AVISO

Devido as chuvas aqui o sul da Terra Brazilis, não teremos a Recomendação Da Semana hoje.

Retornaremos em breve...

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Uma banda que me chamou bastante a atenção nos últimos anos foi a Nitrate. Com canções contagiantes e álbuns bem produzidos, o grupo vem se superando trabalho após trabalho e mantendo o nível alto, apesar das trocas de vocalista. Agora, com o excelente Alexander Strandell novamente como frontman, a banda lança "Feel The Heat", álbum que segue a linha estabelecida pelos três trabalhos anteriores e que, certamente, deve agradar em cheio os apreciadores do melodic rock contemporâneo.

"Feel The Heat" é um rocker cavalar, com guitarras desfilando sob uma base de baixo em primeiro plano e que conduz à um refrão explosivo, daquele jeito que tanto curtimos. Guitarras e teclados mais evidentes se fazem presentes na excelente "All The Right Moves" (e seu refrão humilhante), enquanto a empolgante "Wild In The City" é predominantemente guitar driven, quase no mesmo formato da linda "Needs A Little Love", rocker envolvente,  bem construído e com refrão empolgante. Volume máximo em todas as canções, por favor...

Já "One Kiss (To Save My Heart)" é uma power ballad massacrante e que conta com a ilustre presença de Issa Oversveen num dueto brilhante. Baixo em primeiro plano, teclados onipresentes e guitarras bem distribuídas fazem dessa canção um dos destaques do álbum, sendo merecedora de múltiplas audições, exatamente como acontece com a empolgante "Live Fast, Die Young" e com "Haven't Got Time For Heartache", rocker mais pesado com baixo e guitarras na linha de frente, mas com refrão melódico até a medula. Volume máximo mais uma vez...

"Satellite" é um belíssimo mid-pacer, onde guitarras assumem a dianteira, mas no refrão emocionante os teclados disputam sua atenção em um arranjo envolvente, enquanto "Strike Like A Hurricane" traz guitarras por todos os lados em uma das faixas mais bacanas do álbum, assim como temos em "Big Time" (que refrão!!!) e "Stay", um mid-pacer crescente, onde o arranjo revela os instrumentos gradativamente, culminando em um refrão emocionante. Volume máximo uma vez mais...

Nitrate, circa 2023

Dentre os quatro trabalhos que a Nitrate já lançou, confesso que este "Feel The Heat" é o que mais me agrada, seja pelas canções muito bem construídas, seja pelas certeiras interpretações de Alexander Strandell, seja pela banda que acerta toda vez. Esse álbum não vai reinventar a roda (de maneira alguma), mas vai te fazer rodar de maneira bem mais divertida...

NITRATE - Feel The Heat

To be released on Oct. 13th via Frontiers Records

Cat. #FRCD 1359

Tracklist

01 Feel The Heat

02 All The Right Moves

03 Wild In The City

04 Needs A Little Love

05 One Kiss (To Save My Heart) (Featuring Issa)

06 Live Fast, Die Young

07 Haven't Got Time For Heartache

08 Satellite

09 Strike Like A Hurricane

10 Big Time

11 Stay

Lineup

Alexander Strandell: Vocals

Tom Martin: Guitars

James Martin: Keyboards

Nick Hogg: Bass

Alex Cooper: Drums

Richard Jacques: Guitars

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Uma das duplas britânicas mais promissoras praticando aquele AOR hi-tech no final dos anos 80, a 2 a.m. lançou apenas um álbum, o excelente "When Every Seconds Count", em 1988. E para promover o trabalho, a dupla Dave Lloyd e Mark Thomas escolheram a ótima "You're The One" como single de lançamento e, pessoalmente, acredito que não poderiam ter escolhido faixa melhor.

"You're The One" tem introdução apenas com teclados e voz, mas aos poucos vai se revelando um lindo mid-pacer, com guitarras muito bem distribuídas e baixo discreto, mas envolvente, que leva o ouvinte à um refrão memorável. A presença do sax só agrega brilho ao que já soava excelente. Volume máximo recomendado...

Já "Somebody Someday" é um rocker que apresenta guitarras mais proeminentes  - especialmente no refrão explosivo - e uma linha marcante de bateria acompanhada por um baixo pontual ao longo dos versos, mas bem mais notável nas bridges. Backing vocals se fazem presentes de forma evidente, como deveria ser sempre, trazendo mais volume à cena. Uma belíssima canção que merece múltiplas audições sem nenhuma moderação.

