Steve Perry com Jonathan Cain e Neal Schon: o trio remanescente do Journey, circa 1986 |
Em uma de suas três entrevistas concedidas ontem - as primeiras em 27 anos - o legendário Steve Perry falou sobre sua saída do Journey, em 1987 no programa de Eddie Trunk.
Disse Perry: "A razão pela qual eu saí foi porque eu estava realmente esgotado. Meu amor pela música estava se tornando realmente, realmente questionável em meu coração e eu tinha que parar. Não havia um jeito fácil de fazer aquilo, deixar a nave-mãe que eu tanto amava e que trabalhei duro com os caras para construir. Foi muito difícil. Eu não falei para ninguém - apenas continuei trabalhando e, de repente, não aguentei mais e disse, 'Eu não consigo mais fazer isso'. A banda olhou para e disse 'O que?' Tenho certeza que não havia como jogar uma bomba dessas de maneira delicada nos fãs, mas eu precisava parar e me reservar por um tempo. E foi o que fiz, e uma vez que parei, percebi que precisava estar bem comigo mesmo, em meus próprios termos, sem o amor e a adoração e os aplausos. Eu queria colocar os pés no chão, para ser franco. Eu precisava me aliviar...onde é permitido você ser você mesmo e isso basta. Estar em uma situação como a que estávamos era como circular a Terra em um satélite, e de repente, chega a hora de aterrizar. Não havia como reentrar a atmosfera terrestre sem se queimar um pouco."
Perry continuou: "Eu voltei para minha cidade Natal em Hanford, na Califórnia, e passei muito tempo com velhos amigos, dirigi pela avenida principal, vi a velha casa onde fui criado, apenas tentando reconectar. Eu tinha uma Harley-Davidson que costumava guardar em um depósito e a pilotava em estradas no interior - naquela época você não precisava de capacete - e eu pilotava aquela Harley naquelas pistas simples, estradas velhas do interior, e deixava o vento soprar e tentava deixar o vento bater em meu rosto e pensar em tudo."
O resultado daquele intervalo todos nós conhecemos.
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