Me faltam adjetivos para classificar “Walk In The Fire”, o terceiro trabalho dos escoceses do Strangeways. Este foi o segundo álbum gravado com o norte-americano Terry Brock nos vocais (substituindo Tony Liddell), um integrante que mudou absolutamente a imagem da banda. Extremamente coeso em termos melódicos, e com a exímia produção de Mike Shipley, o conjunto de canções registrados nesse trabalho é muito superior a qualquer outro álbum da banda, e mesmo, de muitos daqueles lançados também no distante ano de 1989, e ainda, melhor que muita coisa que surgiu nos anos seguintes.
Logo na introdução de “Where Are They Now?” fica claro que o nível do álbum é altíssimo. Um rocker muito bem construído, com várias camadas de guitarra e teclados, tudo envolto nos poderosos vocais de Mr. Brock. Ainda, a melodia crescente só enriquece o conjunto que explode em um refrão mais que marcante, característica recorrente ao longo de todo o álbum. E isso se comprova facilmente em “Danger In Your Eyes”, outro rocker matador que segue a mesma fórmula da canção anterior, mas sem deixar aquela impressão de estar ouvindo “mais do mesmo”. Mais uma vez, a melodia é de uma riqueza toda particular e o refrão acompanhado de viscerais backing vocals – sempre ele – faz valer a canção toda. Em seguida temos “Love Lies Dying”, um mid-pacer que deveria servir de manual sobre como construir esse tipo de canção. Desde a delicada introdução alçada em teclado e voz, com cortes ocasionais de guitarras, antes que a melodia receba bateria e baixo, tudo emergindo em um refrão arrepiante, sempre acompanhado. Considero este um dos melhores mid-pacers de toda a minha coleção. Uma paulada atordoante, no melhor dos sentidos.
E antes que você possa recobrar os sentidos, a excelente “Every Time You Cry” surge para pacificar a qualidade dos mid-pacers que a banda era capaz de fazer. Com andamento levemente diverso da canção anterior – mas dentro da mesma categoria – fica claro aqui que o Strangeways sabia – e muito – variar dentro do mesmo estilo, mantendo a qualidade. Teclados aos montes, acompanhados de guitarras sempre precisas e os monstruosos vocais de Terry Brock se encaixam de maneira absolutamente perfeita. E quando você acha que não tem mais como ser surpreendido chega “Talk To Me”, mid-pacer bastante envolvente (cortesia da base de teclado) e que contém linhas de guitarra muito suaves, assim como os backing vocals. Até agora, considero todas as canções já mencionadas como destaques do álbum. Retomando o caminho mais rocker, “Living In The Danger Zone” recoloca as guitarras à frente, mas sem relegar os teclados, sempre presentes. Gosto bastante do andamento dessa canção e a considero uma das melhores do álbum, apesar de ela não ter o mesmo brilho das anteriores.
Já “Modern World” tem introdução mais tranqüila e melodia constantemente crescente, que conduz a canção à um refrão explosivo – como de costume nesse trabalho – mas, assim como a canção anterior, me parece faltar brilho à esta aqui. Entretanto, “Into The Night” resgata os melhores momentos do álbum com sua melodia construída sobre uma base de teclados e baixo amarrados por guitarras e backing vocals extremamente precisos. Uma belíssima canção, assim como a empolgante “Walk In The Fire”, mid-pacer arrepiante e que tem uma das melodias mais bacanas do álbum, especialmente o refrão. E fechamos o álbum com a destruidora “After The Hurt Is Gone”, balada destruidora e que traz mais uma das melhores melodias deste álbum. A introdução é riquíssima, carregada de detalhes que evoluem constantemente até que todos os instrumentos se apresentam e, juntos, explodem em uma belíssima canção. E quando termina, você retorna à primeira canção para repetir a viagem...
O que dizer sobre este álbum? Poderia resumir tudo o que penso dele afirmando se tratar de um dos maiores clássicos do AOR de todos os tempos. Ainda hoje, este “Walk In The Fire” me serve de parâmetro para comparar outros álbuns, muitos deles lançados anos depois. Pessoalmente, considero este o ápice do Strangeways, ao contrário de muitos que consideram o álbum anterior seu melhor trabalho. Aqui, Terry Brock sepultou quaisquer dúvidas que alguém pudesse ter sobre seu talento e capacidade vocal, além de mostrar uma banda absolutamente técnica e extremamente talentosa. Se é possível que você ainda não tenha este álbum em sua coleção, não faz idéia do prejuízo em que se encontra. Ele é facilmente encontrado, já que em 2006 a Majestic Records relançou-o com duas bonus tracks – totalmente dispensáveis, na minha opinião. Seja como for, “Walk In The Fire” é mais que recomendado, é obrigatório na coleção de qualquer um que se diga amante dos bons sons. Quem tem esse álbum sabe do que estou falando.