2 a.m., circa 1988

Ainda, "Who Will You Run To" é uma balada com arranjo bastante intimista e isso fica claro logo em sua introdução, com baixo na linha de frente e teclados onipresentes, tudo acompanhado por guitarras elegantes, pontualmente distribuídas, e também pelo refrão robusto e marcante. Uma belíssima canção que merece sua atenção, assim como "Too Late", mid-pacer que traz arranjo que privilegia teclados e baixo bastante evidente ao longo dos versos e bridges, e ganhando a companhia de guitarras certeiras no excelente refrão que conta com um sax caprichado. Mais volume máximo e nenhuma moderação aqui...

Se você precisa de referência, esse material me lembra o Think Out Loud em todos os aspectos e, assim sendo, se a sonoridade da banda te agrada, certamente o trabalho da 2am vai te fazer sorrir. Belas melodias, composições caprichadas e refrães arrepiantes fazem o conjunto da obra. Material mais que recomendado.

2 a.m. - You're The One CDS

Released in 1988 via RCA

Cat. #PB 41710

Tracklist

01 You're The One

02 Somebody Someday

03 Who Will You Run To

04 Too Late

Lineup

Dave Lloyd: vocals

Mark Thomas: guitars

Guest Musicians

Bass: Nigel Ross-Scot

Drums: Lou Rosenthal, Trevor Morais

Keyboards: Bob Galvin, John Young, Peter Oxendale, Richie Close

Saxophone: "Snake" Davis

Backing Vocals: The London Community Gospel Choir

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Em 1990, enquanto os veteranos do Foreigner se preparavam para começar as gravações daquele que viria a ser o fantástico "Unusual Heat", a banda recrutou o grande Terry Thomas para produzir o material depois de ouvir o que o britânico havia feito com a Bad Company. Com as gravações encerradas a banda optou por "Lowdown And Dirty" como single promocional do álbum que tinha Johnny Edwards na árdua tarefa de substituir Lou Gramm nos vocais. Pessoalmente, gostei do resultado final.

"Lowdown And Dirty" é rocker cadenciado, com bateria pesada e baixo envolvente desfilando por uma base de guitarras acompanhadas por teclados discretos, como o Foreigner gosta de fazer. O destaque aqui são os backing vocals imponentes contidos no refrão explosivo mas não somente, eles também se fazem presentes na bridge crescente da mesma forma. Se você ainda não conhece esse petardo sonoro (e uma das canções que mais curto na longa discografia da banda), assista ao vídeo aqui.

"Flesh Wound" é outro rocker maiúsculo, com guitarras na linha de frente desde o início. Delicadas ao longo dos versos e mais pesadas nas bridges, te conduzem à um refrão poderoso, onde  - uma vez mais - os backing vocals se destacam agregando brilho ao que já era excelente.

Seguindo a mesma linha melódica, "No Hiding Place" é mais um rocker bem cadenciado pela bateria e baixo, que criam uma base espetacular por onde as guitarras desfilam elegantemente ao longo dos versos e mostra suas garras no refrão empolgante com backing vocals espetaculares preenchendo todos os espaços.

Foreigner, circa 1991

Esse é um dos singles que mais curto na discografia do Foreigner. Ainda, o álbum "Unusual Heat" também é um dos meus favoritos e gostei do que Johnny Edwards apresentou. Infelizmente, este seria seu único trabalho com a banda. Seja como for, "Lowdown And Dirty" revela uma face do Foreigner que a banda nunca mais mostrou, para nosso prejuízo. A colaboração com Terry Thomas  (ele só não colaborou na composição de uma canção no álbum) deixou um trabalho perfeitamente produzido, repleto de grandes canções e com interpretações de respeito. Material mais que recomendado para ser ouvido em volume máximo...

FOREIGNER - Lowdown And Dirty CDS

Released in 1991 via Atlantic Records

Cat. #7567-86018-2

Tracklist

01 Lowdown And Dirty

02 Flesh Wound

03 No Hiding Place

Lineup

Johnny Edwards: vocals

Mick Jones: guitars, keyboards, vocals

Rick Wills: bass, vocals

Dennis Elliot: drums

Guest Musicians

Backing Vocals: Terry Thomas, Ian Lloyd, Mark Rivera, Rachele Campelli, Angela Campelli

Guitars: Terry Thomas

Keyboards: Terrry Thomas, Tommy Mandel, Richard Cottle

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

A recomendação da semana passada despertou a curiosidade de muita gente. Gente essa que enviou mensagens pedindo resenha de mais singles dos britânicos do FM, e como já havíamos falado sobre a fase AOR da banda, dessa vez falaremos sobre a fase mais rocker dos caras, iniciada em 1991 e atingindo seu ápice um ano depois.

