sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ENTREVISTA COM TIM FEEHAN

Um dos maiores nomes do universo dos bons sons, o canadense Tim Feehan não tem muitos álbuns gravados, é verdade. Mas o pouco que registrou teve impacto violento dentro do cenário AOR/Westcoast, estilos por onde transita com autoridade e desenvoltura únicas, criando belas canções em ambos os estilos.

Ele gentilmente falou comigo diretamente de Los Angeles, e tratamos de tudo um pouco. Revelações e surpresas certamente fazem parte do pacote e espero que os muitos fãs de Mr. Feehan gostem do papo que transcrevo abaixo, na íntegra e com exclusividade para a AORWatchTower.

01. Você começou sua carreira com a banda Footloose no final dos anos 70, e teve um grande sucesso com o single “Leaving For Maui”, e seguiram-se dois álbuns solo - “Sneak Preview” e “Carmalita” – em 1981 e 1983, respectivamente. Creio que seus dois primeiros álbuns são uma extensão do trabalho que você fazia com o Footloose naquela época. Você concorda?

Tim Feehan: É verdade. Eu estava compondo e cantando de maneira muito similar àquela que fazia na época do Footloose. Acontecia tudo no mesmo estúdio (em Edmonton, Canadá) e com alguns dos mesmos músicos, então é natural que os dois álbuns tenham semelhanças com o trabalho da banda. Eu acho que “Sneak Preview” tem uma aura mais rocker do que “Carmalita”, que é mais melódico e com mais baladas. Sempre fui fã de boas melodias e no início da carreira creio que sacrifiquei muitas letras em favor das melodias. Aprendi com o tempo que as letras são tão importantes quanto a melodia, mas é difícil para um novato cabeça-dura entender isso. Precisei de alguns anos para descobrir porque “Leaving For Maui” era tão especial, provavelmente foi a primeira canção que gravei na minha vida. Não era apenas a melodia, mas acredito que criamos uma ótima história também. Mas não percebia isso na época, então os dois álbuns passaram batido, sem nenhum single de impacto.

02. Em ambos os álbuns você teve Vicki Moss como convidada. Como isso aconteceu? Quero dizer, como ela acabou gravando com você? Foi uma escolha pessoal ou a gravadora teve influência sobre isso?

Tim Feehan: Vikki e eu éramos amigos e ela era bem conhecida em Edmonton naquela época (era a namorada de Wayne Gretzky, um dos melhores jogadores de hockey no gelo da história). Toda a família Moss era bastante musical. Lembro de encontrá-la no Havaí e perguntado se ela gravaria uma canção comigo, que havia acabado de compor, chamada “Never Say Die”, e ela aceitou. O single foi muito bem nos Adult Contemporary Charts no Canadá (posição #1). Bebemos muito vinho alemão nas sessões de gravação... Goldtrophen, eu acho (risos).

03. Em 1983 você venceu o Alberta Recording Association For Songwriting Competiton. Quem eram seus adversários? Alguma lembrança do evento?

Tim Feehan: A maioria das pessoas competindo comigo eu conhecia ou já tinha ouvido falar... a comunidade musical em Alberta é muito pequena. Era tremendamente excitante ter David Foster patrocinando o evento, a cidade toda estava agitada. Ele era um grande fã de hockeye não fez mal ter os Edmonton Oilers – o time local – nos playoffs da Stanley Cup na época…

04. O prêmio foi uma sessão de gravação com David Foster, e a canção que você gravou foi “Read Between The Lines”, a qual contava com Steve Lukather nas guitarras e Fee Waybill nos backing vocals. Naquele momento você acreditou que havia chegado ao topo, por assim dizer?

Tim Feehan: Hollywood veio até Edmonton, mesmo que só por um final de semana, e aquilo teve um grande impacto em mim. Eu era um grande fã dos Tubes, e do Toto também. Só ter a chance de falar com aqueles caras era surreal, mas me senti a vontade durante as sessões de gravação. No final de tudo acabamos amigos. Foi deprimente quando todos embarcaram em um avião e partiram. Aquela foi a primeira vez em que cogitei uma mudança para Los Angeles, mesmo que fosse para morar em um depósito (risos).

