Robert Säll gentilmente atendeu meu pedido para falamos sobre o novo trabalho da banda e aqui está, com exclusividade para a AORWatchTower, a conversa com o cérebro pensante por trás da Work Of Art.
Lá se vão três anos desde o primeiro álbum. A primeira pergunta seria se a banda manteve a mesma sonoridade, equilibrada entre o AOR e westcoast?
Robert Säll: Sim, certamente. O estilo do álbum é o mesmo, apenas melhor. Canções melhores, performances melhores e produção melhor. Ainda, acho que nosso próprio som está muito melhor neste álbum.
Você é o compositor principal da Work Of Art. Apesar disso, o álbum traz algumas colaborações na composição das letras e melodias, não?
Robert Säll: Sim, temos muita sorte de ter amigos como o grande letrista Hanif Sabezvari, e ele me ajudou com as letras de cinco canções. Eu lhe dei os rascunhos com minha versão não-terminada das letras e ele decidiu o que fazer com elas, a partir dali. Às vezes, ele mentinha a minha composição e apenas acrescentava partes e melhorava as já existentes, outras vezes ele compunha algo totalmente novo, baseado na minha idéia original. E há uma canção chamada "Castaway" que foi escrita em parceria com meu amigo Anders Rydholm, da Grand Illusion. Me sinto afortunado por poder ter trabalhado com ambos, já que são caras muito talentosos.
O tracklist de "In Progress" tem doze canções. Alguma favorita, pessoalmente falando?
Robert Säll: Minhas favoritas mudam a cada dia, mas atualmente tenho predileção por "The Rain", "The Great Fall", "Once Again", "Until You Believe" e "Emelie".
Quais as diferenças - se é que há alguma - você nota dentro da banda, comparando os momentos entre 2008 e 2011?
Robert Säll: Eu acredito que estamos mais confiantes como músicos agora do que quando gravamos nosso primeiro álbum. Nós compomos e gravamos constantemente para outros projetos e artistas, e essas experiências são gratificantes e educativas, e acho que isso se faz notar no novo álbum.
Há algum músico convidado no álbum?
Robert Säll: Nós tivemos cerca de cinco baixistas diferentes, além do tecladista Jonas Grönnig, que gravou solos incríveis.
Ainda falando sobre convidados, em "Artwork" a Work Of Art contava com o baixista Urban Danielsson e o tecladista Henning Axelsson. Eles ainda são integrantes da banda?
Robert Säll: Henning não pôde se comprometer com a gravação desse álbum, apesar de que o queríamos. Mas ficamos muito satisfeitos com o excelente tecladista sueco Jonas Grönning, que subsituiu Henning efez um excelente trabalho. Urban tocou em duas canções e Andreas Passmark, tocou na maioria das canções do outro álbum, é o baixista principal no novo trabalho também. Ainda, tivemos a sorte de contar com Henrik Linder - da Dirty Loops - e Anders Rydholm e Jehad Hammad também tocando baixo no álbum.
Há planos a respeito de alguma tour para divulgar "In Progress"?
Robert Säll: Sim, estamos trabalhando nisso. Nada muito concreto, mas digamos que as engrenagens já estão em movimento.
E de onde veio a inspiração para o nome do novo trabalho?
Robert Säll: É parte de um plano pré-estabelecido, composto por três álbuns, que traçamos quando ainda estávamos no colégio. O primeiro seria chamado "Artwork", o segundo seria "Work In Progress" (apesar de termos suprimido a palavra "work" para evitar confusão com o nome da banda) e o terceiro seria...bem, você terá que esperar para ver (risos).
Então haverá mesmo um terceiro álbum??? (Risos)
Robert Säll: Bem, sempre focamos em um álbum de cada vez e depois decidimos o que fazer. Eu estaria mentindo se dissesse que o novo álbum foi fácil de gravar, na verdade, houve momentos em que achamos que não conseguiríamos terminá-lo, mas nos esforçamos e gravamos nosso melhor álbum até agora. É claro que essa experiência será muito usada quando começarmos a pensar em um possível terceiro álbum. Mas, na verdade, ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa a esse respeito. No momento, estmaos focados no segundo álbum e desfrutando do sucesso que ele vem fazendo.
Você e Lars Säfsund são bastante procurados, colaborando com vários projetos além da Work Of Art. Isso afetou de alguma maneira as gravações de "In Progress"?
Robert Säll: Na verdade, não. Trabalhar em outros projetos nos deu ainda mais confiança e experiência e acredito que tudo valeu a pena quando me refiro às gravações de "In Progress". Entretanto, o trabalho que fazemos fora do círculo AOR/Melodic Rock afetou as gravações no que diz respeito ao tempo, já que consumia muito do nosso. Mas é esse o trabalho que precisamos fazer para pagar o aluguel e colocar comida na mesa.
Robert, muito obrigado pela entrevista. A Work Of Art tem uma boa base de fãs no Brasil e, quem sabe, possamos vê-los tocando por aqui algum dia. As portas da AORWatchTower estão sempre abertas à você.
Robert Säll: Obrigado, Juliano. É sempre um prazer falar com você e um grande OBRIGADO de todos nós aos fãs que apoiam a banda no cenário AOR/Melodic Rock. Espero sinceramente que possamos tocar no Brasil e encontrar os fãs que temos por aí, ou melhor dizendo, nossos amigos!!! Fiquem bem.
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