A banda havia passado por mudanças drásticas com as saídas de Chris Overland (logo após a tour promocional do clássico "Tough It Out") e Didge Digital (no final de 1991). A chegada do talentoso Andy Barnett colocou a banda em outra direção, como se percebe facilmente ao ouvir o ótimo "Takin' It To The Streets", mas foi o colossal "Aphrodisiac" que consolidou a sonoridade mais crua e energética da banda (que, pessoalmente, adoro).  

Para promover o álbum "Blood And Gasoline" foi lançada como single, e que canção é essa!!! Uma power ballad imponente, com arranjo caprichado e que ostenta peso e melodia na medida certa, a canção tem versos envolventes e um refrão potente, perfeito para os arregaçantes vocais de Steve Overland. Para comprovar isso tudo você pode assistir ao vídeo promocional aqui.

Já "Chinese Whispers" é um rocker bem cadenciado, com linha de bateria envolvente e baixo intermitente, criando uma sólida base por onde as guitarras desfilam sua mágica em versos curtos, culminando em um refrão explosivo onde os backing vocals se apresentam grandiosamente. Em seguida temos dois covers massacrantes: a linda "Some Kind Of Wonderful" (gravado originalmente em 1974 pela Grand Funk Railroad) e a excelente "I'll Be Creepin'" (gravada pelo Free em 1969). Gravadas ao vivo em Gotenburgo em Janeiro de 1992, ambas as canções trazem Mr. Overland em plena forma, além da banda voando baixo na reprodução de dois clássicos do rock, carregados de energia e com aquele toque que só o FM era capaz de conferir. Múltiplas audições sem nenhuma moderação se fazem necessárias.

FM, circa 1992

Entre os singles do FM, confesso que este aqui é um dos que eu mais gosto, independente da época. A chegada de Barnett trouxe um novo ar para a banda que já ensaiava trilhar um novo caminho - musicalmente falando - e encontrou no então novo guitarrista um catalisador para sua vontade de seguir em frente. 

E as canções ao vivo mostram a vitalidade e versatilidade do FM no palco, algo que foi devidamente registrado ao longo dos anos. Para a nossa alegria...

FM - Blood And Gasoline

Released in 1992 via Music For Nations

Cat. #CDKUT 147

Tracklist

01 Blood And Gasoline

02 Chinese Whispers

03 Some Kind Of Wonderful (Live)

04 I'll Be Creepin' (Live)

Lineup

Steve Overland: vocals, guitars

Pete Jupp: drums, vocals

Merv Goldsworthy: bass, vocals

Andy Barnett: guitars, vocals

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

No dia em que o clássico "Indiscreet" completa 37 anos, resolvi falar sobre um dos maiores sucessos dos britânicos do FM: a linda "Frozen Heart", que foi também o primeiro single lançado pela banda em Novembro de 1986. Aqui falaremos sobre a edição lançada um ano depois e que só apareceu em CD em 2005.

A canção que se tornou assinatura do FM é apresentada aqui em duas versões, sendo que o extended mix traz uma introdução de bateria que Pete Jupp reproduzia parcialmente nos shows da banda. Já a short version é bastante parecida com a versão de estúdio lançada em "Indiscreet", com a introdução longa retirada do mix final.

"Frozen Heart" é um mid-pacer arrebatador, com linha de bateria imponente e teclados que cercam as guitarras de Chris Overland (R.I.P.) e os poderosos vocais de seu irmão, Steve. Com versos envolventes e um refrão grudento, essa canção é uma das favoritas entre os fãs do FM e figura tranquilamente entre seus maiores sucessos. Ainda, a canção teve dois vídeos gravados, um para o mercado europeu e outro - mais conhecido - para o mercado norte-americano. Você pode assisti-los, respectivamente, aqui e aqui.