05. Foi essa a canção que lhe conseguiu o contrato com a Scotti Bros.?

Tim Feehan: Na verdade, foi “Where’s The Fire” que fechou o acordo. Mas poder mencionar o nome de David Foster para todos os responsáveis pelas contratações certamente não fez mal (risos). Me abriu algumas portas. A canção em questão faz parte da trilha sonora de “The Wraith”, o primeiro filme de Charlie Sheen. É um classic cult hoje. O video no Youtube teve mais de 100.000 acessos só no ano passado. É muito mais popular hoje do que nos anos 8, quando foi lançado. Vá entender… (risos).

07. E como a canção foi parar na trilha sonora do filme?

Tim Feehan: Foi uma questão de estar na hora certa e no lugar certo. Meu empresário e eu nos encontramos com o pessoal da Scotti Bros Records em Santa Monica e mostramos o álbum à eles. O que não sabíamos é que eles precisavam desesperadamente de uma canção mais uptempo para o filme do qual estavam encarregados da trilha sonora. Voilá!

08. David Foster produziu, então, seu primeiro álbum, que fez muito sucesso em 1987, e venceu cinco prêmios A.R.I.A. (Alberta Recording Industry Association). Foi muita coisa acontecendo quase ao mesmo tempo, não?

Tim Feehan: David Foster contribuiu na produção, mas a maioria do material fui eu mesmo quem produziu. Era uma época difícil. Havia muita expectative em relação ao garoto local e todos aqueles prêmios refletiam bem o tipo de ano que eu estava tendo. A maioria do material foi gravada no legendário Hollywood Sound Recorders, onde o Earth Wind And Fire gravou todos os seus sucessos. Diana Ross e Michael Jackson também gravaram lá. Minha primeira experiência em um estúdio fora de Edmonton foi inesquecível Ainda, naquela época não havia Hollywood e era perigoso sair do estúdio a noite...foi um grande choque cultural!

09. Como foi trabalhar com uma lenda como David Foster?

Tim Feehan: Foster faz tudo ficar muito fácil. Ele tira a melhor performance de você sem que você perceba isso. Ele me fez melhorar muito e eu sempre tentei manter isso assim. Eu adorava as histórias que ele tinha sobre Kenny Loggins, Michael Jackson, e até sobre o príncipe Charles. E as piadas, piadas sobre a indústria. Hilário, irreverente. Mas, em retrospecto, muito verdadeiro. Acredito que o fato de ambos sermos canadenses criou um laço entre nós, uma dessas coisas que não conseguimos explicar. Os canadenses tem uma dedicação verdadeira em ajudar um ao outro.

10. Em 1989 você gravou “Dirty Love”, que foi incluída na trilha sonora do filme “007-License To Kill”. Como você foi convidado para gravar aquela canção?

Tim Feehan: Eu tinha acabo de assinar contrato com a MCA e a trilha sonora era um projeto deles. Eu pude negociar e não apenas cantar a canção, mas também produzi-la. Contratei gente como Tommy Funderburk e fui para o estúdio e conseguimos gravar logo de cara. Me senti no topo do mundo. Eu, produzindo uma canção para um filme de James Bond. Que viagem!

11. Essa troca de gravadoras o levou para Los Angeles. Lá você gravou “Full Contact”, tido por muitos como seu melhor trabalho. Você concorda com essa colocação?


Tim Feehan: “Full Contact” levou anos para ser terminado. David Cole estava produzindo e ele estava envolvido com outros projetos ao mesmo tempo e várias vezes eu tive que esperar durante meses para gravar uma ou outra canção. Acho que o que causou a mudança em meu estilo foi o encontro e posterior trabalho com Brian “Too Loud” MacLeod em Vancouver. Ele acabou gravando algumas canções e as produzimos em seu barco, na costa da ilha de Vancouver. Um fato interessante é que compúnhamos e gravávamos em um Fostex de 16 canais com um microfone barato e equipamento de baixa qualidade. Mas eu não conseguia duplicar, em estúdio, as performances vocais gravadas no barco. Havia alguma coisa mágica em estramos no meio do oceano, cantando na escuridão, no meio da noite, flutuando naquele barco. Então transferimos muitos daqueles vocais para as fitas master...eu não conseguia superá-las. Não sei se é meu melhor álbum, mas eu estava crescendo muscialmente e me beneficiei de todas as colaborações que tive, já que antes eu fazia quase tudo sozinho.

