Poucos artistas tem vocais tão inconfundíveis quanto Robin Beck (foto). Vários álbuns excelentes no catálogo, casada com ninguém menos que James Christian (da House Of Lords) e sempre em atividade, ela me concedeu entrevista onde falamos sobre todos seus álbuns, projetos em que tomou parte, seus planos e novas empreitadas. Ainda, ele me revelou com exclusividade detalhes sobre seu novo álbum, que será lançado ainda em 2010.
Você disse que a primeira canção que compôs foi "The Key To My Heart", quando tinha apenas 10 anos, apesar de não ter nenhum background musical. De onde veio o amor pela música?
Robin Beck: Meu pai sempre cantava para mim. Ele tinha uma bela voz. Quando me dei conta de que podia cantar comecei a compor também. Meu paiera um homem muito bacana... ele cantava porque gostava e isso ficou comigo. Acho que sou a filha de meu pai, como dizem...
Você disse que a primeira canção que compôs foi "The Key To My Heart", quando tinha apenas 10 anos, apesar de não ter nenhum background musical. De onde veio o amor pela música?
Robin Beck: Meu pai sempre cantava para mim. Ele tinha uma bela voz. Quando me dei conta de que podia cantar comecei a compor também. Meu paiera um homem muito bacana... ele cantava porque gostava e isso ficou comigo. Acho que sou a filha de meu pai, como dizem...
Você fez backing vocals para alguns dos maiores nomes da música nos anos 70, como Chaka Khan, Leo Sayer e Humble Pie, para citar alguns. Era uma área bastante competitiva, não?
Robin Beck: Eu não sei…hahaha. Sempre tive a impressão de “chegar com tudo” quando as oportunidades apareciam. Eu queria muito isso e pensava nisso o dia todo. Acho que nasci sabendo o segredo.
Em 1979 você gravou "Sweet Talk". Um álbum disco muito bom, eu devo dizer, com um toque de Donna Summer e Melissa Manchester, estou certo? Você co-escreveu três canções, incluindoa faixa-título. Poderia nos falar um pouco sobre esse álbum?-
Robin Beck: Para começar, meu melhor amigo na época – Guy Marshall – viu um anúncio na revista Back Stage que dizia: “Produtora busca vocalista para contrato de gravação”. Ele mandou algumas fitas comigo cantando e quando percebi já tinha assinado um contrato com a produtora, o que evoluiu para um contrato com a gravadora Mercury Records. Escreevmos canções juntos, os produtores e eu...acho que escrevemos umas quatro... Luther Vandross e Irene Cara abrilhantaram o álbum. Foi um verdadeiro aprendizado para mim. Além disso, Desmond Child estava com sua banda no estúdio abaixo de onde trabalhávamos...Desmond Child And Rouge...que coincidência! Dez anos depois ele produziu o meu álbum. Ele não me notaria em 1979... hahaha.. Prá você ver como são as coisas...
Pois é, e falando em Luther Vandross e Irene Cara, nada mal tê-los fazendo backing vocals em seu primeiro álbum, hein...
Robin Beck: Sim!!! Ambos amigos muito queridos na época. Luther faleceu e sua falta é muito sentida. Perdi contato com Irene, mas tenho que dizer que ela é muito talentosa. Na verdade, nós saíamos juntas quando morávamos com nossos pais. Muito jovens, é verdade, mas sempre cantávamos e compunhamos onde sempre que possível.
Então, em 1988, "The First Time" te colocou sob os holofotes. Como foi que tudo aconteceu?
Robin Beck: A história é a seguinte: eu gravei um jingle que se tornou um grande sucesso no U.K., você sabe..."Can't Beat The Real Thing"... Coca Cola is it! Foi tão bem recebido que tinha até fãs, e os insistentes pedidos para que mostrassem a vocalista se tornaram impossíveis de ser ignorados. E eu nem sabia que tinha um fã clube. Então me pediram para gravar uma demo de uma versão do jingle transformada em música. Em poucos takes acertamos tudo. Semanas depois eu ouvi o resultado final e mais do que adorei, já que ela me lembrava o Heart, uma de minhas bandas favoritas. Então, num belo dia, recebi um telefonema da Inglaterra e pensei ser meu amigo Steve Ferrone – que também é inglês – por causa do sotaque. Depois de alguns minutos no telefone com um sujeito chamado John Watson, ele disse que transformaria numa estrela. Percebi que a não era brincadeira então...