Já "Love Lasts Forever" é uma linda balada construída com os teclados magistrais de Didge Digital, que também é o autor da canção. No formato "piano e voz" (ou "teclados e voz", se preferir) até a sua segunda parte (quando a banda se apresenta), essa canção tem arranjo intimista e um refrão marcante. Perfeita para os vocais de Steve Overland, essa me parece uma das canções mais injustiçadas na discografia do FM, talvez por ter sido exclusiva do single de "Frozen Heart" até 2005, quando foi incluída na edição estendida de "Tough It Out", lançada pela gravadora francesa Bad Reputation. Recomendo demais essa canção para os desavisados que ainda não a conhecem...

FM, circa 1986

O single ainda traz a excelente "Other Side Of Midnight", um dos rockers mais marcantes do FM. Com uma sólida linha de guitarra pontuada por teclados ocasionais e um arranjo bastante dinâmico, essa canção permanece como um dos clássicos do FM e integra seu setlist até hoje, como não poderia deixar de ser. Sua versão ao vivo é matadora e eleva "Other Side Of Midnifght" à outro patamar. Se você ainda não ouviu, fica a dica...

Enfim, esse single de "Frozen Heart" vale muito como documento da época em que o FM ainda estava se estabelecendo, mas já despontando como uma banda promissora. Este foi o primeiro material da banda a que tive acesso, me tornando fã imediatamente, como fatalmente aconteceria com qualquer um que ouvisse aquela canção no hoje distante verão de 1986...

FM - Frozen Heart

Released via Portrait in 1986

Cat. #DIDGE T1

Side A

1 Frozen Heart (Extended Mix)

2 Love Lasts Forever

Side B

1 Frozen Heart (Short Version)

2 Other Side Of Midnight

Lineup

Steve Overland: vocals, guitars

Chris Overland: guitars, vocals

Pete Jupp: drums, vocals

Merv Goldsworthy: bass, vocals

Didge Digital: keyboards, synthesizers

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Dois anos desde seu mais recente trabalho e 13 desde seu primeiro álbum, os britânicos da Vega estão de volta ao cenário com "Battlelines", a nova empreitada da banda que promete agradar em cheio os fãs do melhor melodic rock "made in the U.K.". Repleto de grandes refrões e interpretações certeiras, o álbum tem tudo para figurar nas listas dos "melhores do ano" mundo afora.

A imponente "Heros And Zeros" abre o álbum com versos rápidos e um refrão poderoso, do mesmo tipo que encontramos na frenética "Killers". Já "Battlelines" é mais cadenciada, mas também detentora de um refrão empolgante (na linha dos melhores momentos sonoros da banda), assim como ocorre na ótima "Love To Hate You". São quatro rockers caprichados que servem de cartão de visitas do que ainda está por vir.

"Don't Let Them See You Bleed" traz seu arranjo cativante contendo refrão maiúsculo, ambas características igualmente presentes em "Embrace The Grey" (cujo arranjo é bastante cadenciado nos versos e explosivamente dinâmico no refrão), enquanto "33's And 45's" tem uma aura mais radio friendly que me agrada imensamente, detalhe que se repete na ótima "Into The Fire", cadenciada do início ao fim, com refrão marcante e perfeitamente encaixado na estrutura musical da canção.

Vega circa 2023

A ótima "Run With Me" apresenta arranjo empolgante com variação nas bridges que antecedem o refrão explosivo, ao passo que "Not Enough" traz, novamente, aquela aura radio friendly ao álbum com melodia fácil e refrão marcante. Já "God Save The King" é mais dinâmica com backing vocals mais aparentes, enquanto a frenética (e também radio friendly) "Gotta Be You" fecha o álbum com um arranjo simples, mas eficiente, assim como seu refrão grudento e melodia envolvente.

"Battlelines" não pode ser apontado como uma novidade na discografia da Vega, mas não é uma cópia de seus trabalhos anteriores. O álbum mantém a sonoridade característica da banda, mas com uma abordagem mais pesada em alguns momentos, sem detrimento das melodias que tornaram a banda reconhecida. Fãs do melodic rock mais contemporâneo (e me incluo nesse grupo) certamente curtirão esse trabalho...