12. E eu acho que aquele álbum tem mais pegada do que qualquer outro trabalho seu...

Tim Feehan: Acho que as guitarras de Brian MacLeod, Bruce Gaitsch e Steve Lukather ajudaram a criar essa pegada. Mas principalmente, isso se deve a influência de MacLeod. A bateria pesada, espaçosa... levei minha voz ao limite em algumas canções... rolou até uma rouquidão (risos).

13. O álbum contou com com grandes nomes como Steve Lukather, Bruce Gaitsch, Richard Marx, Randy Jackson, Michael Landau, Mike Baird e muitos outros. Eles foram todods escolhidos pela gravadora ou você pode opiniar e escolher?


Tim Feehan: O produtor David Cole era amigo de muitos dos músicos e incialmente os contratou, mas eu já havia trabalhado com alguns deles antes. Eu conhecia Lukather da época em Edmonton, então liguei diretamente para ele e pedi para que tocasse em “Look Before You Leap”. Grande solo, Luke!

14. Apesar de ser um album bastante coeso, confesso que “Somebody Else’s Moment”, “Heart In Pieces” e “Look Before You Leap” são as canções que se destacam do conjunto, pessoalmente falando…

Tim Feehan: São canções mais melódicas e sim, elas sobreviveram ao teste do tempo. Eu também gusto muito de “Can’t Let Go”, que se originou de um riff muito bacana de Bruce Gaitsch; então fui para casa e escrevi a letra em seguid. Acho que se percebe facilmente a diferença entre o material gravado em Los Angeles – com David Cole - e aquele gravado no barco em Vancouver, com MacLeod. Cole gosta mais do material hardcore/guitar oriented, e MacLeod gosta da sonoridade mais suave.

15. E falando em “Heart In Pieces”, ela foi gravada dois anos antes pelo Chicago. A canção foi composta especialmente para eles?

Tim Feehan: Essa foi uma das canções que gravei com Brian em seu barco. Ela sempre foi considerada para meu album, mas uma editora da Geffen (Lisa Wells, casada com Kevin Cronin, vocalista do REO Speedwagon) ouviu a canção e a enviou para Chas Sandford, que estava produzindo o álbum do Chicago e procurando uma canção mais animada. Eles começaram a gravá-la antes mesmo que Brian e eu soubéssemos. Lembro que liguei para Brian assim que soube e disse: “Você não vai acreditar nisso...”. Depois abrimos uma champagne para comemorar. Vendeu mais de um milhão de cópias...

16. Você gostou do que eles fizeram com a canção? Gostou da versão deles?

Tim Feehan: A princípio eu não estava muito animado, mas fui convidado par air até o estúdio quando eles estavam terminando as gravações. Meu grande amigo Jason Scheff estava prestes a começar a gravar os vocais e Chas quis mudar a letra na última hora. Eu concordei, mas eles acabaram usando a letra original, o que foilívio para mim. Gosto muito da sonoridade profissional daquela gravação mas sinto falta da pegada que a demo tinha. Chamamos isso de “demotite”, doença que aflige todos compositores. Jason gravou excelentes vocais e passei a noite com a banda para gravarmos os backing vocals. Aprendi a gostar daquela versão.

17. Depois daquele álbum você entrou em um hiato que durou seis anos. O que você naquele período?

Tim Feehan: Meu empresário e eu construímos um estúdio em Glendale, na Califórina, e eu fui me envolvendo cada vez mais na administração do estúdio, e também como descobridor de talentos, e tudo o que você imaginar que envolva ter seu próprio negócio. E isso interrompeu meu fluxo criativo por um tempo, mas não o cortou definitivamente.

18. Em 1996 “Pray For Rain” foi lançado. Foi um período considerável para voltar a cena, não?

Tim Feehan: Como eu havia dito, foram as razões que mencionei há pouco que me mantiveram afastado. Mas também passei a me interessar mais e mais por produção do que estar atrás do microfone. Me sentia mais confortável estando do outro lado do espelho, como se diz.

19. Uma vez mais, haviam grandes nomes colaborando com você : Gene Black, Jeff Paris, Michael Thompson e Chrissy Steele foram alguns. Como vocês todos acabaram trabalhando juntos?

Tim Feehan: “Pray For Rain” foi uma mistura de canções gravadas naquele periodo de seis anos que mencionei. A partir do momento que era dono de meu próprio estúdiom eu podia ‘emprestar’ takes de amigos que visitavam o lugar. Caras como Michael Thompson e Jeff Paris. Nós também passamos a compor juntos.