Robin Beck: A história é a seguinte: eu gravei um jingle que se tornou um grande sucesso no U.K., você sabe..."Can't Beat The Real Thing"... Coca Cola is it! Foi tão bem recebido que tinha até fãs, e os insistentes pedidos para que mostrassem a vocalista se tornaram impossíveis de ser ignorados. E eu nem sabia que tinha um fã clube. Então me pediram para gravar uma demo de uma versão do jingle transformada em música. Em poucos takes acertamos tudo. Semanas depois eu ouvi o resultado final e mais do que adorei, já que ela me lembrava o Heart, uma de minhas bandas favoritas. Então, num belo dia, recebi um telefonema da Inglaterra e pensei ser meu amigo Steve Ferrone – que também é inglês – por causa do sotaque. Depois de alguns minutos no telefone com um sujeito chamado John Watson, ele disse que transformaria numa estrela. Percebi que a não era brincadeira então...
No ano seguinte foi lançado "Trouble Or Nothing", um álbum tido – até hoje – como um clássico do AOR. É um álbum muito forte de qualquer ângulo que se analise: tem Desmond Child como produtor, alguns dos mais respeitados session musicians do mundo, além de Steve Lukather e canções assinadas por Desmond Child, Diane Warren, Holly Knight, Alice Cooper, Billy Steinberg, Tom Kelly, Neil Giraldo e Jeff Kent, entre outros. E como se isso tudo não bastasse, Maria Vidal, Joe Pizzulo, Ellen Shipley, Michael Anthony, Terry Brock, Desmond Child, Guy Mann Dude e Paul Stanley fazem backing vocals.
Robin Beck: Foi uma época inesquecível. As coisas aconteceram muito rapidamente. Primeiro lançamos o single de "Save Up All Your Tears", que foi um tremendo sucesso em toda a Europa, especialmente na Alemanha. As vendagens eram absurdas! A gravadora teve que se apressar para terminar o álbum. Eu morei por seis meses na Inglaterra, compondo. Jeff Kent, Guy Marshall e Mark Wies, meu fotógrafo, todos se mudaram para lá por algumas semanas e escrevemos canções como "Sleeping With The Enemy". Depois nos mudamos para Bearsville (N.Y.) onde terminamos o projeto. Foi uma época maravilhosa para nós. Alice Cooper gravava no studio ao lado do nosso.
Três anos depois foi lançado "Human Instinct", com produção de Susan Hamilton e músicos do calibre de Tim Pierce, Michael Landau, Michael Thompson, Kim Bullard, Jeff Porcaro, John Robinson, Pat Mastelotto, Kipp Lennon, Mark Lennon e Michael Lennon, entre outros. O álbum ainda incluía canções assinadas por gente como Mark Spiro, Jonathan Cain, Simon Climie, Rob Fisher, Dennis Morgan, Glen Burtnik, Ann Wilson, Nancy Wilson, Tom Kelly e Billy Steinberg. Mas a sonoridade é bem mais leve em comparação com o álbum anterior, entretanto, é um excelente álbum e com alta qualidade. O fato de mudar o approach em relação a sonoridade – mesmo mantendo elementos do AOR - foi pensado ou aconteceu naturalmente?
Robin Beck: Tínhamos como plano, desde o início, buscar canções que nos agradassem e que fossem hits em potencial. Já ter Susan como produtora foi uma decisão equivocada minha e não posso mudar isso agora. Ela era muito metódica e não arriscava, era como um David Foster, mas não com o mesmo feeling. A direção que as canções tomaram teve muito a ver com o approach pessoal dela, mas a gravadora e eu escolhemos as canções. Adorava todas... na verdade, ainda as adoro.
Canções como "Every Little Thing", "I Will Love You Now" e "In My Heart To Stay" são, em minha opinião, algumas de suas melhores interpertações…Robin Beck: Tínhamos como plano, desde o início, buscar canções que nos agradassem e que fossem hits em potencial. Já ter Susan como produtora foi uma decisão equivocada minha e não posso mudar isso agora. Ela era muito metódica e não arriscava, era como um David Foster, mas não com o mesmo feeling. A direção que as canções tomaram teve muito a ver com o approach pessoal dela, mas a gravadora e eu escolhemos as canções. Adorava todas... na verdade, ainda as adoro.
Robin Beck: Concordo com você. São canções maravilhosas!!!
