Duff McKagan (foto) é um homem ocupado. Ele escreve três colunas, tem dois filhos e uma esposa. Sem contar que ele é um membro do Velvet Revolver com alguns ex-colegas de Guns N' Roses e o líder do Loaded. E ele acaba de escrever um livro.
O livro de McKagan, "It’s So Easy (And Other Lies)" está sendo lançado pela Simon & Schuster. Tivemos a chance de perguntar a ele sobre o livro e porque agora e a hora perfeita para lançá-lo.
Fale-me um pouco de seu livro, "It’s So Easy (And Other Lies)".
"Tenho escrito-o pelos últimos três anos – colunas semanais para o Seattle Weekly, Playboy e agora a ESPN. Posso expressar o que quero dizer melhor através da palavra escrita, mais do que falando. As pessoas me perguntam por que eu escrevi um livro agora. É porque eu estou escrevendo toda semana. Eu tenho dois prazos de fechamento e minha moral está alta. Me fizeram a oferta do livro basicamente por causa das minhas colunas pro Seattle Weekly. Elas estão em todo canto. É sobre ser pai, músico, coisas engraçadas – ter uma moto e dois filhos e uma esposa e ainda tentar ser um fudidão. Minha esposa sempre quer que eu pegue a porra do leite no mercado quando estou andando de moto".
Lá vai sua reputação de fudidão pro espaço!
"Já era! Já foi! É sempre leite. Eu subo uma montanha no inverno, a 28 graus Celsius negativos e mal sobreviver. Eu vou voltar pro carro e ela manda “Oh, você conseguiu? Que ótimo! Você quase morreu? Que ótimo! Hey, você pega leite no caminho de casa?” Mas o livro é cheio de histórias como essa. As pessoas me perguntam, 'Quanto de álcool você bebeu? Quanta droga você usou?' Eu conto pra pessoa, mas se você não tem experiência com aquilo, você não vai nem entender o que eu estou te contando. Eu poderia dizer a você que eu bebia 3 litros de vodka por dia, pelo menos três gramas e meia de cocaína, 20 comprimidos de Valium, e muita codeína. Uma pessoa normal não vai nem conseguir computar isso. Eu tentei escrever sobre como eu consegui ser um menino de 13 anos que curtia música e todo o percurso até chegar aos 28 e achar que eu ia morrer e esperando que eu vivesse pelo menos até completar 30 anos – mas tudo bem na minha mente se eu não chegasse lá. Era do ponto A pro ponto B. As pessoas curtem saber como eu fiquei sóbrio. Eu comecei a escrever sobre todas essas coisas. Eu comecei a escrever sobre todas essas coisas. Eu escrevi sobre a lenta decadência drogadição adentro e como foi aquilo. Eu escrevi sobre minhas bandas e me declarei responsável pelo que fiz. Eu acho que será uma leitura intrigante para alguém que não curta música ou drogas ou sobriedade. É apenas uma história humana com circunstâncias extraordinárias e um cara normal, ordinário. Começa com a festa de aniversário de 13 anos de minha filha. Começa nos dias atuais e retrocede. Eu o narro com voz presente".
Á medida que você olhava pra trás e de fato colocava palavras em cima de suas memórias, houve alguma parte que ficasse difícil de reviver ou de repensar em detalhes? Foi difícil ver certas partes de sua vida no papel, na sua frente?
"Wow. Com certeza. Eu achei que eu tinha lidado com tudo. Eu só tinha escrito essas colunas de mil palavras, sabe? A editora sênior da Simon & Schuster me disse pra ser cuidadoso com algumas das áreas nas quais eu estava entrando. Ela queria que eu escrevesse sobre elas, mas que fosse cuidadoso. O Que fosse! Eu estou no controle, falou? Mas ficou muito doido. Minha esposa me disse, 'Você está bem?' Eu estava escrevendo sozinho, sem ninguém ajudando. Eu estava escrevendo essa porra e não estava compartilhando isso com minha esposa. Foi como desintoxicar-me das drogas de novo. Eu achava que tinha tomado muito cuidado com esse lance mentalmente através da prática de artes marciais, a sobriedade e tornando-me responsável por minhas ações. Eu não o fiz tão cuidadosamente quanto eu achava que o tinha. Escrever o livro realmente abriu meus olhos pra algumas coisas. Estou contente por estar terminado".
Tenho certeza que com todas as lutas e demônios que você encarou, você também conseguiu celebrar muitas coisas em sua vida e na sua carreira.
"Com certeza. Tem tanta coisa boa. O bom se sobrepõe ao ruim numa proporção de um milhão pra um. O livro é na verdade uma celebração, mas de fato responde algumas daquelas perguntas que as pessoas fazem. Enquanto eu incluo muito sobre minha história, eu espero que eu o tenha feito com classe e um pouco de bom gosto. Eu li merda a meu respeito que outra pessoa escreveu e eu não dei permissão a eles para fazê-lo; era uma conversa particular. Eu mantenho minhas amizades em alto conceito, passadas e presentes. Eu espero o mesmo. Eu não alcagüeto ninguém – a menos que seja um corno duma gravadora que o mereça! Se você é fã do Guns N' Roses eu acho que você vai ficar ainda mais fã quando ler o livro".
Não sou fã do Guns N' Roses, nunca fui, mas esse livrfo estará em breve na minha coleção.
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