20. Chrissy Steele participou em “Mother Superior”, uma das melhores canções do album em minha opinião. Como ela foi escolhida?

Tim Feehan: Brian MacLeod e eu havíamos trabalhado com Chrissy Steele por um tempo em Vancouver enquanto ela gravava um álbum para a Chrysalis Records. Mais uma vez, tudo feito no barco. Quando Brian faleceu – vitimado por um cancer – eu pedi a ela que trabalhasse comigo novamente e ela aceitou, gravando quarto canções e participando do meu próprio album. Todos nós sentimos muita falta de Brian, sua energia era óbvia e seu entusiasmo tinha muita influência sobre nós.

21. Depois disso você smumiu novamente, até que em 2003 “Tracks I Forgot About” foi lançado. Aquelas canções estavam mesmo esquecidas? E quem as encontrou?

Tim Feehan: Eu estava em Midem em 2003 e encontrei Magnus Soderkvist, que sugeriu um encontro com o pessoal da gravadora MTM na Alemanha. Eu não tinha nenhum material novo, apenas uma coleção de canções que eu havia gravado ao longo de dez anos e que permaneciam inéditas, e os executivos da MTM gostaram da idéia de lançá-las. Sinceramente falando, muitas delas eram meras demos que estavam guardadas. Então, elas estavam realmente esquecidas.


22. Quem escolheu as canções que entrariam no álbum?

Tim Feehan: Fui eu mesmo, e apenas reuni algumas das que tinha disponíveis.

23. Como o texto deixa claro, as canções que compõe o album abrangem períodos diferentes de sua carreira. Você lembra quais canções fariam parte de quais álbuns?

Tim Feehan: A maioria das canções foram feitas com o guitarrista Gene Black. Eu acho que elas estavam sendo gravadas para o album “Full Contact”. Naquela época nós escrevíamos canções apenas pelo prazer de compor, e algumas acabavam no album, enquanto outras não. Aquelas que ficavam de fora podiam ganhar uma sobrevida anos mais tarde.

24. Como sempre, o album trazia convidados de peso: Jason Scheff, Bruce Gaitsch e Mike Reno. E confesso que as canções com Scheff (“Don’t Need An Invitation”) e Reno (“Call Of The Wild”) são minhas preferidas. Alguma lembrança das gravações dessas canções?

Tim Feehan: Claro. Por exemplo, “Don’t Need An Invitation” foi escrita junto com Jason Scheff e proposta para o album “Chicago XX”. Na verdade, a banda chegou a gravá-la mas abandonaram a idéia antes de terminá-la. Quanto a “Call Of The Wild”, com Mike Reno como convidado, ela foi escrita para uns amigos meus de Alberta que estavam fazendo um filme sobre ski e precisavam de uma canção. Nós a gravamos em Vancouver no Blue Wave Studios, mais uma vez com Brian MacLeod. Eu disse: “vamos trazer Reno aqui” e telefonamos para ele e quando percebemos já estávamos gravado. A canção é ótima mas não havia onde lançá-la quando ficou pronto.

25. Você tem mais material inédito que não foi incluído no album, mas existe uma canção que eu apostaria que faria parte dele: “Why Did You Ever Let Me Go?”, e tenho amigos que partilham da mesma opinião. Por que essa balada foi deixada de fora?

Tim Feehan: Essa canção foi escrita por meus amigos (e colaboradores frequentes) Tony Smith e Darren Scheff (irmão mais novo de Jason). Fui contratado para gravá-la e havia esquecido dela completamente até que ela ressurgiu no Youtube há anos atrás.

26. Todos seus álbuns tem AOR poderosos e canções westcoast, bem mais suaves, mas “Tracks I Forgot About” é o mais AOR oriented de todo so seus álbuns. Foi intencional o fato de lançar um álbum mais voltado para um só estilo?

Tim Feehan: Nada é planejado em minha vida. Cagadas acontecem, como dizem por aí. Naquela época o Def Leppard estava em alta e fui influenciado por aquela sonoridade. Usando um velho MPC 60 para programar a bateria e com Gene Black e sua montanha de amplificadores Marshall, o resultado foi aquele! Várias camadas de vocais e riffs pegajosos!

