sexta-feira, 25 de junho de 2010

E VEM AÍ MAIS UMA AUTOBIOGRAFIA

Não é uma reclamação, já que todos esses títulos acabarão por integrar minha biblioteca dos bons sons, mas que não há mais dúvidas de que a onda do momento é escrever algum tipo de livro sobre a própria vida, isso é incontestável. A bola da vez é o sempre simpático Sammy Hagar (foto), que falou sobre o conteúdo de sua autobiografia, em entrevista concedida ao Atlantic City Weekly. Abaixo, trechos selecionados:

"Eu estou fazendo uma autobiografia chamada 'Sammy Hagar Red'. Quando ler o passado da minha familia, você perguntará 'como isto aconteceu? É um milagre'. Eu vim de uma família onde o pai morreu no banco traseiro de um carro de polícia aos 53 anos, bêbado, nas ruas de minha cidade, Fontana, na Califórnia. Era uma cidade pequena onde todos se conheciam, o que deixou mais difícil para mim, meu irmão e minhas duas irmãs. Minha mãe passava roupa e colhia frutas para criar quatro filhos. Uma mãe, sozinha. Embora fôssemos pobres, tínhamos roupas limpas e ela nos deu valores. Minha mãe não teve educação, ela foi apenas até a oitava série, mas ela teve coração, alma e criatividade. Meus irmãos todos tiveram boas vidas sem problemas, e isso foi mérito da minha mãe. Fontana foi dura e severa e nada foi dado de graça. Eu vim disto e posso me gabar um pouquinho - Eu vim do nada, zero."

Ainda, Mr. Hagar explica a origem de seu apelido, "Red Rocker": "Eu escrevi essa música chamada 'Red' em 1976 e eu tenho uma fixação pela cor vermelha. Quando entro num recinto vermelho eu me sinto diferente, ajo diferente, me dá conforto. Eu tenho mais ou menos 65 guitarras vermelhas, e umas 2 ou 3 pretas. Bem, na mesma época em que a música estreou, um jornal de Seattle fez a resenha de um de meus shows em 1977. Eu estava vestido inteiro de vermelho - sapatos vermelhos, camiseta vermelha, guitarra vermelha e cantando a música 'Red'. Um garoto estava esperando do lado de fora do quarto do hotel na manhã seguinte ao show pra conseguir um autógrafo, e ele estava com o jornal que tinha a resenha. Ele perguntou se eu poderia assinar 'The Red Rocker', e eu disse 'claro'. E assim como "Cabo Wabo", a luz surgiu e eu disse 'Ei, eu gostei disso'. Mas realmente isso acabou pegando por conta própria. Logo após eu escutei alguém gritando pela janela de um carro 'Ei Red Rocker!' e eu disse, 'Bom, acho que sou eu'."

Você pode ler a entrevista na íntegra - in English, as usual - clicando aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

The mania of books has certainly become an epidemic.

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