sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Confesso não ser muito fã de projetos por uma simples razão: eles não costumam ter continuidade. Lançam um ou dois álbuns e depois te deixam com vontade de mais material. E foi essa sensação que tive com o primeiro álbum do Phenomena, o qual achei que seria o único. Para a minha surpresa, Tom Galley e Mel Galley (R.I.P.) levaram o projeto à frente e gravaram uma série de álbuns bacanas com uma grande variedade de músicos.

Eis que agora o Phenomena retorna com "Awakening", álbum bastante esperado por muitos amantes dos bons sons. A fórmula do trabalho permanece a mesma e a lista de vocalistas é excelente, como de costume.

O álbum abre com "Smash It Up", trazendo Lee Small nos vocais desse rocker arregaçante, construído sob uma base de guitarras por onde teclados discretos surgem em meio a linha de baixo. Com backing vocals explosivos, o refrão dessa canção é um dos mais marcantes do álbum e a canção em si é, sem dúvida, um dos destaques do álbum. Seguimos com "Reality", canção que nos traz os poderosos vocais de Toby Hitchcock em um rocker mais agressivo, com as precisas guitarras de Mike Slamer à frente, acompanhadas de baixo e bateria incessantes. O refrão traz uma segunda camada de vocais emulados por sintetizadores quase inaudíveis, cujo arranjo é muito similar ao que a Asia fazia no início da década de 90 em seus álbuns. Outra bela canção que também aponto como um dos destaques do álbum, assim como "Homeland", canção arrebatadora que conta com os inconfundíveis vocais de Rob Moratti. Com arranjo que se alterna entre o mid-pacer (nos versos) e o rocker mais explosivo (no refrão), essa canção deixa evidente a versatilidade de Moratti como intérprete, trafegando facilmente entre dois mundos dentro do mesmo universo. Pessoalmente, aponto "Homeland" como o grande destaque do álbum. Volume máximo para todas as três canções tire suas conclusões.

O grande James Christian surge em "Going Away", rocker bastante tradicional e que certamente agradará aos amantes do bom e velho AOR. Totalmente construído em guitarras, essa canção poderia facilmente figurar em algum álbum da House Of Lords tamanha é a semelhança com o material da banda, especialmente na parte do arranjo. Uma belíssima canção que desponta como um dos destaques do álbum. Com um approach bem mais pesado, "Gotta Move" traz Ralph Scheepers nos vocais desse rocker frenético, com uma base compacta de guitarra (melodicamente falando) por onde teclados surgem ocasionalmente. Não é nenhuma desgraça, mas não espere grande coisa, a não ser pelo solo de guitarra (cortesia de Christian Wolff) que é bem bacana. Lee Small retorna em "How Long", um rocker bem cadenciado, contando com arranjo bastante simples e sem muito brilho, fato que só evidencia o poder vocal de Lee Small, uma das grandes surpresas dos últimos anos. A melodia é bem bacana e o conjunto funciona muito bem, o que vale aumentar o som e curtir a canção mais de uma vez.

Outro rocker mais pesado chega com "Shake", contando com os vocais de Mike DiMeo. As guitarras dominam completamente o arranjo e a melodia é descomplicada, sendo que um teclado corajoso se atreve em meio as guitarras e bateria amarradas por uma linha de baixo bastante coesa. Não sei exatamente o que é, mas tem algo que me agrada nessa canção e por isso recomendo múltiplas audições. Retornamos ao lado mais melodic rock do álbum com Terry Brock soltando a voz em "Fighter", um rocker muito bacana e que conta com arranjo empolgante, além de ter os backing vocals de Steve Newman no refrão. Já "Dancing Days" conta com todos os integrantes do Coldspell em uma mistura poderosa que resulta em um rocker avassalador e bem bacana. Gosto bastante do refrão edo andamento dessa canção, para a qual recomendo volume máximo. O álbum fecha com "Stand Up For Love", um AC Rock absolutamente radio friendly que traz Chris Antblad nos vocais, acompanhado pelo JAVA Gospel Choir. A canção contagia logo de cara e invade tranquilamente seus pavilhões auditivos, trazendo sonoridade oposta à tudo o que foi ouvido até agora. Aponto essa canção como mais um destaque do álbum, mas ressalto que chamar Antblad de "Bryan Adams sueco" é, no mínimo, ridículo.

Enfim, caríssimas e caríssimos, "Awakening" é um álbum mais focado em guitarras do que normalmente esperaríamos do projeto. Mas isso não é demérito algum, apenas aponto um detalhe em relação aos outros álbuns. Ainda, confesso que aescolha de alguns vocalistas me pareceu equivocada, além de certas canções não condizerem com a proposta inicial do álbum, muito menos com a tradição que o nome Phenomena carrega. Ainda assim, o álbum tem belos momentos e conta com participações muito ilustres, fato que já torna "Awakening" um álbum a ser ouvido com atenção, várias vezes.

PHENOMENA - Awakening
To be released on March 23rd, 2012, via Escape Music
Cat. #ESM237

Tracklist
01 Smash It Up (Featuring Lee Small)
02 Reality (Featuring Toby Hitchcock)
03 Homeland (Featuring Rob Moratti)
04 Going Away (Featuring James Christian)
05 Gotta Move (Featuring Ralf Scheepers)
06 How Long (Featuring Lee Small)
07 Shake (Featuring Mike DiMeo)
08 Fighter (Featuring Terry Brock)
09 Dancing Days (Featuring Niclas Swedentorp)
10 Stand Up For Love (Featuring Chris Antblad)

Lineup
Martin Kronlund: Guitars, and Bass
Tom Harlan: Guitars & Keyboards
Imre Daun: Drums.
Henrik Thomsen: Bass
Per Aronson-Andersson: Hammond, keyboards

Additional Musicians
Guitars: Carl Anthony Wright, Christian Wolff, Tommy Denander, Mike Slamer, Magnus Karlsson, Steve Newman, Michael Larsson
Bass: Mat Sinner, Anders "Keebe" Lindmark
Drums: Perra Johansson
Keyboards: Fredrik bergh on "Smash It Up" and "Gotta Move", Matti Eklund
Backing vocals: Steve Newman

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