sexta-feira, 5 de novembro de 2010

BRYAN ADAMS CRUZA A LINHA DOS 50

Hoje é dia de festa na casa do canadense Bryan Adams (foto), que comemora seus 51 anos de idade e outros tantos de bons serviços ao bom e velho rock'n roll. Sou fã do trabalho desse cidadão há 28 anos e quando ouço alguém falar que Mr. Adams só faz "baladinhas de novela" uma coisa fica bem clara: a pessoa em questão não conhece absolutamente nada da carreira de Mr. Adams.

Concordo que nem todo o álbum é excelente, que nem todas as canções são memoráveis, mas ignorar o corpo todo de trabalho deste cara é, no mínimo, burrice. Isso para não falar em seu intenso trabalho como ativista em defesa dos animais, fotógrafo renomado - tendo já contribuído para inúmeras publicações de peso, como Vogue, L'uomo Vogue, Harper's Bazaar, Esquire, Interview e i-D, além de ter fotografado várias celebridades, entre elas a Rainha Elizabeth II - e filantropo, entre outras atividades.

Mas este texto não é só confetes. É, antes de mais nada, um manifesto que levanat a seguinte questão: onde diabos está o bom e velho Bryan Adams, que lotava estádios e arenas mundo afora com seus shows carregados de energia e com seus álbuns empolgantes?!?!?

Há alguns anos Bryan Adams vem contribuindo com várias trilhas sonoras, e acho isso bacana. Mostra que o processo criativo continua a render boas canções, mas o que me incomoda tremendamente como fã do canadense é sua aparente inércia e/ou comodismo que é preocupante.

Seu mais recente álbum chama-se "Bare Bones" e registra a tour de mesmo nome. No formato extremamente acústico, Adams é acompanhado ocasionalmente pelo tecladista Gary Breit e só. Há bons momentos no álbum - que inclui algumas canções inéditas e outras que haviam sido interpretadas por outros artistas - mas o resultado geral não me empolga, na verdade. Por que?

Porque Bryan Adams é capaz de muito mais! Seu álbum "11", lançado em 2008, já não foi grande coisa, mas pelo menos tinha uma série de canções novas, além da banda toda. Se não foi um grande álbum, também não me parece um desastre completo. Antes disso, "Room Service" apontava para um retorno aos rockers que ele tão bem sabe fazer. Infelizmente não foi isso que aconteceu.

Venho assistindo, pasmo, um acomodamento sistemático de um dos artistas mais talentosos de sua geração. Em 2004, durante uma entrevista para a Much Music do Canadá, Adams disse que não conseguiria descansar sobre os louros de seu rico catálogo, porque era muito motivado. Alguém precisa desesperadamente lembrar-lhe disso.

Não sou o tipo de fã que se contenta com qualquer coisa que as bandas/artistas que eu curto lançam. E sei que muitos deles experimentam de vez em quando, mas vejo Bryan Adams cada vez mais distante daquele artista que despontou para o mundo no início da década de 80 e que se consolidou como um dos grandes nomes do cenário.

Que hoje, aos 51 anos de idade, o canadense Bryan Adams possa lembrar que alguns de seus fãs curtem seus shows intimistas, com violão e piano. Mas espero que ele se lembre de seus fãs da "velha guarda", aqueles que. assim como eu, viram-no em cima do palco com sua guitarra e que junto com sua banda emocionava a todos com grandes canções e performances empolgantes.

Happy B'day, Bryan!

We're still waiting for you to come back...

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