27. Desde então você tem escrito material para muita gente. Você pode nos dizer alguns dos nomes com que você tem trabalhado?

Tim Feehan: No momento estou terminando a produção de uma jovem artista em Los Angeles, e ela tem raízes hispânicas e chama-se Agina. Gravamos o álbum todo em inglês e depois, a pedido da gravadora (Ruthless Records), gravamos o mesmo material, mas em espanhol. Fique de olho nessa menina, porque ela é demais! Eu também compus e produzi um single para Thomas Hamilton chamado “Alive”. A canção tem boa exibição na MTV. E produzi outro álbum recentemente para uma jovem chamada Anna Sali.

28. E o que você tem ouvido ultimamente?

Tim Feehan: Por ter dois filhos jovens em casa, estou constantemente ouvindo as Top 40 Radio (seja lá o que isso for), então estou familiarizado com todo tipo de música. É curioso porque eles estão descobrindo canções como “Don’t Stop Believing” do Journey, e acham que é nova! Mas geralmente ouço de tudo um pouco. Essa é uma das vantagens de envelhecer, eu tenho apreço pela música agora.

29. Sendo um compositor respeitado e bem sucedido, como você vê a qualidade do que toca no rádio hoje em dia?

Tim Feehan: Bem, o material das radios comerciais é muito parecido Todas as letras parecem ter as frases ‘throw your hands up’ ou ‘in the club’. Não há mais variedade, e é por isso que as rádios não são mais lugares onde se encontra diversidade e qualidade. As pessoas buscam músicas em lugares diferentes hoje em dia.

30. E falando em outros lugares, a internet tornou-se, sem dúvida, a ferramenta mais ponderosa para um artista/banda tornar-se conhecido hoje em dia. Por outro lado, a questão da pirataraia parece não ter mais solução. A indústria luta contra isso da maneira que pode, mas há bandas/artistas que não tem problema com isso.Qual a sua opinião sobre o assunto, Tim?

Tim Feehan: Algumas bandas se beneficiam disso, outras não. Normalmente, nos referimos a grandes bandas. Pessoalmente, nunca perdi um centavo por causa da internet e provavelmente nunca perderei. Então, isso me afeta financeiramente? Não! Mas isto posto, há um sentiment, hoje em dia, de que a música é gratuita e isso não é verdade. Mas como colocar o gênio de volta na garrafa? Como terminar com a troca de arquivos na internet? Eu acredito que as gravadoras cometeram um erro quando decidiram processar alguns garotos há anos atrás ao invés de abraçar a tecnologia. Toda propriedade intelectual está ameaçada pela internet e por isso acho que um novo modelo precisa ser construído.

31. Você acha que há alguma coisa que ainda possa ser feita para frear a pirataria hoje em dia?

Tim Feehan: Precisamos educar nossos filhos para que saibam que música não é de graça. Múscia não tem mais uma configuração física, mas sim um sistema de números binários, e fácil de roubar. Hoje, se roubam livros e filmes da mesma maneira, por isso a educação é vital.

32. Apesar da pirataria, a última década resgatou o AOR/Melodic Rock com um grande número de novos artistas e bandas lançando álbuns excelentes. Você ouviu alguma coisa nesse estilo, recentemente?

Tim Feehan: Bem, como eu disse antes, tenho ouvido apenas o que meus filhos ouvem. A maior parte do tempo, no carro, então não tenho tido muito tempo para explorar.

33. Há também um grande número de bandas e artistas retomando suas carreiras depois de alguns anos afastados. Com isso em mente, há alguma chance de termos um novo album de Tim Feehan em um futuro próximo?

Tim Feehan:
Estou sempre gravando material novo. Quem sabe eu acabe lançando alguma coisa em breve. Só preciso pensar em como vender o material depois de gravado. Gostaria de, ao menos, reaver o investimento. Então, se eu gravar outro álbum, você o promove para mim, ok?



Negócio fechado, parceiro!

Um comentário:

Anônimo disse...

One of the interesting aspects of this interview is how he talks about the album “Full Contact” which is wonderfully produced by the talented and awesome dance/freestyle producer David Cole (a diehard fan of).

Not only is Tim handsome, but every song on the album stands on its own merits, guitar driven, beefed up sound, soaring keyboards, and his magical passionate vocals that gives me the goosebumps all over.

A great interview and I hope he does return with new material in the same format as his other works.

Excellent work Juliano

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