Deen Castronovo, circa 2018 |
O grande Deen Castronovo tem um currículo invejável, com passagens por bandas excelentes. E em recente entrevista concedida ao jornalista Eric Blair, o baterista falou sobre carreira e algumas dessas bandas e artistas com quem trabalhou.
Sobre John Waite e sua época no Bad English, Castronovo disse: "Ele é muito profissional. Ele fez o que devia fazer. Cantava muito a cada noite. Foi um prazer trabalhar com ele. Foi uma honra para mim. Ele é muito focado, sempre sabe o que quer e entrega o que se espera dele".
E sobre a banda, propriamente dita, o baterista disse que "sempre estava a ponto de explodir, por alguma razão. Mas isso sempre fez a banda funcionar. Havia muita tensão, mas quando nos reuníamos e levávamos aquela tensão dos palcos para os álbuns, tudo funcionava".
Em 1995, Castronovo gravou o álbum "Ozzmosis", com Ozzy Osbourne, e sobre aquela época, ele disse: "Lembro que éramos eu, Geezer Butler e Zakk Wylde. Eu nunca vi o Rick Wakeman até quase o fim das gravações do álbum. Ele gravou os teclados bem ao final do processo, na verdade. Estávamos em um estúdio em Paris. Levamos um mês para acertarmos o som da bateria, o que me parece uma loucura, mas conseguimos um som maravilhoso e acertamos todas as canções. Fizemos tudo muito rápido. Foi um projeto maravilhoso. Trabalhar com Geezer e Zakk... Zakk é um animal - um monstro guitarrista - e Geezer é um dos melhores baixistas com quem já tive a honra de trabalhar. Foi muito bacana, cara. Acho que há grandes momentos naquele álbum, especialmente o material que Zakk escreveu. As canções escritas por Zakk, definitivamente, para mim, são as mais consistentes. Soa exatamente como Ozzy Osbourne quando você ouve Zakk tocar aquelas canções".
Castronovo foi perguntado sobre como o Journey o mudou: "Eu aprendi a tocar para a canção e como integrante de um grupo e lembrar que a canção é a coisa mais importante. Eu consegui trabalhar com Jonathan Cain novamente e com Neal Schon e isso me fez sentir como se voltasse para casa. Conhecia aqueles caras desde a época do Bad English, desde que eu tinha 23 anos. Poder tocar no Journey por 17 anos é um sonho que se tornou realidade. Houve tempos em que caminhava com meu técnico da bateria em uma arena e eu parava e dizia 'Cara, eu toco no Journey!' Foi uma coisa maravilhosa e sou muito grato por eles terem me dado a oportunidade".
Castronovo com o Journey, circa 2006 |
Perguntado se sente falta de estar na banda, Castronovo disse: "Totalmente. Sinto falta da música. Sinto falta dos meus irmãos. É claro, as tours eram maravilhosas, a banda, as músicas, tudo era maravilhoso/ Agradeço por estar tocando novamente. Eu nunca pensei que tocaria outra vez, então estar de volta à ativa é muito gratificante. Mas eu sinto falta de tocar aquelas canções. Sempre sentirei falta. Foi uma grande, grande oportunidade para mim".
E sobre se reunir com Neal Schon no show beneficiente "Journey Through Time", no ano passado, Castronovo falou: "Foi incrível. Quando ele me chamou, eu disse 'É claro. Eu vou!' Agora estamos falando sobre cair na estrada no próximo ano com esse show. O Journey vai tirar férias em 2019, então Neal disse 'Vamos cair na estrada com essa banda!' Vamos chamá-la de Neal Schon's Journey Through Time e tocaremos o material mais antigo, como aquele dos quatro primeiros álbuns, o material que Gregg Rolie e Steve Perry costumavam tocar. Eu vou tocar bateria e também cantar".
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