Lançado em 1994, "Can’t Get Off" tinha um approach diferente dos álbuns anteriores. Apesar de contar com duas canções tipicamente AOR, a maioria das canções do álbum recebeu tratamento AC Rock. Me lembra bastante as canções de Meredith Brook, às vezes. Mas, hey, isso não é uma reclamação! Eu adoro aquele álbum…hehehe
Robin Beck: Mais uma vez fui fortemente influenciada pela gravadora a escolher uma direção mais AC Rock. Eu queria um approach mais rocker para esse álbum, mas as coisas são como devem ser.
Eu preciso destacar "If Lovin’ You Is Wrong", escrita com Ole Evenrude. Um mid-pacer maravilhoso…Robin Beck: Mais uma vez fui fortemente influenciada pela gravadora a escolher uma direção mais AC Rock. Eu queria um approach mais rocker para esse álbum, mas as coisas são como devem ser.
Robin Beck: Uma ótima canção e muito boa para se cantar…:-)
E no album há uma faixa escondida no final, possivelmente chamada "You’re My Religion", um excelente AC Rock…
Robin Beck: Veja só, eu tenho dito às pessoas que essa canção existe. Ninguém acredita em mim. Hey, me mande uma cópia…hahaha. Tenho certeza de que James adoraria ouví-la. Eu amo aquela canção.
Um fato interessante é que, apesar de o album trazer todos os créditos das composições (e incluem Steve Kipner, Clif Magness, Diane Warren, Michael Bolton, Ole Evenrude, Amy Sky e Marc Jordan, entre outros) os músicos que participaram do álbum não constam nas informações. Você lembra alguns deles? Hehehehe…
Robin Beck: Citarei alguns: Steve Ferrone tocou bateria. Pino Palladino no baixo. Andy Richards nos teclados e precisaria olhar em algum lugar para lembrar dos outros nomes. Os backing vocals são de Baby Floyd, Miriam Valley, Lani Grove, Hamish Stuart e eu. Também havia esse incrível tocador de harmonica, mas não recordo o nome dele. Vou verificar e lhe mando a lista completa.
Ainda em 1994 você gravou "If You Need Me Tonight", com Dan Lucas. Uma linda balada e uma de suas performances que eu mais gosto. Emocionante, eu diria…
Robin Beck: Dan Lucas…ahhh. Eu o conheci em um de meus shows na Alemanha. Ele foi chamado ao palco para cantar “First Time” em dueto comigo depois que o vi na primeira fila se agitando e achei que seria legal ter alguém tentando cantar aquela canção comigo...e ele me impressionou! A partir daquele momento eu o apoiei muito em relação a sua carreira. Gosto muito de descobrir novos talentos e confesso que sou muito boa nisso. Você sabia que eu descobri o Maroon 5? Eles eram garotos tocando em uma festa de 16 anos em Malibu. Eu estava caminhando com meu cachorro quando vi esses garotos que não tinham mais que 14 anos tocando. Me aproximei e peguei seus nomes e números de telefone e os coloquei em contato com meu velho amigo John Di Nicola (que compôs “Hungry Eyes” e “I’ve Had The Time Of My Life” para o filme Dirty Dancing). Eles usavam o nome de Kara’s Flowers naquela época. Enfim, é uma longa história...e eles se deram bem. Sempre desejei o melhor para Dan.
E em 1996 você gravou "'Til I Was Loved By You" com Stan Bush. Não é exatamente um dueto, já que você só canta no refrão, mas é uma belíssima canção. Como aconteceu essa reunião?
Robin Beck: Meu querido amigo Curt Cuomo arrumou tudo. Não me lembro de mais nada a respeito...hehehe.
Bem, em 1998, James Christian entra em cena. Como vocês se conheceram?
Robin Beck: Oh, meu Deus…é uma looooonga história. Mas posso resumir dizendo que uma amiga minha nos juntou em uma sala e tudo aconeteceu a partir dali.
E depois chegou Olivia A transição de rockstar para o papel de mãe foi fácil?
Robin Beck: Eu estava pronto! Ela foi a melhor coisa que tenho em minha vida e a transição foi muito fácil de rockstar para mãe e de volta para rockstar...hehehe.
Em 1998 você gravou "Non É Un Adio", um lindíssimo dueto com o astro italiano Enzo "Pupo" Ghinazzi. Uma balada linda com os versos alternando italiano e inglês. Como esse dueto aconteceu?
