segunda-feira, 2 de agosto de 2010

ENTREVISTA COM MARCO FERREIRA

Radicado na terra do Tio Sam desde 1996, o brasileiro Marco Ferreira (foto) tem muita bagagem como músico. Desde 2007 ele lidera o Goodbye Thrill, uma das bandas mais bacanas no cenário melodic rock contemporâneo, mas além disso, ele começa a consolidar uma carreira solo bastante promissora. Em meio a tudo isso ele encontrou tempo para conversar comigo e você confere o papo, na íntegra, logo abaixo. Divirtam-se...

01. Marco, em primeiro lugar, quero lhe agradecer pela entrevista. Imagino que você deva ter várias coisas rolando nesse momento, com o novo álbum do Goodbye Thrill e seu trabalho solo chegando, e achar tempo para responder às perguntas foi muito bacana.

Marco Ferreira:
Muito obrigado à você pelo suporte aí no Brasil.


02. Muita gente conheceu você pelo trabalho com o Goodbye Thrill, mas você já tinha muita estrada naquela época, não? Você integrou a Venturia e ainda gravou algumas canções que acabaram em coletâneas, certo?

Marco Ferreira: Tem muuuuita estrada sim. Comecei no Rio De Janeiro no final dos 80’s com a banda Cartoon. A proposta da banda sempre foi o Hard Rock. Eramos todos moleques fans de Bon Jovi, Mötley Crüe, Dokken, Ratt... Tocavamos shows constantes e chegamos a viajar com a LaToya Jackson em uma toure shennadigans : ) O lineup era Ian Duarte (bateria), Andre Guerra (guitarras, backing vocals), Paulo Cerqueira (baixo, backing vocals) e eu (vocais, guitarras). Chegamos a gravar uma demo de 6 músicas. Estas musicas foram regravadas anos depois no Goodbye Thrill. De coletânea mesmo, que eu saiba foram só a do CD da Som Livre (Com a musica errada) : ))))) Tem a "Super Perfect World" do Goodbye Thrill na segunda coletânea da série da MelodicRock.com (acho que hoje em dia eles estão no CD 8). Mas a versão que está na coletânea é a da demo antes do Goodbye Thrill, está como Ferreira, eu acho. Estou também num exemplar da revista Fireworks com a musica "I’m Waiting" do álbum "Working Overtime". Mas esta eu paguei para entrar, aí não conta. Hahahahaha


03. Entre as canções que gravou para essas ditas coletâneas, uma delas rendeu muito assunto em vários sites. Claro que estou falando de "Die For Love", canção inspirada em "Wasted Love" – do Iron Maiden – e que foi apontada por muita gente como sendo a fonte inspiradora para Bruce Dickinson e Janick Gers comporem a canção do Iron Maiden. Sei que o assunto foi esclarecido, onde você mesmo apontou a gravadora Som Livre como responsável por essa papagaiada toda, inclusive, tendo usado o seu nome indevidamente na tal coletânea. Essa confusão toda ainda gera polêmica?

Marco Ferreira: Meu amigo me pediu uma música instrumental para a coletânea. Eu tinha uma música já pronta, e mandei (A música foi bem alterada na mixagem com o track da lead guitar fora do lugar original o que alterou completamente a melodia da música). Não podia se esperar nada mais do que a Som Livre querendo fazer um CD de metal de qualquer jeito para a molecada. Mas o que foi esquisito é que eu comecei a receber uns e-mails falando desta música que eu não tive nenhum envolvimento, a "Die For Love". Nem liguei. Os e-mail comecaram a ficar meio agressivos. Fãs de Iron Maiden que escreviam que o Iron Maiden nunca iria plagiar música minha. Hahahaha. Claro que não!!!! Iron Maiden, me plagiando. Quem dera Hahahaha. Quem tem a coletânea vai ver uma música instrumental toda esquisita : ) Esta é a música que eu gravei para a coletânea (Nao sei nem o nome que deram para ela). TUDO ERRADO!!!!!!


04. Você saiu do Brasil em 1995. Em 2002 lançou "Fallen Heroes", álbum bem bacana e com boas canções. Você considera esse trabalho o começo de sua carreira internacional?

Marco Ferreira: Sim, foi meu primeiro álbum. E o primeiro que eu produzi e mixei. Fiz tudo no meu home studio com o que eu tinha e com o que eu sabia na época. Acho ate que eu usei um Fostex de 8 canais e muitos ping pongs. Foi lancado por uma gravadora pequena daqui (Shire Records) e que logo depois do lancamento a gravadora desapareceu do mapa.


