmei anteriormente, é um dos melhores trabalhos do início da década de 90 e ainda hoje, quase duas décadas depois de seu lançamento, dá pau em muita bobagem lançada por grandes gravadoras nos últimos anos. E você já sabe – se é leitor assíduo do blog – que a banda assinou contrato com a Frontiers Records em 26 de Setembro passado para lançarem um novo trabalho, e contando com a formação original (leia a matéria aqui). Ou quase, se considerarmos que Mark Free virou Marcie Free, mas pelo que já ouvi, meus queridos, o vocal foi salvo entre todas as partes que foram cortadas. Enquanto esperamos, fique com esse álbum que a satisfação é mais que garantida.
UNRULY CHILD – Unruly Child
Released in 1992, through Interscope Records
Cat. # 7567-92101 – 2
Tracklist
01. On The Rise
02. Take Me Down Nasty
03. Who Cries Now
04. To Be Your Everything
05. Tunnel Of Love
06. When Love Is Gone
07. Lay Down Your Arms
08. Is It Over
09. Wind Me Up
10. Let's Talk About Love
11. Criminal
12. Long Hair Woman
Lineup
Mark Free - vocals
Bruce Gowdy - guitars, backing vocals
Guy Allison - keyboards, backing vocals
Jay Schellen - drums, backing vocals
Larry Antonio - bass, backing vocals
Guest Musicians
Paul Winger - backing vocals
Nate Winger - backing vocals
Um comentário:
What a killer review!!! and I have had the pleasure of listening to two ballads "is it over" and "when the love is gone" on youtube and I completely shivered.
I may have said this before but what I really like and enjoy mostly about AOR are the ballads as they are filled with catchy choruses, and the two songs that I just heard are very good examples.
I will take the opportunity to have a good listen to the rest of the album.
Thanks Wikipaedia Juba San.
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