VEGA - Battlelines

To be released on Sep. 08th, via Frontiers Records

Cat. #not available

Tracklist

01  Heros And Zeros

02  Killers

03  Battlelines

04  Love To Hate You

05  Don't Let Them See You Bleed

06  Embrace The Grey

07  33's And 45's

08  Into The Fire

09  Run With Me

10 Not Enough

11 God Save The King

12 Gotta Be You

Lineup

Nick Workman: vocals

Mart Trail: bass

Marcus Thurston: guitars

Billy Taylor: guitars

Pete Newdeck: drums

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

O nome de Börje Peter Ericson não é novidade no universo dos bons sons. Em 1989, sua banda Modesty lançou o ótimo "Pieces Of Modesty", chamando a atenção dos amantes dos bons sons. Pois agora, o sueco retorna ao cenário com seu projeto ModX e o fabuloso álbum de estreia "Secrets", certamente um dos melhores lançamentos do ano, se AOR for a sua praia. Com uma sonoridade elegante e grandes canções perfeitamente executadas, esse trabalho tem tudo para agradar o mais exigente apreciador do AOR contemporâneo.

Predominantemente rocker, o álbum abre com a estupenda "Clear Before My Eyes" e seu arranjo bastante dinâmico, com uma sólida linha de baixo pontuada por guitarras ocasionais e contendo um refrão matador. Esses detalhes todos são também encontrados na excelente "Looking For Closure" e nas cativantes "It's Over Now" e "Secrets", sendo todas merecedoras de volume máximo e nenhuma moderação.

A arrepiante "Strangers In The Night" dá sequência no tracklist com guitarras em primeiro plano e teclados discretos que conduzem à um refrão explosivo, enquanto o mid-pacer "If You Come My Way" oferece um momento intimista com seu arranjo delicado, mas carregado de energia no refrão marcante. Já "Rosalie" retoma o caminho rocker com guitarras desfilando em todas as direções, acompanhadas por teclados elegantes e um refrão "de manual", assim como acontece com "Waste Another Day", um rocker merecedor de sua total atenção e também de volume máximo, como sempre.

ModX, circa 2023

E na reta final temos o lindo mid-pacer "Save Me", o rocker contagiante "The Test Of Time" e a elegantérrima balada "Here I Am" para fechar o álbum em alta nota. 

Não há como negar que temos aqui um álbum maiúsculo de AOR como não se ouve mais, infelizmente. A sonoridade me lembra os bons sons da Work Of Art, especialmente em seus dois primeiros trabalhos. Bom gosto nos arranjos, letras envolventes e uma banda mais que eficiente fazem de "Secrets" um lançamento obrigatório em sua coleção

MODX - Secrets (Japanese Pressing)

Released on Aug. 23rd, 2023, via Marquee Avalon

Cat. # MICP 4456520

Tracklist

01 Clear Before My Eyes

02 Looking For Closure

03 It's Over Now

04 Secrets

05 Strangers In The Night

06 If You Come My Way

07 Rosalie

08 Waste Another Day

09 Save Me

10 The Test Of Time

11 Here I Am

Lineup

Peter Ericson: vocals, guitars, bass, keyboards, percussion

Fredrik Hammarström: guitars, vocals

Mattias Elmstedt: guitars, vocals

Robert Kurberg: drums, vocals

Johan Sjödin: synthesizer solo on "Strangers In The Night"

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Na ativa há 22 anos, os suecos do Eclipse estabeleceram uma sólida reputação no universo dos bons sons, com álbuns empolgantes e shows memoráveis. Com isso em mente, a banda prepara seu retorno ao cenário com "Megalomanium", álbum que pode ser chamado de previsível por alguns ou até repetitivo por outros, mas o fato é que a banda mantém a fórmula que os consagrou e que os fãs adoram criticar. 

"Megalomanium" não tem nenhuma balada. Ao contrário, são 11 rockers cavalares que prometem agradar em cheio os entusiastas da banda, como a explosiva  "The Hardest Part Is Losing You", a frenética "Got It!" e a cadenciada "Anthem", que talvez não seja impactante como as anteriores, mas que ainda assim merece sua atenção, assim como "Children Of The Night" e seu refrão maiúsculo. Volume máximo para todas as canções...

"Hearts Collide" tem introdução suave que mascara a pancada que está por vir neste rocker arrasador (e que refrão!), quase como acontece com a arrepiante "I Don't Get It" e com a ótima "The Broken", além de "So Long, Farewell, Goodbye", rocker envolvente e com um refrão daqueles! Pode manter o volume máximo... você vai precisar...

Eclipse, circa 2023

Na reta final temos a arrasadora "High Road", a muito eficiente "One Step Closer To You" e a imponente "Forgiven", que encerra o álbum em bom tom e deixa aquela sensação de missão cumprida. Volume máximo mantido até aqui e seus ouvidos devem estar sangrando flores de alegria.