05. Dois anos depois você foi recrutado para integrar a Venturia, banda francesa de Melodic Progressive Metal. Como se deu sua chegada a banda?

Marco Ferreira:
Eu fui introduzido à banda pelo Gus Monsanto. Gus estava trabalhando na França com o Adagio e com uma banda de covers. Nesta banda cover, Charly Sahona é o guitarrista. Charly estava escrevendo o primeiro cd do Venturia e o vocalista que estava na banda saiu para cantar em bandas mais trash. Charly estava procurando alguem que cantasse conforme a dinâmica da banda. Às vezes hard rock, metal, às vezes pop, garage. Ou tudo junto : ) Nao, sério... Gus mostrou algumas demos minhas. Aí eu recebi duas músicas para colocar voz e ver se eu encaixava com o som da banda. Gravei as 2 musicas e mandei de volta. O resto é história. Fizemos 2 cds: "The New Kingdom" em 2006 e o DVD "Live In Geneva", tocando o primeiro disco inteiro para a TV TSR em um programa chamado 100% Scene (Em horário nobre : ). Este DVD saiu na primeira tiragem do segundo álbum "Hybrid", de 2008. Os dois pela Lion Music. Muito legal a banda. Os melhores músicos com quem já trabalhei. Apreendi muito sobre produção com o Venturia.


06. Em 2007 o Goodbye Thrill lançou seu primeiro álbum, lançado pela Kivel Records. Como a banda conseguiu o contrato para gravar?

Marco Ferreira:
John Kivel estava procurando vocalista para uma das bandas da gravadora. John perguntou para o Dario Seixas, que na época estava com o Firehouse. O Dario passou meu contato em NY. Como a gravadora é de N.Y. tivemos uma reunião no meu home studio, eu mostrei algumas músicas nas quais estava trabalhando e algumas que já estavam prontas. Ele gostou, e ao invés de eu entrar na outra banda como vocalista decidimos criar uma banda nova como Goodbye Thrill.


07. O álbum foi muito bem recebido por público e crítica e se destacava no meio de muito material. Foi uma belíssima surpresa, um álbum absolutamente calcado no que havia de melhor dentro do estilo AOR/Melodic Rock do final da década de 80 e início dos anos 90 o que, talvez, tenha sido o grande diferencial para outras tantas bandas que lançavam material naquela época. Quais foram as influências da banda para obter a sonoridade contida no álbum?

Marco Ferreira:
Não teve muito debate sobre como a banda deveria soar etc... As músicas já estavam no ponto, com melodias, letras, riffs... Só tínhamos que melhorar o som de tudo. Entramos no estúdio do David Powers em Brewster, N.Y. e a gravadora sugeriu duas ótimas músicas de um songwriter Jason Pawlak: "Leap Of Faith" e "Let Me Sleep". Eu diria que estilo da banda é "old school hard rock" misturado com "modern rock".


08. Você não era o único brasileiro no lineup do Goodbye Thrill, já que Dario Seixas integrava a banda. Ele também estava fora do país quando você saiu. Ele estava na formação original da banda?

Marco Ferreira:
Dario, está aqui há mais tempo que eu. Nos conhecemos em 2001 quando a primeira encarnação do Goodbye Thrill - chamada de Monkey Bite, com Alex, Gus e eu - estávamos abrindo para o Ratt em Denver como a banda local. O Ratt estava fazendo a tour com a banda Amsterdam, e o Dario era o baixista deles. Ele entrou na banda logo depois do lancamento do primeiro álbum. O baixista original era o Dutch. Quando a banda foi convidada a participar do primeiro MelodicRock Fest em Indiana, o Dutch não era um bom baixista e não sabia fazer backing vocals. Uma grande parte do som da banda são os backing vocals e as harmonias. Dario é mestre em live backings vocals e um excelente baixista e showman no palco. O próximo integrante seria o meu irmão, Alex. Pete é um bom batera, mas Alex é muito mais dinâmico, o som da banda fica mais groovy com ele nas baquetas, sem contar que os vocais dele sao ótimos. Coitado do Chuck, o único gringo da banda hahahahaha...


