terça-feira, 12 de junho de 2018

AUTOR CANADENSE EXPÕE OS BASTIDORES DE UM CLÁSSICO DO WHITESNAKE

O renomado Martin Popoff
O jornalista canadense Martin Popoff é nome bastante conhecido e respeitado na comunidade rocker. Autor de mais de 20 livros, Popoff costuma investigar a fundo histórias sobre as bandas que desnuda em suas obras, muitas vezes revelando histórias desconhecidas do público e, outras vezes, apenas confirmando coisas que muita gente desconfiava.

Pois bem, nessa segunda categoria estão alguns fatos escancarados em "Sail Away: Whitesnake's Fantastic Voyage", lançado em 2015 e que caiu como uma bomba em um dos assuntos mais recorrentes quando é a banda de David Coverdale: a gravação do clássico "1987", um álbum rodeado por boatos e rumores.

Em um fórum sobre rock, foi postada mensagem sobre o assunto e os detalhes da história surpreendem alguns e confirmam o que outros tantos já tinham ouvido.

Por exemplo, o produtor Keith Olsen teria revelado duas coisas muito interessantes:

A primeira delas é que o guitarrista Dann Huff gravou muita coisa no álbum "1987", muito mais do que a radio version para "Here I Go Again". John Sykes não conseguia tocar a mesma coisa duas vezes ou não fazia o que Olsen queria, então Huff foi trazido para tocar as partes de Sykes em várias canções.

O livro em que Popoff expôs os
bastidores do clássico "1987"
A segunda - e que diz respeito ao maravilhoso "Slip Of The Tongue" - é que o ferimento na mão de Adrian Vandenberg foi puro golpe publicitário. O fato é que o holandês não estava à altura da banda para tocar no álbum, ainda mais quando comparado com Vivian Campbell, que havia sido demitido.

Mas tem mais: o autor crava que Steve Vai não queria tocar com outro guitarrista e, como estava recebendo um caminhão de dinheiro para integrar o Whitesnake, a história de que Vandenberg machucou a mão foi fabricada.

Voltando a John Sykes e ao álbum de 1987, o produtor Keith Olsen teria dito o seguinte: "Os arranjos eram ótimos, as baterias eram excelentes, mas as guitarras estavam completamente desafinadas. Sykes estava em um momento em que queria usar um harmonizador, ele queria todos os efeitos, e o harmonizador em todo lugar. E Coverdale descobriu que Sykes não conseguia acompanhar aquilo vocalmente."

Olsen teria ido adiante, confirmando que as guitarras estavam, de fato, desafinadas: "Bem, haviam 35 faixa... você sabe, Mike Stone pegou o álbum e na primeira leva de guitarras haviam umas 30 faixas e, talvez, haviam uma ou duas faixas onde as guitarras estavam bem afinadas. E você sabe, esse problema aconteceu em cada uma das faixas. E então eu tive que extrair aquelas duas faixas de guitarras e John tocava outras até que se tornou impossível para John continuar, e foi aí que Dann Huff foi chamado. Refizemos todos os vocais, limpamos as guitarras para que tudo ficasse afinado, nos livramos dos efeitos que estavam desafinados."

O genial Dann Huff, circa 1990
E sobre "Here I Go Again", Olsen conta uma história perturbadora: "Eu realmente queria uma oitava nota no verso. Liguei para John e disse''John, você poderia pegar sua guitarra e passar aqui. Você usa os amplificadores do estúdio. Eu só preciso as oitavas em dois versos', ao que John responde, 'Não Keith, não posso fazer isso. Eu precisaria de todos os meus amplificadores ou teria que voar até a Inglaterra'. E Coverdale me olhou e eu disse, 'São apenas as oitavas! É apenas para levarmos a coisa toda para frente'. Sem resposta, eu disse 'tchau, para Sykes e desliguei o telefone.


Então chamei Dann Huff novamente. Ele chegou com a guitarra em mãos (sem case mesmo), ligou-a aos amplificadores, ouviu a canção uma vez e fez o que eu pedi perfeitamente".


E que comece o mimimi..

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