STRANGEWAYS – Walk In The Fire
Released in 1989 on RCA Records
Cat. # RCA 259 777
Tracklist
01 Where Are They Now?
02 Danger In Your Eyes
03 Love Lies Dying
04 Every Time You Cry
05 Talk To Me
06 Living In The Danger Zone
07 Modern World
08 Into The Night
09 Walk In The Fire
10 After The Hurt Is Gone
Lineup
Terry Brock - vocals
Jim Drummond - drums
David Stewart - bass
Ian J. Stewart guitars
David Munch Moore - keyboards
Logo na introdução de “Where Are They Now?” fica claro que o nível do álbum é altíssimo. Um rocker muito bem construído, com várias camadas de guitarra e teclados, tudo envolto nos poderosos vocais de Mr. Brock. Ainda, a melodia crescente só enriquece o conjunto que explode em um refrão mais que marcante, característica recorrente ao longo de todo o álbum. E isso se comprova facilmente em “Danger In Your Eyes”, outro rocker matador que segue a mesma fórmula da canção anterior, mas sem deixar aquela impressão de estar ouvindo “mais do mesmo”. Mais uma vez, a melodia é de uma riqueza toda particular e o refrão acompanhado de viscerais backing vocals – sempre ele – faz valer a canção toda. Em seguida temos “Love Lies Dying”, um mid-pacer que deveria servir de manual sobre como construir esse tipo de canção. Desde a delicada introdução alçada em teclado e voz, com cortes ocasionais de guitarras, antes que a melodia receba bateria e baixo, tudo emergindo em um refrão arrepiante, sempre acompanhado. Considero este um dos melhores mid-pacers de toda a minha coleção. Uma paulada atordoante, no melhor dos sentidos.
E antes que você possa recobrar os sentidos, a excelente “Every Time You Cry” surge para pacificar a qualidade dos mid-pacers que a banda era capaz de fazer. Com andamento levemente diverso da canção anterior – mas dentro da mesma categoria – fica claro aqui que o Strangeways sabia – e muito – variar dentro do mesmo estilo, mantendo a qualidade. Teclados aos montes, acompanhados de guitarras sempre precisas e os monstruosos vocais de Terry Brock se encaixam de maneira absolutamente perfeita. E quando você acha que não tem mais como ser surpreendido chega “Talk To Me”, mid-pacer bastante envolvente (cortesia da base de teclado) e que contém linhas de guitarra muito suaves, assim como os backing vocals. Até agora, considero todas as canções já mencionadas como destaques do álbum. Retomando o caminho mais rocker, “Living In The Danger Zone” recoloca as guitarras à frente, mas sem relegar os teclados, sempre presentes. Gosto bastante do andamento dessa canção e a considero uma das melhores do álbum, apesar de ela não ter o mesmo brilho das anteriores.
Já “Modern World” tem introdução mais tranqüila e melodia constantemente crescente, que conduz a canção à um refrão explosivo – como de costume nesse trabalho – mas, assim como a canção anterior, me parece faltar brilho à esta aqui. Entretanto, “Into The Night” resgata os melhores momentos do álbum com sua melodia construída sobre uma base de teclados e baixo amarrados por guitarras e backing vocals extremamente precisos. Uma belíssima canção, assim como a empolgante “Walk In The Fire”, mid-pacer arrepiante e que tem uma das melodias mais bacanas do álbum, especialmente o refrão. E fechamos o álbum com a destruidora “After The Hurt Is Gone”, balada destruidora e que traz mais uma das melhores melodias deste álbum. A introdução é riquíssima, carregada de detalhes que evoluem constantemente até que todos os instrumentos se apresentam e, juntos, explodem em uma belíssima canção. E quando termina, você retorna à primeira canção para repetir a viagem...
O que dizer sobre este álbum? Poderia resumir tudo o que penso dele afirmando se tratar de um dos maiores clássicos do AOR de todos os tempos. Ainda hoje, este “Walk In The Fire” me serve de parâmetro para comparar outros álbuns, muitos deles lançados anos depois. Pessoalmente, considero este o ápice do Strangeways, ao contrário de muitos que consideram o álbum anterior seu melhor trabalho. Aqui, Terry Brock sepultou quaisquer dúvidas que alguém pudesse ter sobre seu talento e capacidade vocal, além de mostrar uma banda absolutamente técnica e extremamente talentosa. Se é possível que você ainda não tenha este álbum em sua coleção, não faz idéia do prejuízo em que se encontra. Ele é facilmente encontrado, já que em 2006 a Majestic Records relançou-o com duas bonus tracks – totalmente dispensáveis, na minha opinião. Seja como for, “Walk In The Fire” é mais que recomendado, é obrigatório na coleção de qualquer um que se diga amante dos bons sons. Quem tem esse álbum sabe do que estou falando.
STRANGEWAYS – Walk In The Fire
Released in 1989 on RCA Records
Cat. # RCA 259 777
Tracklist
01 Where Are They Now?
02 Danger In Your Eyes
03 Love Lies Dying
04 Every Time You Cry
05 Talk To Me
06 Living In The Danger Zone
07 Modern World
08 Into The Night
09 Walk In The Fire
10 After The Hurt Is Gone
Lineup
Terry Brock - vocals
Jim Drummond - drums
David Stewart - bass
Ian J. Stewart guitars
David Munch Moore - keyboards
Um comentário:
A really perfect KILLER AOR release.
The songs, the amazing sound, the harmonies, the vibe, the feeling, the keyboards are just simply awesome. A MUST have in your collection!!!
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