"Megalomanium" traz backing vocals bastante evidentes e refrões excelentes ao longo do tracklist. Musicalmente, como já dito, a banda segue a receita que os fãs bem conhecem, mas eu não me atreveria a chamar o álbum de repetitivo. 

Dentro de sua proposta, o Eclipse traz variações sobre o mesmo tema e isso talvez incomode alguns. Mas confesso preferir aquele "mais do mesmo" eficiente a uma novidade desastrosa, como algumas que temos ouvido por aí até recentemente.

ECLIPSE - Megalomanium

To be released on Sep. 01st via Frontiers Records

Cat. # not available

Tracklist

01 The Hardest Part Is Losing You

02 Got It!

03 Anthem

04 Children Of The Night

05 Hearts Collide

06 I Don't Get It

07 The Broken

08 So Long, Farewell, Goodbye

09 High Road

10 One Step Closer To You

11 Forgiven

Lineup

Erik Mårtensson: Vocals

Magnus Henriksson: Guitars

Philip Crusner: Drums

Victor Crusner: Bass

 Voltaremos em uma semana...

RECOMENDAÇÃO DA SEMANA

Depois de trinta anos (!!!), eis que os dinamarqueses da Skagarack retomam a carreira e retornam ao cenário com "Heart And Soul", álbum que mescla elementos da sonoridade que tornou a banda reconhecida no universo dos bons sons com a maturidade sonora e as marcas indeléveis que o tempo imprimiu em seus integrantes.

O álbum mantém uma pegada rocker quase que na íntegra, e essa pegada tem início com a ótima "Give It", radio friendly até a medula (com refrão excelente), essa canção define a linha que o álbum segue, o que se confirma com as excelentes "Peace Of Mind (To Have A Good Time)" e "A Cool Damn Car", ambas consistentes e inevitavelmente empolgantes, assim como "Heart And Soul", mais cadenciada e também mais envolvente que suas predecessoras.

"Talkin' Bout Jesus" é mais animada e traz um baixo maiúsculo, já "Changing" é um mid-pacer com versos suaves e refrão explosivo, com guitarras e teclados na linha de frente, enquanto "Cool To Be Old School" traz arranjo caprichado e teclados que me remetem aos melhores momentos do Deep Purple. E temos a primeira balada em "Be With You Forever", com andamento tradicional e teclados discretos, mas cuja presença é facilmente perceptível.

Skagarack, circa 2023

Outro rocker bem cadenciado é "Where Have You Been", com seu refrão marcante e linha de baixo bem bacana, e falando em cadência, "Ain't Got Nothing To Lose" traz baixo e guitarras disputando espaço em um arranjo com andamento bem marcado, quase como uma balada, ao contrário de "So Right", um rocker radio friendly que merece ser ouvido no volume máximo e com as janelas abertas se for possível, enquanto a baladaça "Anymore"  - com seu refrão envolvente - fecha o álbum com classe.

Quem diria que, em pleno 2023, teríamos um álbum da Skagarack!!! O que é preciso saber antes de ouvir esse álbum é que a banda não tem a mesma vitalidade a que estávamos acostumados. A sonoridade mais madura desse trabalho deixa isso claro, mas sempre há elementos que remetem aos trabalhos mais brilhantes da banda, assim como ocorreu com a FM, entre outras tantas que curtimos. Essa nova versão da banda me agradou e recomendo sem medo seu novo álbum, mas com uma dose de bom senso...

SKAGARACK - Heart And Soul

To be released on Sep. 25th, via Thunderstruck

Cat. #not available

Tracklist

01 Give It

02 Peace Of Mind (To Have A Good Time)

03 A Cool Damn Car

04 Heart And Soul

05 Talkin’ Bout Jesus

06 Changing

07 Cool To Be Old School

08 Be With You Forever

09 Where Have You Been

10 Ain’t Got Nothing To Lose

11 So Right

12 Anymore

Lineup

Torben Schmidt: Vocals and Guitar

Jan Petersen: Guitar and Vocals

Dennis Pedersen: Drums

Ken Rai Smith: Keyboards and Vocals

Rasmus Matthiesen: Bass and Vocals

Guest musicians

Lars Daugaard: additional drums

Mattias IA Eklundh: additional drums