terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A SONORIDADE FANTASMA DO MP3

O arquivo padrão que tantos curtem é mais que obsoleto
Fuçando na internet, encontrei um artigo muito bacana no site DeathAndTaxes. O texto - de autoria do cidadão identificado como Joe Viex fala sobre o prejuízo causado pela compressão a que os arquivos transformados em mp3 sofrem.

Abaixo, a tradução do texto na íntegra, e que pode ser encontrado em sua versão original aqui:

Neste momento, provavelmente você está ouvindo música em seu computador. A fonte dessa música - seja um arquivo mp3 ou streaming - é uma versão comprimida de um arquivo que era muito mais detalhado , mas muito maior. Vale a pena interromper sua música por um momento e perguntar: quais sons você está perdendo?

Para ter uma boa ideia, assista ao vídeo acima (está disponível na página original), criado por Ryan Maguire, um estudante Ph.D. em Composição e Tecnologias da Computação na Universidade da Virginia Center for Computer Music, para um projeto chamado "O Fantasma No Mp3". É uma canção feita apenas com os sons que foram perdidos quando comprimiu-se para mp3 "Tom's Diner", de Suzanne Vega. Seu site explica,

"'moDerniT' foi criada salvando os sons perdidos na compressão para mp3 da canção 'Tom's Diner', famosa por ser usada como um dos controles principais nos testes de audição para desenvolver o algoritmo de codificação do mp3. Aqui encontramos a forma intacta da canção, mas os detalhes são apenas remanescentes da original. Similarmente, o vídeo contém apenas material que foi deixado para trás durante a compressão para o formato de vídeo mp4".

Além de apenas criar um ótimo novo gênero de 'ambient ghost music', essa peça gera alguns pontos interessantes. Primeiro, esses são sons reais, que seu ouvido pode facilmente captar. Você não precisa ser um audiófilo esnobe e cuzão. Os sons são perceptíveis mesmo através dos auto-falantes podres de um MacBook Air e fones de ouvido.

Segundo, a compressão para mp3 foi lançada no início dos anos 90, para servir a propósitos muito específicos em uma época em que armazenamento e transferência de dados era cara. Foi um propósito em referência a quanto se podia tirar de uma canção sem que nossos ouvidos reconhecessem a diferença - e isso funcionou muito bem. (Se você quiser ficar louco, Maguire escreve sobre isso em detalhes em seu site para o projeto, explicando isso de uma maneira muito melhor do que eu jamais poderia.)

Mas vinte e poucos anos depois, mp3 ainda são padrão, apesar de alternativas melhores já existirem e nossos computadores serem capazes de lidar com arquivos mais complexos, o que é meio estranho, certo? Veja o tipo de computadores que eram padrão naquela época. Aquele é o tipo de máquina para a qual a compressão em mp3 foi desenvolvida.

Enfim, me perdoem por interromper, espero que isso não tenha arruinado a música que você estava curtindo.

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