09. E como foram escolhidos os outros músicos?

Marco Ferreira:
A mudanca no lineup ocorreu na gravação do "Keepsakes". Na época, Dean estava super ocupado com sua outra banda, a Funny Money, em Virginia. Tive que gravar todas as guitarras no disco. Dean é um grande músico e é um prazer tê-lo no palco ao meu lado. Mas ele estava muito ocupado e a banda estava tocando vários shows e precisávamos de alguém mais firme. Saiu o baterista original, Pete, e entrou meu irmão Alex, que tem grande presença e tambem é mestre nos backing vocals, tomando o lugar do Dean nesse aspecto. Tocamos como trio em alguns shows (South Dakkota Rock Fest com Dokken, L.A. Guns, Firehouse, Skid Row, Bret Michaels, Enuff Z’ Nuff, etc...). Mas ao vivo, a segunda guitarra estava deixando um buraco. As músicas são cheias não só de backing vocals mas também de guitarras. Foi aí que o Chuck veio para ficar.


10. O álbum é bastante coeso e com canções de alta qualidade, mas destaco "Ticket To Paradise" (e seus vocais a lá Nelson), "Rainy Days", "Give You Away", "Dead To Me" (ótima para ser ouvida depois de um pé na bunda), "It’s Got To Be", a baladaça "Leap Of Faith" e "Taste" como minhas favoritas...

Marco Ferreira:
"Ticket To Paradise" está no set dos show. Uma das músicas que traduz bem o som da banda. Fala de um carinha que é tímido demais para chegar em cima da garota : ) "Rainy Days" é a musica de trabalho, e também está no setlist dos shows. Esta música tem 4 versões gravadas pela banda. Acho que gravamos ela mais do que o Whitesnake gravou a "Here I Go Again" hahahahaha. Tem a versão original do primeiro CD, uma versão acústica de estúdio, uma versão acústica ao vivo (bem diferente) e a versão do Beau Hill. "Give You Away" foi tirada do meu primeiro CD solo de 2002. "Dead To Me" está está no primeiro CD e no "Keepsakes" em versao acústica. A música fala de um carinha que mora em uma cidadezinha de verão. Pega uma garota mas as garotas sempre vão embora depois que o verão se vai, deixando o cara sempre sozinho. "It’s Got To Be" é antiga, dos tempos de Monkey Bite e a tocamos muito ao vivo e esta também está no setlist do Goodbye Thrill. Tem uma levada mais modern rock. Já "Leap Of Faith" é a balada do CD; uma das duas músicas escritas pelo Jace. Sugestão da gravadora... boa música. E "Taste" conta uma estorinha de uma garota que faz 21 anos e acha que pode beber todas, e de uma carinha que acabou de sair de rehab.


11. Em 2009 você lançou "Working Overtime", seu segundo álbum solo. Você considera esse álbum uma variação do Goodbye Thrill, já que não é exatamente a mesma coisa, mas nem tão diferente assim?

Marco Ferreira: Este CD eu quis fazer com distribuição independente. O CD foi mixado e masterizado pelo Alex Macedo no Full Sound Studios no Rio de Janeiro. O Alex Macedo é o guitarrista da Atlântida (banda do Luiz Siren) e do Zion Vega (banda com Gus Monsanto no vocal). Na bateria, o Alex Macedo sugeriu o Leo Pagani, que ja estava no estúdio do Rio trabalhando em outro CD. Lancar um CD independente era uma coisa que eu sempre quis fazer. Eu até tive umas oferta de dois selos alemães (Rock Papas e Silverwolf Production), mas os contratos não me agradaram muito a ponto de assinar qualquer um. Eu já tinha alguns contatos aqui nos U.S.A., Europa e Japão, além de algumas revistas, rádios e lojas especializadas. Mandei para review saindo até na Burnn do Japão. Os reviews foram legais e ajudaram nas vendas. O CD foi e ainda está sendo vendido em lojas especializadas. Foi uma experiência bem legal. Fiquei super satisfeito em saber que eu posso distribuir e vender meus CDs sem ajuda de gravadora. É uma sensação de independência. Estou pensando em fazer isso novamente no futuro. Acho que foi por causa desta experiência que eu comecei a gravar mais e mais. Só neste ano eu lancei 3 CDs por gravadora, um ainda sem gravadora com minha outra banda Fallen Innocence, e um CD acústico de covers. Eu vou gravando. Se a gravadora não quiser lançar, TOO BAD!!! Eu lanço independente mesmo : ))) Não vou mais engavetar música esperando a hora certa de lançar. Hoje em dia eu escrevo e já saio gravando.

12. O Goodbye Thrill retornou em 2010 com "Keepsakes", que consiste em uma coleção de canções inéditas e outras em versão acústica, incluindo o poderoso remix de "Rainy Days", feito por ninguém menos que Beau Hill. Como foram escolhidas as canções para integrar esse álbum?

