sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Depois de três anos, a House Of Lords retorna ao universo dos bons sons com "Precious Metal", álbum que pode ser descrito em uma palavra: dinâmico. Nesse trabalho, a banda equilibra peso e melodia com precisão,.mas o fator 'peso' é predominante em quase todas as canções e isso pode ser encarado de duas maneiras bem distintas: alguns acharão que a banda está entrando em novo território e, dessa forma, se arriscando; enquanto outros acharão que a banda está entrando em novo território e, dessa forma, mostrando versatilidade e trazendo novos ares para sua atmosfera. Seja qual for sua opinião, o álbum merece sua total atenção...

Logo de cara, o rocker  "Battle" mostra o peso ao qual me referi anteriormente, já que essa canção mostra elementos bem tradicionais do heavy metal, especialmente as linhas de guitarra e bateria. O arranjo é arrebatador e envolve o incauto ouvinte, levado freneticamente até o refrão onde as guitarras ganham a companhia de teclados intermitentes e característicos do metal. Uma ótima canção e que certamente surpreenderá os desavisados. Em seguida, "I'm Breakin' Free" coloca a banda no caminho melodic rock que eles tão bem sabem trilhar, onde as guitarras tem absoluto destaque dentro de um arranjo sem teclados, mas empolgante e bem amarrado. A melodia e métrica são relativamente simples e o refrão é marcante e fácil, como deve ser. Essa canção é um dos destaques do álbum, assim como a infernal "Epic", onde a House Of Lords se joga - uma vez mais - na fronteira entre o heavy metal e o melodic rock, e com ótimo resultado. A combinação perfeita entre os melhores elementos de ambos os estilos criou uma canção arrepiante, cheia de energia e com um excelente trabalho do guitarrista Jimi Bell e do baterista BJ Zampa. Eis aqui mais um destaque do álbum, assim como a excelente "Live Every Day (Like It's The Last)", um mid-pacer poderoso e marcante, cujo refrão conta com evidentes backing vocals da grande Robin Beck. Me agrada muito a medida certeira de guitarras, teclados e baixo, o último responsável pela base pesada e envolvente. Uma belíssima canção, que merece múltiplas audições.

"Permission To Die" privilegia o peso acima de tudo, onde guitarras e baixo se revelam em primeiro plano dentro de um arranjo muito bem construído. Os teclados surgem ocasionalmente e sem exageros, o que acrescenta um certo brilho àqueles breve momentos e, mais uma vez, Ms. Beck capricha nos backing vocals distribuídos nos versos que antecedem o refrão arrebatador. Sem dúvida, essa canção é dos grandes destaques do álbum e, por isso mesmo, merece múltiplas e incessantes audições. Enquanto você se prepara para mais uma pancada sonora,"Precious Metal" contraria as expectativas e se revela uma linda balada com base acústica e sonoridade bastante tradicional. O arranjo é bem interessante e conta com um refrão suave mas, ainda assim, marcante. Uma grata surpresa que merece sua atenção em audições cuidadosas. Essa canção me agrada um pouco mais a cada vez que a ouço e recomendo o mesmo cuidado ao ouví-la. E depois desse interlúdio, a banda retoma o caminho rocker com a descomunal "Swimmin' With The Sharks", excelente canção que apresenta um arranjo empolgante e repleto de guitarras e teclados bem colocados. Me agrada demais as b-sections e o refrão explosivo, onde os teclados surgem discretamente em meio às guitarras e baixo, o que faz dessa canção mais um dos grandes destaques do álbum. Seguimos com "Raw", rocker bem cadenciado por uma linha de baixo e guitarra contagiantes. O andamento é bastante simples, assim como refrão, mas essa canção consegue preder sua atenção. Recomendo múltiplas audições para que vocês julguem por si mesmos. Eu gostei...

House Of Lords, circa 2014: Zampa, Christian, Bell e McCarvill
Na reta final do álbum temos "Enemy Mine", um mid-pacer muito bacana e construído sob uma base de teclados e baixo, pontuada por guitarras muito bem colocadas dentro do arranjo que também conta com a inconfundível voz de Robin Beck, em um dueto muito bacana, cujo andamento e arranjo agradam em cheio, especialmente no refrão. Já "Action"  é um rocker bastante direto e sem muito requinte, mas funciona bem e que tem a sonoridade mais tradicional da banda. Satisfação garantida, assim como "na bacana "Turn Back The Tide", rocker poderoso, repleto de guitarras e teclados que amarram o ouvinte dentro de uma canção emocionante. Recomendo repetidas audições dessa canção e também de "You Might Just Save Might Life", uma dose cavalar do melhor melodic hard rock que a House Of Lords sabe fazer. Guitarras e baixo contagiantes provém uma base contagiante para mais um dos grandes destaques do álbum e que, por isso mesmo, merece repetidas audições, sem nenhuma moderação.

Em resumo, caríssimas e caríssimos, "Precious Metal" apresenta uma nova versão da House Of Lords. Agregando mais peso à suas composições e tendo James Christian em plena forma, a banda acertou na medida entre peso e melodia, fazendo com que a sonoridade característica da banda absorvesse os novos elementos quase que naturalmente. Pessoalmente, me agradou demais não apenas o conjunto de canções, mas principalmente o entrosamento da banda  - Jimi Bell e BJ Zampa, em especial - e as interpretações inspiradas de James Christian. Um ótimo álbum que merece um lugar em sua coleção.

HOUSE OF LORDS - Precious Metal
To be released on Feb. 21st via Frontiers Records
Cat. #FR CD 638

Tracklist
01 Battle
02 I'm Breakin' Free
03 Epic
04 Live Every Day (Like It's The Last)
05 Permission To Die
06 Precious Metal
07 Swimmin' With The Sharks
08 Raw
09 Enemy Mine
10 Action
11 Turn Back The Tide
12 You Might Just Save My Life

Lineup
James Christian: vocals
Jimi Bell: guitars
BJ Zampa: drums
Chris McCarvill: bass

Guest Musician
Robin Beck: backing vocals

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