Todos já sabem da sagrada tradição sueca de produzir grandes bandas dentro do cenário AOR/Melodic Rock, e um dos maiores expoentes dentro do universo dos bons sons é, sem dúvida alguma, o Treat. Na estrada há mais de duas décadas, a banda lança álbuns consistentemente bons e sempre mantendo as características mais notáveis: guitarras e teclados aliados a vocais arrasadores. E tudo isso você encontra nas medidas exatas no poderoso "Coup De Grace", lançado em 2010 e considerado por grande parte de seus fãs - eu, inclusive - como um dos melhores álbuns da banda, se não o melhor deles até agora.
O interlúdio instrumental "Coup De Grace" prepara o terreno para "The War Is Over", rocker avassalador que traz as guitarras a frente, mas acompanhadas de perto pelos teclados e empurradas pela bateria. Uma verdadeira paulada que é seguida por "All In", outro rocker poderoso, porém, mais cadenciado e igualmante empolgante. Gosto muito da métrica e do refrão dessa canção, além da interpretação de Robert Ernlund me soar como uma das melhores do álbum. Outra pancada capaz de fazer voar a peruca da titia é "Papertiger", um torpedo sonoro com todos os igredientes do mais tradicional AOR Made In Sweden, onde os teclados sempre disputam espaço com as guitarras. Rocker empolgante e para ser ouvido no volume máximo! Na sequência surge "Roar", canção que vai lhe agradar muito se as anteriorse cumpriram seu papel. Guitarras e teclados aos montes, cercados por vocais empolgantes e bateria muito bem marcada.
Como os brutos também amam, depois de tanto rock é hora daquela tradicional balada e "A Life To Die For" assume a repoinsabilidade de emocionar os amantes dos bons sons, e acredito que ela consegue cumprir a missão sem muito esforço, apoiada em um belíssimo refrão e melodia muito bem construída. Pode não ser muito original, mas é um dos destaques do álbum, com toda certeza. Retomando o caminho rocker temos "Tangled Up", rocker curto e grosso feito coice de porco, com suas guitarras acompanhadas pela bateria incansável do excelente Jamie Borger e emoldurado por backing vocals precisos. Outra canção muito bacana é "Skies Of Mongolia", apesar de não ter o mesmo brilho de suas antecessoras. Ainda assim você encontra todas aquelas guitarras que prendem sua atenção desde o início, fato que também na excelente "Heaven Can Wait", canção que tem arranjo bastante simples e até previsível, mas que ganha muita força na execução e interpretação, especialmente no refrão que considero um dos melhores do álbum. Mais uma canção para ser ouvida ao volume máximo, e que danem-se os vizinhos!!!
Com um pouco mais de peso chega "I'm Not Running", rocker bacana mas que não fica entre as minhas favoritas, especialmente pelo arranjo mais moderninho. Com uma aura toda 80's de seus melhores momentos, a ótima "No Way Without You" restaura a empolgação do álbum com um arranjo frenético e melodia bastabte simples, mas acredito residir justamente aí o segredo dessa canção. E aqui chega "We Own The Night", um mid-pacer destruidor e envolvente, com melodia tradicional e backing vocals muito bem colocados, além de ter todas as bridges e refrão arrepiantes. Sem dúvida, um dos grandes - e melhores - momentos desse álbum, assim como a empolgante "All For Love", outro rocker poderoso e carregado de energia, além do refrão grudento e absolutamente marcante.
Na reta final temos "Breathless", um rocker bacana mas que não agrega muita coisa ao que já foi mostrado, ao contrário da arrasadora "Turn The Dial", a bonus track da edição japonesa. Uma dose cavalar de melodic rock da melhor qualidade, com guitarras certeiras em uma melodia empolgante que conta com um refrão arrepiante, além de trazer uma das melhores interpretaçãoes me Mr. Ernlund. Acho um pecado essa canção não ter integrado o tracklist original, já que a considero sem a menor sombra de dúvida um dos grandes destaques do álbum.
Em resumo, nibelungas e nibelungos, este álbum é mais que recomendado. Não apenas pela qualidade que transborda ao longo de seu tracklist, mas principalmente para mostrar que uma banda pode atualizar sua sonoridade sem abandonar sua caraterística e/ou sem soar completamente diferente. O que temos em "Coup De Grace" é uma coleção absurda do melhor AOR/Melodic Rock sueco, e me arrisco a dizer que este é um dos melhores álbuns da década e, por tudo isso, ele merece estar em sua coleção.
TREAT - Coup De Grace
Released on May 26th 2010, via King Records (Japanese Pressing)
Cat. #KICP-1466
Tracklist
01 Coup De Grace
02 The War Is Over
03 All In
04 Papertiger
05 Roar
06 A Life To Die For
07 Tangled Up
08 Skies Of Mongolia
09 Heaven Can Wait
10 I'm Not Running
11 No Way Withou You
12 We Own The Night
13 All For Love
14 Breathless
15 Turn The Dial
Lineup
Robert Ernlund - vocals
Jamie Borger - drums
Anders Wickstrom - guitars, backing vocals
Patrick Appelgren - keyboards, guitars, bcaking vocals
Nalle Pahlsson - bass
Guest Musicians
Mats Léven - backing vocals on "Tangled Up" and "All In"
Peter Mansson - additional percussion
Fredrik Thomander - additional percussion
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