Marco Ferreira:
Eu sugeri de regravar 2 das minhas músicas favoritas do meu primeiro CD solo de 2002, "Fallen Heroes": "That’s What We Stand For" e "Born Again". Gravamos várias versões acústicas das músicas do primeiro álbum do Goodbye Thrill e pegamos as 6 melhores. Entramos em contato com Beau Hill para remixar a "Rainy Days". He is a legend! Fiquei super satisfeito com o mix que ele fez. Este CD foi gravado no meu estúdio (Playrec Productions) e mixado e masterizado pelo TY (baixista do Bombay Black).


13. A estratégia de lançar esse material para promover "Outrageous" – o novo álbum do Goodbye Thrill, com lançamento previsto para o dia 20 de Junho – foi uma grande jogada. Não só atiçou os fãs como os fez relembrar as canções do primeiro trabalho da banda. De quem foi a idéia? Hehehe...

Marco Ferreira:
Hahaha. Foi meio que acidente. O "Keepsakes" demorou um pouco para sair, e o "Outrageous" ficou pronto muito rápido. Quando fomos chamados a tocar no Melodic Rock Fest 2 neste ano, foi o perfect timing para lancar o "Keepsakes" porque nós tocamos um set acústico e outro elétrico. E ao mesmo tempo já estávamos divulgando o "Outrageous" no booth da Kivel. Foi uma estratégia acidental, mas muito boa para a banda.


14. E a inclusão do DVD foi uma tacada de mestre...

Marco Ferreira:
O DVD veio antes do CD. Nos fizemos um show acústico na festa de lançamento do primeiro CD. O show foi gravado no mesmo estudio onde o CD foi gravado. O estúdio é gigante e deu para fazer o show e convidar uma porrada de gente. Filmamos tudo em 3 câmeras e David Powers (que também foi o engenheiro de som do CD) fez a edição. Quando vimos o show em vídeo, as peças do quebra-cabeça se encaixaram. Decidimos fazer um vídeo da "Let Me Sleep" com os footage de shows, e também incluir cenas da tour e backstage para montar um DVD. Depois é que veio a idéia de adicionar um CD no pacote. O show é todo ao vivo, sem retoque de estúdio. Se retocar, nao é mais ao vivo, na minha opinião.


15. O novo álbum vem recebendo muitas críticas positivas, muitas delas dizendo que "Outrageous" supera o primeiro trabalho. Você concorda?

Marco Ferreira:
Absolutamente! Sem querer tirar crédito do primeiro álbum, o "Outrageous" is my baby. Trabalhei 5 meses direto neste cd. Foi todo produzido e mixado por mim. As músicas estão exatamente como eu imaginei na minha cabeca. Teve a inclusão de uma música de autoria do Dario na qual ele faz o lead vocal. O cd é Goodbye Thrill do comeco ao fim. Não temos intenção nenhuma de mudar a direção da banda ou gravadora. Quem curtiu o primeiro, vai comer de colher este : )


16. A banda agora conta com Chuck Beckman, o novo guitarrista. Ele só não participou das gravações de "Outrageous" porque o material já estava todo gravado. Como e porque ele foi chamado para integrar a banda?

Marco Ferreira:
O Goodbye Thrill não é banda de estúdio, a gente faz shows, e nos shows a gente toca AO VIVO!!! Sem playbacks como a maioria das bandas que eu tenho visto nos festivais que tocamos. A banda precisava de mais guitarra e mais presenca de palco. O Dario é um louco no palco (quem já viu sabe). Meu irmão não fica atrás; eu fico meio ocupado no microfone e o Chuck completa o pacote. Presença de palco de mestre. Ele toca muita guitarra também. E no próximo CD pode contar que vai ter bastante Chuck nos tracks.


17. E agora temos "You Better Run!!!", álbum gravado sob o nome Ferreira, e esse álbum foi lançado no dia 23 de Julho, pela gravadora britânica Escape Music. Como foi o contato com os ingleses até a assinatura do contrato?

