quarta-feira, 20 de julho de 2016

ENTREVISTA COM JOHNNY GIOELI - PARTE II

Na primeira parte da entrevista (publicada aqui), o assunto foi o trabalho solo que Johnny Gioeli está preparando.

E logo após, ele viajou para a Europa com Axel Rudi Pell, para cumprir uma série de shows, além de ter compromissos relacionados com seu álbum solo. Esses foram os motivos pelos quais essa segunda parte da entrevista levou tanto tempo para aparecer.

Mas agora a conversa foi retomada e o foco foi exclusivamente a Hardline, e falamos sobre o glorioso passado, o retumbante presente e o promissor futuro da banda.

Enjoy...

01 No próximo ano, o clássico "Double Eclipse" completará 25 anos. E me parece que que, mesmo naquela época, muita gente não percebeu a relevância que o álbum tinha (e ainda tem). Você tem essa impressão? E como você vê o álbum hoje em dia?

Johnny Gioeli: Muito obrigado pelos comentários... trabalhei o equivalente a uma vida inteira para gravar aquele álbum e para mim ele é atemporal e clássico. Eu ainda o ouço de vez em quando e me surpreendo com ele. Acredito que o álbum tenha vendido cerca de 5 milhões de cópias, mas tenho o equivalente a um álbum de platina em meu coração (risos).

02 E o 25º aniversário é uma data especial. Tenho certeza de que você deve ter algo planejado para a ocasião...

Johnny Gioeli: Bem, vou celebrar o fato de ainda estar vivo! (Risos). Isso é mais importante, cara! Mas falando sério, sim, temos alguns shows especiais sendo planejados e com convidados especiais. Só posso dizer isso, por hora.

Johnny e Josh Ramos com a Hardline no Firefest 2013
03 A Hardline teve algumas mudanças no lineup ao longo dos anos, e além de você, Josh Ramos é o integrante com mais tempo na banda. Como ele chegou até a Hardline?

Johnny Gioeli: Ele morava na rua e estava pensando em se tornar mulher. Eu acho que trazê-lo para a banda foi a coisa certa a ser feita porque nunca achei que ele ficaria bem com peitos e tinha as pernas muito peludas. É incrível como músicos acabam se encontrando (risos). Falando sério, eu encontrei Josh há muito tempo, com Neal Schon em uma premiação qualquer. Neal me disse "Ele soa igual a mim!"(Risos). u sempre lembrei disso e quando chegou a hora certa, Josh chegou. Ele é um cara fantástico e é como um irmão.

04 Quais as diferenças entre as contribuições de Josh Ramos, de Neal Schon e de seu irmão, Joey?

Johnny Gioeli: Não muito diferentes umas das outras, na verdade. Josh é apaixonado por música tanta quanto Neal ou Joey... talvez seja até mais que eles. Ele trabalha muito para garantir que os sons sejam os mais perfeitos possíveis.

05 O espaço de tempo entre os álbuns da Hardline é, em geral, bastante grande. Entre os dois primeiros álbuns, há um intervalo de dez anos! E entre os dois últimos trabalhos, outros seis. Quais são os prós e contras de ter tanto tempo entre os álbuns?

Johnny Gioeli: Esses períodos de tempo nunca são planejados. É apenas a vida interferindo no jogo. Se tudo o que eu fizesse da vida fosse música, as coisas seriam muito mais simples...

06 O novo álbum chama-se "Human Nature". O que podemos esperar, musicalmente falando? E levando em conta o fato de o álbum estar quase pronto e de que há vídeos sendo gravados e que o álbum deverá ser entregue à gravadora em muito breve, há algo mais que você possa nos dizer?

Johnny com o onipresente produtor e compositor
Alessandro Del Vecchio, circa 2012
Johnny Gioeli: O álbum está pronto! E acho que ele está incrível. Você pode esperar canções mais pesadas... acho que deixei minha influência de Axel Rudi Pell um pouco mais evidente nesse trabalho. Todos nós queríamos um álbum mais pesado e acredito que atingimos esse objetivo. Alessandro Del Vecchio fez um trabalho fantástico na produção e mixagem. A sonoridade está excelente. Minhas duas canções favoritas são "Where Will We Go" e "Take You Home". Gravamos vídeos para as duas e acredito que vocês vão curtir!

07 E os músicos do seu trabalho solo, Johnny... pode revelar nomes? Há convidados?

Johnny Gioeli: Eu estou um pouco atrasado em relação ao álbum solo. Ainda estou decidindo exatamente quem participará, mas posso adiantar que Alessandro Del Vecchio será o produtor, Eu tenho uma lista enorme com nomes, mas preciso de tempo para responder sua pergunta com mais certeza.

08 Olhando para trás, quando a Brunette tocava em bares antes de se transformar na Hardline, e quando Neal Schon deveria apenas produzir o primeiro álbum e, de repente, tornou-se integrante da banda; desde "Double Eclipse" até "Danger Zone" e o que está prestes a chegar... como você analisa o caminho da banda até hoje?

Johnny Goeli: Tem sido uma viagem incrível. Há muitos fãs que estão comigo há 25 anos. Não posso pensar em muitas coisas melhores que isso. Sou ainda mais agradecido hoje em dia porque as mídias sociais me permitem agradecer diretamente aos fãs. É mais que especial quando as pessoas permitem que você faça parte de suas vidas. É mais que especial...

09 Me permita encerrar a entrevista com uma pergunta que me parece ser bastante pertinente: muitos fãs - especialmente aqui no Brasil - perguntam porque a Hardline não toca por aqui, enquanto a banda viaja frequentemente para outros países. Eu sei que não há festivais por aqui que toquem o tipo de música que tanto gostamos, mas seria muito difícil fazer shows em casas fechadas?

Johnny com Axel Rudi Pell em Abril passado,
durante show em Berlin
Johnny Gioeli: Essa é uma pergunta delicada. Eu gostaria de tocar no Brasil? SIM! Isso é financeiramente viável? Não sei. Esse negócio pode ser foda. Nem sempre a coisa funciona como gostariam os fãs e as bandas, mas funcionam como querem os promotores que decidem apostar em você e levá-lo para certos lugares. Não que sejamos uns putos gananciosos, mas é simplesmente muito caro quando se começa a analisar a produção. Então, a equação é: 1) quantas pessoas podemos colocar na casa, 2) quanto pode-se cobrar cada ingresso, 3) podemos sair de lá com nossas calças ou saímos de lá pelados e quebrados? (Risos)

Eu confesso que seria capaz de oferecer partes de minha anatomia para tocar no Brasil. Só os dedos dos pés, na verdade (risos). Espero que a oportunidade de voltar a tocar aí apareça...

Johnny, agradeço imensamente pelo tempo dispendido, uma vez mais. Aguardo ansiosamente o novo álbum da Hardline e tudo que ele trará para a banda. Te desejo o melhor, muito do tão merecido sucesso e todas as coisas bacanas quem um amigo pode desejar a outro. As portas da AORWatchTower estão sempre abertas a você, Johnny...

Johnny Gioeli: Muito obrigado, meu irmão, por tudo!!! Sempre! Agradeço demais o que você faz por nós músicos.

Brasil, amo vocês!!! Sei que muitos de vocês apoiam nossa música e não há sentimento melhor no mundo. Rezo para que todos que leiam essa entrevista sintam o amor que tenho por cada um de vocês. Vamos manter o rock vivo... Muita paz para todos vocês...

Para mais informações sobre Hardline, Johnny Gioeli e seus projetos, visite
www.hardlinerocks.com
www.pledgemusic.com/johnnygioeli
www.facebook.com/johnnygioeliofficial

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