Robin Beck: Se não me engano foi um director da gravadora que me telefonou e propôs o trabalho. Foi bastante divertido e fácil de faze-lo. Pupo me fez sentir alta…hahaha.
Então, em 1999, depois de cinco anos, você lançou dois singles: "Jewel In My Crown" e "Shut Up And Kiss Me", o ultimo produzido por James Christian. Ambos tem o mesmo approach do material do álbum "Can’t Get Off", e são faixas excelentes. Elas eram sobras de estúdio do álbum anterior ou o material era inédito?
Robin Beck: Não, claro que não. Eu não faço esse tipo de coisa. Se a canção não for lançada no álbum para a qual foi gravada nunca será lançada. Esses singles foram lançados por causa da gravadora, e não deram certo. Mas são boas canções, realmente.
Robin Beck: Não, claro que não. Eu não faço esse tipo de coisa. Se a canção não for lançada no álbum para a qual foi gravada nunca será lançada. Esses singles foram lançados por causa da gravadora, e não deram certo. Mas são boas canções, realmente.
Outro dueto veio em 2001 quando você gravou "Through These Eyes" com o Shanghai. Outra linda balada. Com todos esse pedidos para participar de outros álbuns você deve lembrar-se de sua época como session vocalist, provavelmente…
Robin Beck: Sim e não. Faço com amor todo trabalho que aceito. Eu realmente não faço coisas que não quero fazer. Quando eu era session singer fiz muitas coisas que não considerava boas. Trabalho era trabalho. Levo meus colegas músicos muito a sério e se acho que algo não vale a pena, é ruim e não posso melhorá-la, eu simplesmente não aceito.
Seu album seguinte foi "Wonderland", lançado em 2003. Com approach absolutamente AC Rock, esse album passou quase que desapercebido, apesar de ter ótimas canções escritas por gente como Desmond Child, Andreas Carlsson, Eric Bazilian e Amanda Marshall. Você estava tentando deixar a imagem rocker para trás e, ao mesmo tempo, dar um novo rumo à sua carreira?
Robin Beck: Na verdade, aquela foi uma época muito confusa para mim, musicalmente falando. Eu queria continuar em casa brincando com Olivia. Acho que eu não estava pronta para me comprometer com um novo projeto. Realmente, o álbum tem excelentes canções mas acho que foi uma idéia equivocada desde o princípio, devido ao meu estado de espírito naquele momento e minha relação com a gravadora.
Porque, devo admitir, apesar de adorar seus álbuns AOR/Melodic Rock, sua voz se encaixa perfeitamente no formato AC Rock…
Robin Beck: Eu sei…isso sempre foi uma faca de dois gumes. Posso gravar qualquer coisa e convencê-lo disse, se eu gravar.
Em 2005 sua face rocker ressurgiu com "Do You Miss Me?", um álbum com approach melodic rock que trouxe de volta a sonoridade rocker pela qual você era tão conhecida, e com canções escritas por Amy Sky, Marc Jordan, o amigo de longa data Desmond Child, Bill Payne, Chris Pelcer e Michael Bolton. Como a Frontiers Records lhe propôs a gravação desse álbum?
Robin Beck: James estava trabalhando com eles e surgiu a propsta para um contrato curto, pequeno. Eles me fizeram um favor, na verdade. Eles me trouxeram de volta como a cantor que eu deveria ser. Naquele momento eu parei de brincar. Serafino Peruggio insistiu que meu album fosse absolutamente direcionado ao Melodic Rock e ele estava correto. Eu devo agradecê-lo por me devolver à meus fãs. Obrigado Serafino :-)
Ainda em 2005 você fez parte do projeto Radioactive, de Tommy Denander. Um grupo estelar de músicos e vocalistas foi recrutado para integrar o projeto, mas se eu tivesse que escolher apenas uma entre as várias excelentes canções daquele álbum, certamente seria "Easy’s Getting Harder", o dueto entre você e James Christian. Vocês puderam se escolher para esse dueto ou foi Denander quem sugeriu a parceria?
Robin Beck: Tommy foi quem acabou decidindo. Tommy Denander é como um herói para mim e um de meus amigos mais próximos. Ele desempenha um grande papel na minha vida musical.
Eu lhe perguntei isso porque desde que você e James se casaram, seus fãs pensavam em um dueto entre o casal…hehehe
Robin Beck: Eu tenho sorte ou não??? Hehehehe...