Marco Ferreira:
Este seria o segundo lancado com o nome Ferreira. Eu queria que soasse mais como nome de banda do que como projeto solo. Neste cd eu tive colaborações nas composições, o que eu gostei muito. Quatro músicas foram escritas com meu amigo e guitarrista da banda, Patrick Sebastian, que mora na Finlândia. Trocamos muitas figurinhas na net. Ele mandava riffs, eu botava melodia e letra. As 4 músicas que entraram, eu gosto muito!!! Outra música eu escrevi em 2001 quando o Gus Monsanto veio me visitar quando eu morava em Denver. Nessa ele faz os lead vocals. Adoro essa música. Na noite q eu terminei a mixagem do cd, eu já coloquei um digital promo com os mp3, a capa e foto da banda em zip file. Eu ia mandar fazer 100 cópias para mandar para as gravadoras. Só de sacanagem eu resolvi mandar via YouSendIt o zip file para a Frontiers, Escape, Rock Candy, Lion Music e para o Andrew McNeice da MelodicRock, que estava abrindo o selo MR Records. No dia seguinte ja tive resposta da Escape. E na mesma semana das outras. A Frontiers não quis pegar, e a Rock Candy nunca respondeu. Mas Lion Music e MR Records mostraram interesse no cd, o que para mim é um grande elogio. Trabalhei com a Lion Music quando estava no Venturia. Eles são sérios e o Andrew é um grande nome no Hard Rock atual. O cd ficou pronto em meados de Junho e a Escape já queria lançar no final de Julho. Quase ao mesmo tempo do "Outrageous".


18. A Kivel Records – gravadora responsável pelos álbuns do Goodbye Thrill – não teve interesse em lançar esse material ou ele foi oferecido diretamente à outras gravadoras?

Marco Ferreira:
Eu prefiro separar os dois projetos, até porque o Ferrerira é um pouco mais pesado e tem muita influência do hard rock europeu. Uma das razões pelas quais eu procurei lançar o cd por uma gravadora européia.


19. Nesse novo álbum você foi acompanhado mais uma vez seu irmão, Alex Ferreira, na bateria, e completam o lineup o baixista Gus Monsanto e o guitarrista Patrick Sebastian. O que os fãs podem esperar desse novo trabalho?

Marco Ferreira:
O cd novo está, em matéria de composição, um pouco mais pesado do que Goodbye Thrill. Mas sem perder as melodias backing vocals. O estilo de guitarra do Patrick vai para o lado mais metal (não poderia esperar nada menos que heavy, o cara é da Finlândia – terra do metal!!!!) Gus é talentoso em tudo que faz, grande vocalista, guitarrista e baixista. Inclusive fez o show acústico com Goodbye Thrill no MRFest 2 subtituindo Dario que estava ocupado no dia do show tocando com o Stephen Pearce do Ratt. O Gus mora metade do ano na Europa. Eu achei que seria perfeito ter ele no lineup tendo a gravadora na Europa e o Patrick e o Gus lá também. Ficaria mais fácil fazer shows por lá. Sem contar que fora meu irmao que já é família, Gus e Pat são irmãos de rock and roll também.


20. Nos últimos anos o Brasil tem recebido vários shows de grandes nomes do cenário AOR/Melodic Rock. Quando teremos o Goodbye Thrill ou o projeto Ferreira tocando por aqui?

Marco Ferreira:
Eu adoraria ir para o Brasil fazer alguns shows, rever os amigos, tomar um chopp : ) Um pastel de queijo... Estou só esperando o convite : ))))


21. E quais os planos agora, Marco? Com tanta coisa acontecendo ocupação não vai faltar...hehehe

Marco Ferreira:
Estou ja com 20 músicas escritas e mais umas 5 em que estou trabalhando com o Patrick. Em Agosto já começo a pré-produção de mais dois cds. Provavelmente um Goodbye Thrill e um Ferreira. E deverá estar tudo pronto para o começo do ano que vem. Fora isso, vai depender de como o "Outrageous" e o "Better Run!!!" venderem. A Escape vai dar uma ajuda para acharmos algum promoters bons para organizar os shows.

Marco, foi um prazer falar contigo. Como já disse em outras ocasiões, é sempre bom saber que o Brasil não será mais conhecido apenas por samba e bossa-nova, mas sim, reconhecido como um centro dos bons sons. Desejo toda a sorte no novo projeto e também com o Goodbye Thrill. As portas da AORWatchTower estão sempre abertas para você. Rock on...

Marco Ferreira: Para AORWatchTower e aos fãs aí neste Brasil brasileiro, muito obrigado pelo suporte. Espero que vocês curtam o novo cd do Goodbye Thrill e o novo Ferreira. Aguardo com muita ansiedade a chance de poder fazer alguns shows no Brasil e é tomar algumas cervejas.

Cheers

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AVISO

Devido as chuvas aqui o sul da Terra Brazilis , não teremos a Recomendação Da Semana hoje. Retornaremos em breve...