Dois anos depois você retornou com "Living On A Dream", outro álbum essencialmente melodic rock, produzido por James Christian e co-produzido por Tommy Denander. Para aqueles que conhecem o trabalho de Denander fica fácil perceber sua influência ao longo do álbum, especialmente nas guitarras...
Robin Beck: Foi o casamento perfeito, devo admitir.
E mais uma vez você gravou um dueto com James Christian, na baladaça "Till The Last Teardrop Falls". E que bela canção é essa…
Robin Beck: É verdade. Eu adoro essa canção e adoro a maneira com eu e James soamos juntos.
Ainda em 2008 você integrou o projeto Voices Of Rock, gravando a canção "Underloved" e um ano depois você contribuiu com "I’m Serious" para o álbum "Undying Fire". E ainda em 2009 você gravou três faixas para o album do Impulsia, além de participar de "Embrace", o mais recente álbum da Spin Gallery. Eu imagino que você deva receber muitos convites para participar dos mais variados projetos. Como você seleciona em quais projetos tomar parte e quais deixar passar?
Robin Beck: Alguns projetos não necessitam pensar a respeito. São projetos para que visam ajudar a comunidade e outros são para ajudar alguém a realizar seu sonho. Estou sempre disposta a ajudar nossa comunidade a manter-se viva.
Falando sobre o Impulsia, isso me lembrou a morte premature do grande Marcel Jacob. Uma grande perda para o cenário melodic rock, concorda?
Robin Beck: Absolutamente. É sempre triste perder um colega de uma maneira tão inesperada. Ele fará muita falta à todos que tiveram a oportunidade de trabalhar com ele, e fico feliz por ter tido a chance de divider o palco com ele. Um talento verdadeiro. Que sua alma descanse em paz.
Em Novembro de 2009 você relançou "Trouble Or Nothing" usando, basicamente, a House Of Lords como banda (o que já vinha contecendo desde 2007). O que a levou à regravar um álbum considerado clássico? Você não teve medo das comparações óbvias que os fãs certamente fizeram entre as duas versões? E você não temeu que o resultado final fosse diferente daquele que você havia planejado?
Robin Beck: Nunca temi, Juliano. Na verdade, eu não tinha escolha. Há muito tempo me pediam para relançar o album, mas a gravadora não me cedeu os direitos – que já estavam arquivados – e simplesmente não justificavam tal atitude. Seja como for, eu regravei todo o material e consegui um contrato com a Sony para disponibilizar o álbum para os fãs. É um pouco diferente, é verdade, mas a grande parte é fiel ao original e fiz meu melhor para recriar tudo o mais próximo de suas versões originais. Foi uma experiência maravilhosa.
Há rumores de que você está gravando um novo álbum com lançamento marcado para o final deste ano. Imaginando que o rumor seja verdadeiro, você manterá o approach melodic rock que lhe cai tão bem? Você pode nos falar um pouco sobre esse álbum?
Robin Beck: Como você sabe disso??? Deveria ser segredo...hehehe. Esse álbum vai arrebentar!!! James e eu faremos mais um dueto e teremos alguns convidados, entre eles Joe Lynn Turner que cantará em uma canção comigo. Mais algumas surpresas estão reservadas e estamos sim trabalhando no álbum agora. Eu também estou empresariando um grupo chamado Kane’d. Essa é minha nova aventura e James está produzindo. E deixe-me dizer que Kane’d será um sucesso mundial. Pode apostar. E confira meu site oficial para a pré-venda do novo álbum no final de Agosto. E mantenha-se fiel às coisas em que você acredita, essa é a filosofia do dia!
Robin, foi um imenso prazer falar com você. Me sinto privilegiado por você ter me concedido a oportunidade de entrevistar uma das maiores vozes do universo AOR/Melodic Rock. Agradeço uma vez mais sua atenção à meu pedido e a paciência em responder todas as minhas perguntas. As portas da AORWatchTower estão sempre abertas à você e espero notícias suas em breve :)
Robin Beck: O mesmo para você, meu amigo. Lhe desejo o melhor, com carinho.
2 comentários:
Amazing interview Juliano.
What I found very heartfelt in this interview is how she talked about Luther Vandross being a dear friend and how his absence is deeply felt. Since I have his entire collection I can empathise with that as he was a great inspiration to many artists and definitely fans around the world.
I hope her new material will be just as good as her previous works.
Great interviú Juba
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